terça-feira, dezembro 29, 2009

Coisas que não passam no telejornal

A small number of Iranian troops entered Iraq, where they took control of an oil well and raised the Iranian flag Dec. 18. [2009]

Neste mesmo dia, os vários canais de televisão portugueses abriam o boletim noticioso com uns fait-divers da conferência em Copenhaga, seguido das imagens de um jantar particular onde um conhecido dirigente desportivo arrotava postas de pescada por causa dum red bull. A emissão seguia com episódios da vida dum imberbe chamado cr7 ou 9 (não me lembro bem).

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Réssuss!

Ainda não decidi qual será a saloiíce mais deprimente: se as barbas sino-americanas do coca-cola trepador, se o estandarte supersticioso do el niño filipino.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Prova de que a situação não é grave

Devemo-la apenas à nossa estupidez.



(daqui)

terça-feira, dezembro 15, 2009

World Music

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Os dentes do Caimão

Então quer dizer que o facto de o Berlusconi ter saído do carro depois de ter levado com uma miniatura da catedral de Milão nas trombas é um acto de coragem.

Mas o que é que o homem podia temer?? Depois de ter a boca toda partida. Depois de o seu agressor estar já controlado pela segurança. De que é que Berlusconi devia ter medo? De ser novamente agredido, desta vez com uma réplica em tamanho natural da torre de Piza?

Qual coragem, qual quê. O que o Caimão fez foi mostrar o sangue aos fotógrafos e garantir a vitimização. Merece-a? Sem dúvida. Pagou-a com o sangue. Literalmente. Coragem? Give me a break...

domingo, dezembro 13, 2009

Nach Heim!

sábado, dezembro 12, 2009

Como ganhar 13 euros e quinze cêntimos sem fazer nada

Na Fnac portuguesa, tradução do sueco para inglês e deste para português:


Na Amazon alemã, tradução do sueco para inglês:

quinta-feira, dezembro 10, 2009

A lei do sangue e a lei da terra

Lei da Nacionalidade, constituição da república portuguesa (lei n.º 37/81 de 3 de Outubro)

"1- São Portugueses de origem:
a)...
b)...
c) Os indivíduos nascidos em território português filhos de estrangeiros que aqui residam habitualmente há, pelo menos, seis anos e não estejam ao serviço do respectivo Estado, se declararem que querem ser portugueses;
d)..."

Lei da Nacionalidade, carta constitucional do reino, 1826 (em vigor até 1910):

"São Cidadãos* Portugueses:

§1º
Os que tiverem nascido em Portugal, ou seus domínios, e que hoje não forem cidadãos brasileiros, ainda que o pai seja estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço da sua Nação.
§2º...
§3º...
§4º..."


(inspirado num pormenor desta reportagem de NR Almeida)

____________________
* que engraçado, não se chamavam "súbditos"...

sábado, dezembro 05, 2009

Sic e sem mais comentários

Um estudo encomendado pela Comissão Europeia (CE) e realizado por quatro investigadores do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) concluiu que as universidades públicas portuguesas gerem mal os seus recursos e que, no período em análise, entre 1998 e 2005, foram das mais ineficientes entre os 28 países analisados.

(...)

Mesmo assim, este até nem era, no período em análise, dos piores resultados do País, uma vez que, neste ranking, Portugal surgia em 16.º lugar, frente da França e do Japão e logo atrás da Espanha.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Já nem aos vilões têm respeito

Ontem estava a dar o "Amistad". Foi assim, por preguiça e não por escolha, que vi esta spielbergada* pela primeira vez.

Há por ali uns vilões espanhóis e outros americanos. Mas isso era da ganância, uma fraqueza que, independentemente do contexto histórico, o americano médio considera sempre atenuante.

Apesar de se ficarem pelo cameo, os verdadeiros mauzões da fita são os sinistros portugueses do navio-negreiro "Teraca".
São tão maus, tão maus, mas tão maus, que não só a barca tem bandeira estado-unidense como os nossos antepassados marinheiros falam o espanhol mais escorreito que alguma vez se ouviu do lado de cá da Tapobrana.

____________
* por si só, uma nova classe de pessegada

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Viva Portugal

Não podemos confiar nos estrangeiros para governar o nosso país. Da última vez que isso aconteceu meteram-nos em brigas que não nos diziam respeito e arranjaram-nos zangas com pessoal que era nosso amigo desde sempre (nail with flesh, como estes amigos costumam dizer).
Neste entretanto lá se foram São Jorge da Mina, Ormuz, a nossa influência no Japão, Salvador, Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe...
No fim, depois de nos vermos livres dos vizinhos, lá conseguimos expulsar os Holandeses de Angola, S. Tomé e Príncipe e do Brasil e tomar conta dos nossos assuntos.

O problema é que... não podemos confiar nos portugueses para governar o nosso país.
Neste entretanto lá se foram São Jorge da Mina, Ormuz, a nossa influência no Japão, Salvador, Pernambuco, Paraíba, rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, etc, etc, etc...

E agora retiro o que disse na posta anterior. Qual pobreza atávica qual quê! Só um país milionário poderia ter perdido tanto como Portugal perdeu ao longo da sua história, e continuar a perder até ao dia de hoje.
Que, por certo, foi magnífico para mim.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Antes que o dia acabe

Não quero deixar de agradecer aos nossos amigos catalães, especialmente aos ceifeiros (els segadors) a sua contribuição para o feriado que hoje celebramos.
Não fora a sua revolta, em Junho de 1640, e a sublevação que se lhe seguiu, e a esposa de D. João IV talvez não precisasse de insistir com o marido para este aceitar a coroa de Portugal.
Agradeço aos ceifeiros mas também à oligarquia catalã que, percebendo que era tão alvo da revolta popular quanto Castela, se foi meter debaixo das saias de Richelieu e de Luis XIII.
Um último agradecimento à pobreza atávica deste país. Única razão pela qual Filipe IV, colocado entre a espada franco-catalã e a parede portuguesa, escolheu enviar o seu exército para nordeste.
A todos o meu muito obrigado.
Hoje o meu dia foi fenomenal.

