segunda-feira, março 30, 2009

'Bora fazer outra ponte para dinamizar a economia?

Em 2004, morreram 4000 pessoas de doenças causadas pela poluição nas cidades portuguesas.

Eu não tenho blogue no sapo logo sou anónimo, 2

Casar é bonito, pois é.
Mas, e se eu for saudável e tiver o azar das miúdas que se dizem saudáveis só me quererem pr'ó-que-é? Já posso usar o preservativo?

Eu não tenho blogue no sapo logo sou anónimo

Logo, aqui vai o meu comentário "anónimo" a isto e aquilo.

Traduzindo a longuíssima argumentação para miúdos: ou me caso com uma pessoa saudável ou sou promíscuo apenas com pessoas saudáveis. Parece-me do mais elementar bom senso, sim senhor.

Mas, e se eu próprio não for saudável? Já posso usar o preservativo?

domingo, março 29, 2009

O "Magalhães" passa ao largo dos meninos cool de Cabo Verde

No Portugal dos Pequeninos, noticia-se que, to add insult to injury (na óptica de João Gonçalves) à história da mal-fadada versão portuguesa do Classmate, o terceiro mundo despreza o computador que foi inventado para o terceiro mundo .

Fez lembrar-me quando abandonei o país e também tentei impingir meia-dúzia de (bons) electrodomésticos muito pouco usados a pessoas que mal ganham o ordenado mínimo e que não os tinham. Para alguma incredulidade minha, recusaram a oferta.

A minha porteira da altura comentou: "Hoje em dia ninguém quer barato ou em segunda mão. Até parece que andam a nadar em dinheiro".

Talvez. Acabei por propôr a venda ao novo inquilino, mas agora por preço mais próximo do original. Pois o raio do burguês ficou mesmo com tudo.

Para não dizerem que eu não gosto dos Xutos

A sua música seminal

Os 10 melhores guitarristas do mundo

Em ano de várias eleições, é fundamental relançar o debate sobre quais são os dez melhores guitarristas do mundo.

Para além da habitual polémica associada a este tema fracturante, a minha contribuição pretende alargar o horizonte da discussão.

Começo por propôr a minha própria classificação. Mas, ao fazê-lo, vou pôr em causa as quotas normalmente aceites: 80% de guitarristas de Heavy Metal, 10% de Lendas Vivas e 10% de Lendas Mortas.

Penso que, embora as quotas sejam justificáveis nalguns contextos, neste caso elas representam apenas a atenção especial que o debate provoca entre os fãs do vil metal, em comparação com os restantes seres humanos.

Proponho assim a minha própria classificação, enumerada de seguida:

10º Mark Knopfler
9º Um qualquer Escocês, de nome Angus
8º Johnny Marr
7,5º Yngwie Malmsteen (o nome parece piada mas o gajo é mesmo guitarrista)
7º Will Smith
6º Graf von Zepellin
5º Vinni Reily
4º Michael "Olga" Algar
4º Zé Pedro
0º Bruce Springsteen
3º Cabeleira
2º Lêndea Morta
1º Slash
-1º Elton John

Esta classificação, não só contraria as quotas usualmente aceites, como põe em causa mais alguns preconceitos assumidos, a saber:

a) Não podem haver classificações ex-aqueo

b) As classificações têm de ser ordenadas

c) As classificações terminam no 1º classificado

d) As classificações têm de ser inteiras

Finalmente, o próprio critério de classificação é, mais uma vez, altamente discutível.

Nomeadamente, penso que o Slash não fica nada à vontade, ensaduichado entre o Elton John e uma lêndea morta.

Mas ele tem sorte por a lêndea estar morta.

Na verdade, a lêndea morreu na sequência de um choque acidental entre Slash e Cabeleira, quando todos competiam pelo 2º lugar na classificação.

(Explicação alternativa: Isto deve-se ao facto de, num concerto que as respectivas bandas deram juntas, ele ter chocado violentamente com o Cabeleira, na sequência de uma daqueles típicos momentos de efusividade e extroversão do último.)

Está então relançado o debate, e identificados os pontos que irão concerteza causar maior polémica.