Piadinha irresistível



Heidi diz 'não' aos minaretes

1.º de Dezembro

Na madrugada de há 369 anos atrás, meia-dúzia de revolucionários dizia ao rei de espanha: "porque não te calas?"

sábado, novembro 28, 2009

Enquanto na aldeia se presume decidir trajectos e prioridade

Paris and Madrid sign joint-venture deal to create high-speed rail link

Para além disto, e muito pouco incomodada com a sua posição periférica em relação ao resto do mundo,

Renfe is bidding for contracts to run bullet trains between Medina and Mecca in Saudi Arabia and São Paulo and Rio de Janeiro in Brazil.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Trocadilhos impossíveis

Se eu apanhar a gripe suína e a pneumónica tenho direito a ficar de cama com uma febra espanhola?

quinta-feira, novembro 26, 2009

O torcicolo

Há anos, quando Eduardo Prado Coelho ocupava aquela coluna pequenina na última página do Público, escreveu um texto sobre o momento em que erguemos os olhos do livro para desfrutar do prazer estético do parágrafo superiormente escrito que acabámos de ler, para reflectir sobre uma ideia que acabámos de conhecer, ou para saborear a invenção de uma forma de dizer o que até então só podíamos sentir.

Desde então, esse pequeno texto tornou-se a inspiração para a minha classificação intuitiva de livros. Quanto mais vezes levanto a cabeça, melhor classificado fica o livro na minha base de dados imaginária.

Tudo isto para dizer que ainda só vou na página 335 deste:



... e já estou à beirinha do torcicolo.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Ontogenia da Teoria da Evolução

Exempli gratia e estritamente pessoal:

No contraste entre a leitura infantil de



e a leitura febril de



cabe uma era geológica.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Nostalgia da gripe

No meu tempo, as pessoas diziam com optimismo "deve ser apenas gripe".
Ficava-se de cama, com direito a leite quente com mel e limão e aspirina de manhã, chá pela tarde fora, e de novo leite quente com mel e limão e aspirina no bucho antes de adormecer.
Tudo aconchegado com mimos (que, no meu caso, podia incluir mais um livro aos quadradinhos), não era sem um certo remorso que lá voltávamos às aulas dois dias depois.

Agora, a criança dá um espirro e ei-la directa para as emergências do hospital mais próximo, pais alternadamente em pânico e fúria, como se a peste negra fedesse nas ruas ou a ira de iavé tivesse voltado à Terra para outro massacre dos inocentes.

domingo, novembro 22, 2009

HA!

sexta-feira, novembro 20, 2009

Isto é para não dizerem que não me preocupo com essas coisas ditas modernas



E, já agora, aproveito a oportunidade para pedir a todos os putativos beneficiários pela futura alteração da lei do matrimónio que, quando vier a debate a legalização da poligamia, também estejam na primeira linha da sua defesa com semelhante nível de ruído e dedicação.
Pelo VoC, muito obrigados

quinta-feira, novembro 19, 2009

Aaaah Crl!!

sexta-feira, novembro 13, 2009

In the land of the free

Dicionário Porrinha de termos blasfemos

Boutade
fr., s.f., conhecimento adquirido em sítios duvidosos de internet com forte influência da cultura adolescente norte-americana.

quinta-feira, novembro 12, 2009

quarta-feira, novembro 11, 2009

O vendedor de passados

Comprei o fenómeno de José Agualusa há alguns meses influenciado pela recensão no Independent.

Li-o finalmente entre anteontem e ontem, três horas, mais ou menos.
Gostei muito e, apesar do tom antiquado, soube-me a pouco. Tenho graphic novels cuja primeira vez durou mais tempo (com a vantagem de que as revisito regularmente).
Quem me conhece sabe que digo isto sem pinga de sarcasmo.

Op. 11

segunda-feira, novembro 09, 2009

Como bom retentor anal que sou...

Wench era palavra que designava o que hoje se entende melhor com peasent girl.
Literalmente "moça", podendo ser "criada" e logo dependente e disponível para o engano e uso (*). Barrabás emprega o eufemismo para também poder desculpabilizar a outra parte.

Vá, até pode ser que em finais do séc. XVI não houvesse jovem vilã de virtude difícil mas, qualquer que seja o contexto em que o sr. Eliot tenha resolvido aplicar a erudição, traduzir directamente wench como puta parece-me um pouco precipitado.

____________________________________________
(*) J. A. David de Morais, Senhores e Servas: Um Estudo de Antropologia Social no Alentejo da Primeira Metade do Século XIX.

domingo, novembro 08, 2009

Eu sempre achei que o 'arquitecto' era maluco

Mas isto parece-me que é falta de mama.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Também não quero deixar o caso morrer

(reedição de uma posta antiga)



Welcome to the day 365 of the Daisy Harris enquiry...

Os últimos episódios da série são de 2005 pelo que qualquer semelhança é com outros casos.

Para dar um gostinho daquilo que público da Ilha Grande está habituado a esperar da sua polícia.

quarta-feira, novembro 04, 2009

segunda-feira, novembro 02, 2009

Catástrofe ecológica no mar de Timor

Já lá vão dois meses em que o petróleo corre livre da plataforma West Atlas para um mar que serve de habitat a milhares de espécies marítimas e de corredor de navegação para baleias e golfinhos. Dois meses que o governo australiano tudo fez para esconder da comunidade internacional: a primeira notícia em média ocidentais, julgo eu, saiu hoje na BBC, quando o fogo voltou à estrutura entretanto abandonada.

A 24 de Outubro, há uma semana, a Al-Jazeera reportava:



Este vídeo é de hoje:

domingo, novembro 01, 2009

sábado, outubro 31, 2009

Something for the weekend 2



2004, say hello
22 Out 2009, wave goodbye.

Something for the weekend

sexta-feira, outubro 30, 2009

Delenda pedobolus de sexta

(no JN)

O futebol é o principal elo de ligação dos luso-descendentes ao Portugal moderno, funcionando também como espaço de emancipação nos países de acolhimento, revela um estudo sobre o impacto do desporto-rei no quotidiano dos emigrantes.

Não, não é "espaço" de coisa alguma, o estudo apenas revela a valentíssima ilusão de quem respondeu ao inquérito. Quanto aos elos de "modernidade":

(...) enquanto a participação eleitoral e o interesse pelo ensino da língua diminuem cada vez mais o interesse em campeonatos de futebol continua "omnipresente".

Tenham santa paciência.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Minitério da Educação

Se Dan Brown tem um Rodrigues dos Santos, Enid Blyton já teve - embora com quarenta anos de atraso - a sua Isabel Alçada.

Contudo, o que me preocupa na escolha da personalidade em causa não é a falta de originalidade da sua escrita mas sim a noção difusa que a senhora tem da ação pedagógica.

Porque hoje é feriado

There was a little girl,
Who had a little curl,
Right in the middle of her forehead.
When she was good,
She was very good indeed,
But when she was bad she was marvellous.



(sorry, Longfellow)

domingo, outubro 25, 2009

Ego de vate


Saramago lembra-me um personagem de Ballester. Onde a mesquinhez dos outros só encontra ganância, mais não vejo que o ego insuportável daqueles vates que, apesar da gloria mundi, se sentirão sempre mais confortáveis quando pregam banalidades na própria aldeia.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Fortunately

Foi há dois anos. Por altura da Páscoa. Saimos do John Lennon airport directamente para dentro de um "black cab" em direcçao ao Centro. O condutor, um sessentao cordial e pálido, falou-nos do orgulho que a cidade tem nos Fab Four, das virtudes de se ser (nesse ano eram) capital da cultura e, por fim, do seu clube do coraçao: o Everton.

"- And you? Do you like football?
- Of course! I'm a Benfica supporter.
- Oh, the "Mighty Benfica"! I remember the team you had in the sixties. Eusebio, "Simoesch", Coluna...
- You do??
- Sure! What a squad!.. But we haven't heard much from you lately..."

Well, now you have.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Chama-lhe fusão que eles gostão



Californianos tocam africano cantado em hebraico.
Nunca fui fã de uould musique mas isto é mau demais.

Um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana

terça-feira, outubro 20, 2009

Estas mudanças bruscas de tempo dão nisto

Admitindo que o "caso Saramago" me comove tanto quanto o "caso Maitê", não havia ao menos alguém que pudesse ter limpo as sarjetas antes que começasse a chover?

O erro

Guerra fria unipolar no aquecimento global

Este ano, debaixo de 30ºC, os portugueses fizeram praia até meio de Outubro.

Sendo que, quando eu era adolescente (um pouco depois da última era glaciar, confesso) não me lembro de tal fenómeno, acho que é caso para pensar que quem não "acredita" no aquecimento do planeta só pode ser a) demasiado novo; b) demasiado estúpido; c) demasiado 'amaricano'.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Dois cineastas

Um homem que destruiria todos os seus filmes em troca de uma vida humana:




Uma mulher que destruiria toda a Humanidade para fazer um filme:

Entradas da semana

Entra na coluna à esquerda a boa onda do Escafandro.

O segundo é o blogue do Senhor Manel, fazendo uma aproximação de criss-cross para blogue onde, num dia longínquo, escreverei de memória.

Reverência ainda a outra sugestão do Luís, tal como a de cima, no cinema saudosista de Shakira Kurosawa.

E por esta, é tudo.

domingo, outubro 18, 2009

sexta-feira, outubro 16, 2009

"É gente sádica que quer dificultar a vida aos carteiros"



Eu sei que já cansam, tanto o assunto como as inúmeras legendagens que circulam com o vídeo no youtube, mas não resisti...

terça-feira, outubro 13, 2009

sexta-feira, outubro 09, 2009

quarta-feira, outubro 07, 2009

Separados à nascença?



Inspirado em recentes acontecimentos e declarações da alimária mas também nesta posta.

Ele há coisas que me ultrapassam, graças a deus

Previsões para o Nobel da Física em 2010

A loucura do dia-a-dia

Não sabia que havia biclas à borla. Agradeço a cáustica tomada de atenção mas, mais uma vez, fico feliz com o eleitoralismo.

Só um pormenor, por favor: não andem para aí a espalhar que Benfica, Alvalade, Campo Grande, Lumiar, ou mesmo a Baixa (!), sejam colinas.

É que é capaz parecer mal à malta do Castelo (581 habitantes, pelo menos, em 2001).

terça-feira, outubro 06, 2009

Eleitoralismo é preciso


Adorava eu ter a certeza de que a publicidade na rádio à EMEL se deve a eleitoralismo.

Quem vive na cidade de Lisboa tem, na maioria das vezes, alternativa em transporte público. Mas, na mesma maioria das vezes, não o faz (entre outros, o argumento de levar os miúdos ao infantário tem alguma validade mas não me parece que seja situação absolutamente determinante para o amontoamento aleatório de carroçarias no passeio público).

Obviamente, quem não vive na cidade e para ali vai atravancar a vida a si e aos outros não vota na cidade. Logo, está isento de sensibilidades às manobras de António Costa.

Resta barafustar contra a falta de estacionamento junto da residência dos lisboetas fora de horas de expediente. Mas isso, claro, não depende apenas de punições e é um problema que necessita de algo mais que a EMEL para ser resolvido.

Como diz o vulgo, pena é não haver eleições todos os anos.

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foto roubada ao Quero andar a pé! Posso? - e só tenho pena que tapem a matrícula dos delinquentes.

segunda-feira, outubro 05, 2009

domingo, outubro 04, 2009

Descanse em paz, Doña Mercedes



Mais do que a literatura, a música sempre foi a ignição dos meus mais profundos "insights" (por favor não me interpretem mal e não vejam aqui nenhuma soberba. Os meus mais profundos podem ser bastante superficiais).
Gosto da surpresa na Música e gosto que a música me surpreenda. Um belo dia, esta senhora, que eu já tinha ouvido muitas vezes, abanou-me de alto a baixo com uma canção, e a vida passou-me à frente dos olhos como se a fatalidade estivesse ali, já, ao virar do instante. Não era fatalidade, era só a consciência da mudança. Uma espécie de renascimento. Uma mudança de pele, se quiserem.
Ao contrário do que me aconteceu com tantos outros "heróis", não fui procurar obsessivamente a sua discografia completa. Em contrapartida, guardo na memória esse momento de descoberta com muito mais clareza do que quase todos os outros.
Por isso tenho que fazer a homenagem comovida à senhora que mo proporcionou, e de quem agora nos despedimos.

"Hello, I'm Johnny Cash"



Na evocação a um dos meus "heróis", uma data de outros.

Via o Aurea Mediocritas

Darwinismo in vivo

A sobrevivência de uma espécie depende de três instintos básicos, descritos na gíria inglesa pelos "três fs": feeding, fleeing and mate selection.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Pelo impedimento do direito ao voto ou, no mínimo, castração química

Nada vindo do minor Valentim me escandaliza e que haja Portugueses dispostos a vender a sua liberdade por um prato de lentilhas, também não.

Mas, porra!, concertos do Tony Carreira??!

Pelintras mas distintos II

Ainda a propósito do prémio com que fomos distinguidos e que o Dorean já agradeceu aqui.

Eu acho que vale a pena andar de olho nestes:

Der Terrorist
Vento Suão
Senhor Manel (que pena tenho, às vezes, de me ter baldado às aulas de alemão...)
Shakira Kurosawa

Revisto e aumentado.

O inglês do novo ministro dos negócios estrangeiros alemão

Eu já sei do que falaram o PR e o PM

Depois mando um mail.

Por falar em belfos

quinta-feira, outubro 01, 2009

quarta-feira, setembro 30, 2009

O que tu queres sei eu...

estão reunidas todas as condições para este Presidente da República não nomear Sócrates Primeiro-Ministro.

Deixemos o rato e vamos à montanha

O governo tentou fazer sair o PR da toca antes das eleições. Claro que este não gostou.
A declaração de ontem não é, obviamente, acerca de escutas. É de guerra*.

O resultado desta irá revelar a natureza do regime.

_________________________________
*Como, aliás, já havia sido aquele pequeno seminário de verão sobre o estatuto da carreira docente nos Açores.

O Rubicão

Quem tem menos a perder?
Um governo de minoria ou um presidente sem oposição?

A "Casa Civil" é uma espécie de família real do regime republicano

É isso?

terça-feira, setembro 29, 2009

Samarcanda

Eles discutem, voltam e revoltam, acusam, revolucionam, invadem, votam, denunciam...

E depois o Amin Maalouf sai-se com esta.

(não fora o A origem das espécies nunca eu me lembrava de ler o El País)

Vou adormecer a ouvir isto

BBC shipping forecast

Pelintras mas distintos

O Esquerda Republicana, com elementos do qual há elementos do VoC permanentemente às turras (feitios), agraciou este mesmo com prémio digno de Olhão.

Para verem o que isso vale, concedida a distinção logo o nosso contador foi parar a Plutão (mas depois voltou, descansem).

Esta troika de dois agradece e faz questão de confessar que anda de olho nestes outros blogues, mesmo sem eles darem por nada:

A lei seca (o nosso kierkegaard preferido está de volta)
Menos um carro
Aurea mediocritas
Aventar (quase tão poliglotas quanto nós)
Blogue da revista Pormenores
Paracuca (a guilty pleasure)
Centenário da república (por causa das tosses)

Luís, queres rever e aumentar?

Uff... e eu que temia o pior

Depois destas declarações de Silvano Tomasi, observador permanente do Vaticano na ONU, ficamos todos muito mais descansados.
Gostei particularmente do sublinhado de que os padres não são pedófilos mas sim efebófilos. Ou seja, a partir dos 11 aninhos é fartar vilanagem que o pecado (suponho) já não é mortal.
Concordo. Aliás, quem manda a esses rapazinhos andar a passear a sua juventude indecentemente pelas instituições. Depois um padre não é de ferro, evidentemente...

In a relationship

Parece que já começaram os "preliminares".
Mas isto está um bocadinho "kinky".
Primeiro uns açoites. Para quando os carinhos?..

Banda sonora

da legislatura que agora começa:



aquela camisa aberta até ao umbigo lembra-me alguém... mmmmmm....


PS: não sei se não será heresia misturar o Rei com o parlamento português...
Sorry, Elvis...

segunda-feira, setembro 28, 2009

Sit, Ubu, sit!

Ontem à noite, à medida que o "partido do taxi" se ia transformando no partido da "frota de taxis", José Sócrates limpava a testa com a mão e suspirava de alívio.
Com a maioria absoluta fora de questão, pesava sobre o PS a ameaça de um BE em posição de negociar a próxima legislatura. Alguns estranharam que o nosso Primeiro considerasse a sua vitória "extraordinária" mas a verdade é que, com os resultados do PP, acabou por se-lo.
Entretanto, o Sr. Van Zeller veio explicar aos meninos quais são as regras do jogo. Não havia necessidade. Se há partidos (e personalidades) compatíveis, são o PS e o PP (como já demonstrou em tempos António Guterres); Sócrates e Portas.
O caro leitor nunca se sentiu constrangido e incomodado pelo facto de alguém, de repente, exigir de si algo que tinha pensado fazer voluntariamente? Imagino que seja assim que o Eng. se sente agora. É um bocadinho, digamos, humilhante, na medida em que pode dar a sensação de que Sócrates age em função do que lhe diz a CIP e não em função do seu livre arbítrio que, não duvido, o levaria a tomar a mesma opção.
É um dos muitos sapos que a maioria relativa vai obrigar Sócrates a engolir.
Acho que não era bem isto que Louçã tinha em mente quando disse que tinha "acabado a arrogância do PS"...

Esta canção vai toda dedicada às mocinhas do Sapateiro

domingo, setembro 27, 2009

Primeiro comentário óbvio aos resultados

Os ditos não interessam nem ao PSD nem ao PS.
Esta constituinte ainda vai dar muito que falar. E não precisa de ser já.

Gostei de ler

Deixem o Salazar no túmulo e falem-nos do futuro e, se não der muito trabalho, expliquem-nos o que caminho para a felicidade dos portugueses. O que se desviar disto só serve para desacreditar a política e os políticos.


Tomás Vasques, no Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos

Acrescento que o mesmo conselho deve estender-se aos portugueses per se, nas empresas, nas repartições, nos sindicatos, nas escolas, nas universidades, et c., et c. (isso dos taxistas é o que menos me incomoda).

sábado, setembro 26, 2009

Tenho reflectido tanto que nem vos passa pela cabeça



(estas meninas são a banda preferida do David Lynch - por ora)

O pior a dizer quando se é apresentado à família real britânica

This is just a middle class German family, isn't it?

Por causa de uma aranha

Andava à procura de um videozito que fosse da Jane Herships ou dos Spider mas o youtube é muito rasca. Em compensação, e porque ela aparece fugazmente nos vídeos (é a moça de cabelo à garçonne), senhoras e senhores, Chris Leo, Elizabeth Harper & the Matinee and This Frontier Needs Heroes...

quarta-feira, setembro 23, 2009

terça-feira, setembro 22, 2009

'Ler +'



Entro numa livraria da capital. Não há edições de bolso à vista.
Os escaparates estão repletos de disparates, terapias de grupo a cores, de capa grossa, caracter 24 e espaçamento duplo que perfaça a lombada mínima para o título.

Melhor que isto, constato que o último novelo de Harry Potter vai à praça com estampilha do "Plano Nacional de Leitura" e preço de 22 euros.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Por pudor, contenho o riso

Aqui há tempos, um amigo perguntava-me se eu não achava se aquele bailarico das bandeiras, que tanto riso provocou (incluindo o meu), não seria uma discussão demasiado estéril para uma altura em que o país tem tantos problemas.

As recentes manobras institucionais e respectivas manchetes a uma semana das eleições dão resposta melhor àquela pergunta que, e dado o avançado da hora, a conjurada por mim na altura.
Porque, pelo contrário, não há qualquer dúvida sobre a pertinência da discussão relativa às escutas. E não o é apesar mas, precisamente, por causa da seriedade dos factos e do momento.
Se esterilidade houver que impeça a resolução de problemas, ela resulta de um regime que, pela sua constituição, está destinado a produzir este tipo de telenovelas.

domingo, setembro 20, 2009

Canção à jovem amante que parte*




________________
* Cruzes-credo-canhoto-t'arrenego-mafarrico! :)

sábado, setembro 19, 2009

Aeronavis abstractio a prestituto cursu



Lá estarei ao vivo para a nevralgia em Dezembro, dia 3.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Agualusa em Serpa

Não lhes chegava viver numa das cidades mais bonitas do país. Não lhes chegava não terem um único restaurante ruim para amostra. Os filhos duma magana daqueles serpenses ainda têm, ali à discrição, na praça 5 de Outubro que finjo ser de 1143, uma livraria-galeria-café-tertúlia de fazer inveja a qualquer urbanófilo tuga com pretensões londrinas. Com a vantagem de que o vinho foram-no buscar "já ali".

É um convite, este e-mail. Um convite ao portador e aos reencaminhados para assistir, veja-se bem, à apresentação do belíssimo romance "Barroco Tropical", de José Eduardo Agualusa. O escritor angolano desce a Serpa, ao Espaço VOL, na próxima quinta-feira, dia 24 de Setembro, pelas 21H30. E com ele desce também o radialista Fernando Alves que falará sobre a obra de Agualusa e sobre a sua recente experiência na leitura para audiolivro do romance "Um Estranho em Goa".

A festa arromba até às quinhentas com os improvisos jazzísticos do guitarrista Miguel Martins e do contrabaixista Carlos Barreto. Um concerto que tem o apoio da Câmara Municipal de Serpa. E da Adega de Medeiros.





Entretanto, continua patente até 2 de Outubro, na Galeria e na Cafetaria do Espaço VOL, a exposição de pinturas de Carlos António intitulada "Registos".

Para não dizer, como já antes dissemos, que amanhã [19 IX] temos por cá José Duarte para assinar a sua recente "História do Jazz". É por volta das 18H00 e mete audição de discos.

O Programa de final de Verão do Espaço VOL prossegue a 3 de Outubro, sábado, pelas 18H00, com uma festa a José Luandino Vieira. Este que é um dos mais relevantes escritores da Lusofonia passa por Serpa para deixar um relato sobre a sua próxima obra: "Livro dos Guerrilheiros". À obra do escritor angolano juntámos as cerâmicas de Heitor Figueiredo e as músicas alentejanas do novo projecto "Modas à Campaniça".

A 15 de Outubro, quinta-feira, pelas 21H30, encerramos o Verão em definitivo precisamente com a maior revelação musical deste Verão: os "Virgem Suta". Jorge Benvida e Nuno Figueiredo estarão disponíveis para uma sessão de autógrafos e para um pequeno concerto acústico.


Na "Vemos, Ouvimos e Lemos" (ou Espaço VOL), em Serpa. Onde a culpa agora é toda do Paulo Barriga.

Pálpebras

terça-feira, setembro 15, 2009

Bad paintings of Barack Obama





E muitas mais visões inexplicáveis em Badpantingsofbarackobama.com

segunda-feira, setembro 14, 2009

Go west!



Os hermanos do PNR indicam para onde deve seguir o cavalo-de-ferro

Já com saudades do verão

segunda-feira, setembro 07, 2009

Aluado



Have you ever watched a moonbeam
As it slid across your windowpane
Or struggled with a bit of rain
Or dance about the weathervane
Or settle on a moving train
And wonder where the train has been

Or on a fence with bits of crap
Around its bottom
Blown there by a windbeam
Who searches for a moonbeam
Who was last seen
Looking at the tracks
Of the careless windbeam
Or moving to the tracks
Of the tireless freight train
And lighting up the sides
Of the weathervane
And the bits of rain
And the windowpane
And the eyes of those
Who think they saw what happened

Have you ever watched a moonbeam
As it slid across your windowpane
Or struggled with a bit of rain
Or dance about the weathervane
Or settle on a moving train
And wonder where the train has been

Ah-ah-aah-ah
Ah-ah-aah-ah
Ah-ah-aah-ah
Looking at the tracks
Of the careless windbeam
And moving to the tracks
Of the tireless freight train
And lighting up the sides
Of the weathervane
And the bits of rain
And the windowpane
And the eyes of those
Who think they saw what happened

sexta-feira, agosto 28, 2009

Vou ali e já volto




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Sobreiro, óleo de D. Carlos de Bragança

... And the Beast

Quentin Tarentino também é conhecido por trazer a cultura popular para o cinema. Cultura popular americana. Que, por sua vez, é feita de cinema, comics e jogos de computador.

Assim, Inglorious Basterds pretende igualmente ser um documentário em jeito de spoof. Mas só se for na Cochinchina.
"Os sacanas" (a primeira utilização de sempre da palavra numa tradução de filme, onde isto vai parar) é antes um musical de propaganda dos anos cinquenta onde faltam as canções mas abunda o gore. É banda desenhada para crescidos que nunca leram banda desenhada para além do Patinhas. É o descanso moral do Wolfstein 3D acompanhado de pipocas.

Pela parte que me toca, dispenso mais masturbações ao ego dos gringos.

The Beauty...

Chris Morris filma a cultura popular, tendo a sua sátira como base a selecção e formatação dos média actuais. Exemplos são o polémico Brass Eye e The Day Today.

A nova comédia chama-se Four Lions (Boilerhouse) e é mais um falso documentário que trata de descrever o dia-a-dia de quatro jovens britânicos num campo de treino para terroristas.

"Nos campos de treino, os jovens jihadistas passam o tempo a discutir por causa de comida, choram com saudades da mãe, dão tiros no pé do parceiro, distraem-se a apanhar cobras pelo deserto e não se livram de serem expulsos se apanhados a fumar… As células terroristas têm a mesma dinâmica de grupo que uma despedida de solteiro ou uma partida solteiros-contra-casados. Existem conflitos, amizades, mal-entendidos e rivalidades".

"Terrorism is about ideology, but it's also about berks."

Com menos sentido de humor, Morris também ficou conhecido por ser um dos que respondeu à palavras de Martin Amis contra os muçulmanos no quinto aniversário do 9 de Setembro e um ano após os atentados do 7 de Julho em Londres.

A estrear proximamente no Reino Unido.

À atenção de Alberto João Jardim



O governo britânico, face aos abusos e corrupção generalizada no território das ilhas de Turks e Caicos suspendeu a constituição local no passado dia 14 e demitiu o chefe de governo, Galmo Williams.

"Our guiding principles will be those of transparency, accountability and responsibility. I believe that most people in the Turks and Caicos will join with me in welcoming these changes", afirmou o governador britânico Gordon Wetherell.

Espera-se que a casa possa voltar a estar em ordem em 2011, altura em que se realizarão eleições para a assembleia e governo do território.

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Na foto, estudantes turcicaicas. Lindas.

quinta-feira, agosto 27, 2009

E eu que já jurava serem os carros o que colide com o dia-a-dia dos lisboetas

A candidatura de Santana Lopes* sublinha que "não está em causa a existência de ciclovias" mas considera que "existirão certamente percursos mais ajustados" e "que não colidam com o dia-a-dia dos lisboetas".

Por outras palavras, toca a despachar esses tótós para meia-dúzia de pistas em jardins ou beira-rio ao domingo.

Ai que saudável e civilizado.

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*está visto que o MPT tornou-se o PEV da direita...

terça-feira, agosto 25, 2009

Banlieue

Mais um.

Andamos nós aqui a queimar pestanas, pretensiosos

Top de hits no VoC a partir do google

3.º "gajas nuas em publico" (sic)

2.º "melhores guitarristas do mundo"

1.º não se o que é mas resulta nesta imagem aqui publicada há já muito tempo atrás (e que ilustrava uma posta relativa a blogues femininos com inspiração 'sexo-e-cidade'):

Cantar a uma sereia



A letra foi escrita por Larry Beckett, inspirado na "Odisseia" de Homero. Beckett foi mostrar o poema a Tim Buckley ao café onde este se encontrava. Conta a lenda (parece-me que é a palavra a usar uma vez que se trata de um trovador), que Buckley pegou na letra e compôs a canção ali mesmo à mesa do café, de uma assentada, para espanto e deslumbramento dos que os acompanhavam.
A citação do outro Beckett (o Samuel), "to fail, to fail again, to fail better" parece que não se aplica ao pai do Jeff Buckley. Ou não é simplesmente perfeita esta canção?


Long afloat on shipless oceans
I did all my best to smile
'Til your singing eyes and fingers
Drew me loving to your isle

And you sang, 'Sail to me, sail to me, let me enfold you.
Here I am, here I am, waiting to hold you.'

Did I dream, you dreamt about me?
Were you hare when I was fox?
Now my foolish boat is leaning
Broken lovelorn on your rocks

For you sing, 'Touch me not, touch me not, come back tomorrow:
O my heart, O my heart shies from the sorrow.'

Well, I'm as puzzled as the newborn child
I'm as riddled as the tide:
Should I stand amid the breakers?
Or should I lie with death my bride?

Hear me sing, 'Swim to me, swim to me, let me enfold you:
Here I am, here I am waiting to hold you.'

Série "Títulos do DN directamente copiados da imprensa espanhola sem passar pela casa partida nem receber dois contos"

Vencedor do concurso Mister Gay Europa fala castelhano

segunda-feira, agosto 24, 2009

Nem Bruxelas, nem Madrid

Consta que quem manda aqui é Mérida.

domingo, agosto 23, 2009

O Rei

Sobre o caso da troca de bandeiras nos Paços do Concelho, Vasco Pulido Valente escreveu um artigo que terminava assim:
«Quanto à Monarquia, embora isso custe ao "31 da Armada" e ao meu amigo MEC, não dispensa um rei e um rei plausível (incluindo D. Manuel) é exactamente o que ela nunca teve. Ou tem.»

Pois eu, ainda que completamente alheio à causa, sou obrigado a discordar.

sábado, agosto 22, 2009

sexta-feira, agosto 21, 2009

Este é um verdadeiro filme de terror



Como alguém escreveu, tão bom quanto devastador.
Não aconselhável a maiores de 30.

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Revolutionary Road é uma adaptação do livro homónimo de Richard Yates, publicado em 1961. Ah, a canção no trailer é o fabuloso "Wild is the wind" da fabulosa Nina Simone.

quinta-feira, agosto 20, 2009

À atenção de José Rodrigo dos Santos

Depois do aparente Ian McEwan for dummies, que tal algo de mais substancial para os outros*?


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*de 8 de Maio de 2009

Já não é só Lisboa

Cascais também revela níveis preocupantes de insegurança.

quarta-feira, agosto 19, 2009

Ockham



Via este sítio.

Sixto



Cold Fact: este gajo é genial.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Resultados dos inquéritos na imprensa de hoje, cerca das 12h30 GMT

Do JN, (ao fundo da página inicial):

Concorda com a possibilidade de uso de desfibrilhadores por pessoal não-médico em espaços públicos?

Sim 67%
Não 33%

Dado o estilo referendístico da pergunta, estou espantado com a clara maioria (fosse de que resposta fosse).

Do DN (mais ou menos a meio, coluna direita):

Ao bater o recorde dos 100 metros, Usain Bolt ultrapassou os limites humanos?

Sim 24%
Não 76%

Aqui, o que me preocupa é haver um quarto da amostra composto de criaturas (algumas centenas) que certamente sabem ler mas cujo intelecto não estará à altura dessa competência.


Do Público, que aparentemente ainda não perdeu a esperança nos seus leitores (um bocadinho antes do meio, coluna esquerda):

Acha que os media deviam suspender os artigos dos colaboradores que são candidatos às eleições legislativas e autárquicas?

Sim 65%
Não 35%

Melhorzita. E parece que com resultado contrário ao esperado.

domingo, agosto 16, 2009

Ao estilo de Kings of Convenience

Melhor que Desidério Murcho

Possidónio Cachapa.

Chauvin deve estar às voltas na tumba

Apesar das insinuações da semana passada, parece que são os franceses quem não tem competência para fiscalizar ou garantir a segurança de embarcações na sua costa.

Faltam 42 dias para o showdown

E isto já está a ficar desta maneira.

O que vale é que são todos bons republicanos e respeitadores da lei, se não...

sexta-feira, agosto 14, 2009

Sou um inculto, valha-me deus

Só agora descobri isto.

Pornografia animal em alta definição



"Odeio os caroços nas frutas"


(via Arrastão)

quinta-feira, agosto 13, 2009

Ah, o amor...

quarta-feira, agosto 12, 2009

Azz mensagenzz subliminarezzz dão nisto. Zzzz

Cómicas mesmo são as indignações de Diogo Moreira, presumido militante socialista e contribuinte regular do blogue de campanha do seu partido, o SIMpleX (é assim que se escreve?).

terça-feira, agosto 11, 2009

Ground control to major Tom


Tal como o Ricardo Alves do Esquerda republicana, certamente que eu não posso adivinhar o que se esconde por detrás dos actos de pessoas que não conheço.

Mas não tendo tido até hoje notícia de tendências iberistas, salazaristas ou catolicistas (?) no blogue 31 da armada, só com enorme esforço e uma imaginação ainda mais fértil que a dos darth vader dessa madrugada poderia presumir que as hipóteses alvitradas em conversa com a repórter do DN sejam do domínio desta realidade.

Adenda para benefício dos neófitos: este é um blogue pluralíssimo, onde pululam monárquicos republicanos, proto-iberistas disfarçados, social-nacionalistas (não confundir com os outros), terroristas da estética e ecologistas conservadores, tecno-comunistas, melómanos embriagados e uma ou outra almita apaixonada; as opiniões expressas em cada posta são da inteira responsabilidade dessa mesma posta, à altura em que foi publicada. Excepto quando vimos aqui alterar qualquer coisinha porque aquilo não soa bem mas em geral ninguém dá por nada pois isto pouca gente nos lê.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Diz que o Mein Kampf é uma espécie de blogue saloio

O Senhor Palomar faz aqui referência à possível reedição em 2015 do livro de Hitler.

Li, com bastante dificuldade, uma das muitas cópias de edições clandestinas que por aí circulam. Digo com dificuldade porque o livro é francamente mau. Presumo eu, que pouco sei da vida do homem, que a sua escrita terá inicialmente servido como terapia pessoal e não para semente de manifesto ou manual de conquista de poder.

Mau em muitos aspectos mas, sobretudo, mal-escrito e mal-disposto. Pese embora compreenda que nem todos os estômagos são iguais, era até capaz de jurar que, tomando este livro como medida da limitação intelectual e das frustrações do autor, é na leitura do canhestro que se pode extrair a melhor apologia de antítese às suas idéias.

Voltando à vaca fria. Apesar de compreender as motivações do actual detentor dos direitos de publicação, é-me antipática a idéia de que há livros que deveriam ser proibidos.

E neste caso particular, pelas razões acima, pergunto-me mesmo se não será contraproducente.

domingo, agosto 09, 2009

Alguma coisa me diz que a Nação perdeu a sua soberania (2)

Inez Dentinho, no Geração de 60:

Fechada num elevador da Assembleia da República, no trânsito entre dois ou três andares, não posso deixar de ouvir a conversa entre dois deputados [escolher partido].
Não é comigo que falam, pelo que me abstenho de os nomear*, mas não resisto a uma leitura sobre o que dizem.
Discutem, com algum desgosto, a ordem dos lugares nas listas do
[escolher partido]. Sentem-se prejudicados no posto negociado. A Deputada, talvez promovida pelas quotas, consola o colega: «Deixa lá, o X sai, de certeza, para o Governo e todos sabemos que o Y vai para uma Secretaria de Estado qualquer. Tens o lugar assegurado».

(resto aqui)

*Por irrelevância, abstenho-me eu de nomear a que partido pertenciam.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Heavy Metal



Sempre fui um metaleiro convicto. Desde a secçao de metais da filarmónica Euterpe à secçao de metais da banda do Otis Reding, os metais sempre me fascinaram. Tanto que, com o dinheiro que tinha poupado para tirar a carta de conduçao resolvi comprar um trompete. Demorei seis anos a juntar outra vez o dinheiro para a carta. Passaram mais de seis desde que tenho o trompete. Toco tao bem o trompete como o Sherlock Holmes tocava o violino. Com a agravante de que as minhas capacidades dedutivas (nulas) nao compensam a falta de talento para o sopro.
Talvez por isso, em mim, a admiraçao pelos trompetistas vai sempre de maos dadas com uma pontinha de inveja. E este senhor é o que mais invejo. De todos.
Ontem estivemos na Gulbenkian outra vez. Ele, eu mais um auditório cheio, os avioes, o cenário surreal dos jardins iluminados. O génio e o talento dele. A minha inveja e admiraçao.
Dave Douglas é um executante virtuoso e um compositor inspirado. Quando o ouvimos, saem daquela campânula ecos dos timbres de Louis Armstrong, da técnica de Fats Navarro, do swing e da expressividade de Roy Eldridge, da versatilidade de Lester Bowie. Ontem, Douglas dedicou algumas das suas músicas a alguns destes grandes. Nao precisava. A sua música seria homenagem suficiente. A tal história dos ombros dos gigantes. Mas está muito bem.
Como se tudo isto nao bastasse, o homem é um aventureiro: acompanhou John Zorn em "Masada", criou o "Tiny Bell Trio", trilhou o be-bop com um quinteto de estalo. Agora aparece com a fanfarra vanguardista que podeis ouver sobre este texto.
O público da Gulbenkian aplaudiu-os de pé ontem à noite. Douglas e a "brass ecstasy" retribuiram com uma versao bombástica de Mr. Pitiful no encore.
Na minha imaginaçao ergui o punho e levantei o indicador e o mindinho. Pareceu-me o mais adequado às circunstancias.

Já aqui deixei esta?

Lisboa, não sejas francesa

Paulo Pena e Sara Belo Luís, in Visão, 6VIII2009:

(...) na cantina da LX Factory (o lugar onde, se quisermos ser optimistas*, Lisboa é mais parecida com Londres), (...)



Lindíssima e praticante de artes performativas. Inconstante e inconsequente, como lhes compete. Ainda por cima, francesa. Se ao prezado leitor parecer que lhe descrevo uma femme fatale será porque é exactamente isso que ela era. Com sorte, todo o homem tem direito a uma e ainda hoje tremo ao pensar que esta pudesse ter sido a minha.

Chegou ao mesmo tempo que eu à também bela cafeteria do V&A, onde o estudante do Imperial ou o turista médio pode desenjoar do caril e do bangers & mash sem gastar uma fortuna. Apesar de, na altura, a distância entre domicílios inspirar cuidados, havia um ano ou dois que não nos víamos. Deixei-me levar pela fantasia de saudades tão avassaladoras quanto súbitas (vanitas vanitatum, et al.) pois nunca se havia atrasado menos que uma hora e ela era dessas de sopetão.

"Vou para o Rio", foi a primeira coisa que me disse depois das efusividades características. Para falar com franqueza, a decisão não me surpreendeu. Globetrotter à séria (por oposição aos que, como eu, não passam de easyjetters ou feriantes de recifes), com apenas 26 anos esta rapariga já tinha vivido pelo menos por um ano em quatro continentes distintos.

"Preciso de qualquer coisa diferente", disse-me, enquanto eu procurava na cadeira uma posição que me inspirasse indiferença à despedida. "As cidades aqui [na Europa] ou já são iguais ou estão a caminho de se tornarem irritantemente iguais".
Pareceu-me uma excelente desculpa. Por isso, desviei a atenção para a morena que passava (também sem grande sucesso) e perguntei-lhe, "iguais em quê?"
"Não há nem nunca houve revoluções em Inglaterra pois aqui os revolucionários são os dandies. Talvez isso os torne fascinantes, mas também por essa razão facilmente a subcultura é institucionalizada, exportada e desencantada. Aquilo que nessas outras cidades as pessoas acreditam ser original e interessante não passa de um émulo de Angel, do Soho, de Notting Hill. Ou então, nos piores casos, de uma moda que não muda por si mesma".

Isto foi há cinco anos, se não me falham as contas. Dá sinais de vida muito de quando em vez e talvez mais realmente quando precisa. Fiel à sua inconstância, já teve mais perto de fugir do Brasil. Crise ultrapassada, vai ficando por lá, cada vez mais sem olhar a datas.
A América do Sul, afinal, é sítio onde dandies e revolucionários raramente se beijam.

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* itálico meu

Modas

Para falar com franqueza, e com o portuguesíssimo "todo-devido-respeito", gosto muito mais do que escreve o irmaolucia que aquilo que gráfico-desenha.

Não são gostos, é a minha moda.

Rádio Nostalgia

quinta-feira, agosto 06, 2009

E pensava nisto no caminho para a pirâmide

"Não acho piada nenhuma à Joana Amaral Dias: tem os olhos demasiado grandes."

Alguma coisa me diz que a Nação perdeu a sua soberania

Quando leio algures o apodo "futuro deputado da Nação".

O poder negocial de Clinton*

Kim il-Jong Kim Jong Il simplesmente está convencido que o ex-presidente é o pai de Obama.



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* corrigido e aumentado com vídeo (o silêncio é cortesia da WMG, não do ditador figurado)

sábado, agosto 01, 2009

Mais fenómenos de protocolo à portuguesa

Quando um Bourbon de Espanha é levado ao túmulo de um Habsburgo da Áustria, fica-se com a impressão que a Guerra da Sucessão espanhola não é matéria de grandes estudos nas chancelarias nacionais.