A ópera é do Povo, não é de Moscovo

Não sei onde está a culpa. Se numa presumível falta de chá primeiro-ministro português, se num presumível excesso de chá do CCB.

(lembro os anos de Cavaco, quando o empreiteiro da via do infante rebaptizou o "Poço" da terra de origem do então PM com um mais respeitável "Fonte de Boliqueime")

Contudo, uma coisa sei: esta vaia dos mil espectadores da "Crioulo" traz alguns pontos à minha confiança na maturidade cívica dos portugueses.

Bravo e bis.

Rapazes, vão de carro que o Fred agradece

sábado, março 28, 2009

E eu nem gosto de carros



Tesla Model S: 0-100 km/h em 5.9 segundos,
Tesla Roadster: 0-100 km/h em 3.7 segundos

Velocidades máximas de 210 km/h (limitada por electrónica)

Design da carroçaria: Lotus.

Preço: EUR 37000.00 (Model S); EUR 75000.00 (Roadster)

Ah, autonomia: 400 km antes de voltar a ligar à tomada.

Não haverá um subsídiozito para estes?

Palimpsesto

Numa cena de "Madrid", de Basilio Martin Patino, o realizador alemão e o poeta local conversam no terraço de um prédio, olhando a cidade. O poeta representa os locais, o realizador os estrangeiros. A cena revela a fina e repetida ironia de serem os estranhos quem melhor capta a poesia dos lugares, quando muitas vezes nem os poetas locais a entendem:

- Gosto de vir aqui acima porque é de onde melhor se vê como é a cidade: irracional, feita a pinceladas, sempre inacabada. É curioso que seja obra de Filipe II, o Rei das geometrias.
- Eu gosto muito que seja assim, como que sem terminar, feita à medida do Homem.
- O curioso é que esta aldeola mourisca chegasse a ser capital de dois mundos. Isto é um acampamento sujo de trapaceiros, burocratas, sonhadores... O que aqui nunca houve foi uma cultura arquitectónica. Isto não passa de uma acumulação incontrolável de "bons vivants".
- Mas uma cidade também é os seus escritores, os seus artistas, e o seu gosto pela vida, pela comunicação...
- Não sei que encanto vês neste caos de improvisações...
- A mim agrada-me a imperfeição de Madrid. É o que lhe dá o seu encanto.

"Uma cidade é um nome, áspero ou cordial. Que factores humanos o determinam? Que influência tem a sua cenografia?" - reflecte o personagem/realizador mais adiante.

Talvez só os estranhos possam ver, porque os procuram, ecos do passado das cidades. Como se a leitura das palavras meio apagadas do manuscrito fossem imprescindíveis para a compreensão das palavras novas que nele se escrevem. Mas nesta infinidade de camadas, como delimitar o campo da procura e, por fim, compreender? Talvez se afigure impossível. Mas não será essa a fonte inesgotável do fascínio?

La Fuerza



Dedicada aqui ao companheiro Pedro Reis Soares ;)

sexta-feira, março 27, 2009

É raro mas ele há dias em que sinto mesmo vergonha do meu país...


Não, não tem nada a ver com o grau de instrução, a música popular, a emigração, a pobreza, burocracia, racismo, poluição, corrupção ou falta de civismo (bom, pelo menos não directamente). Isso, meus caros, mais ou menos, há em todo o lado (bom, para o último, há sítios que primam pela quase ausência).

O que não há é outra coisa.

Assim, sem mais: tendo a bela da francesinha ouvido falar de Porto Covo, queria saber como lá chegar a partir do aeroporto (Lisboa ou Faro) DE COMBOIO.

Lá em cima como lá em baixo: o pior de Portugal não olha a classes

Agora Isaltino, Fátima, e Avelino. Como antes, Narciso.

Mesmos estes, se não fossem histriónicos nem uma acusação se ouviria.

quinta-feira, março 26, 2009

A ler

"A legislatura perdida-2", por João Gonçalves (Portugal dos Pequeninos), a partir da carta de Manuel Maria Carrilho à Fundação Res Publica, publicada ontem no DN:

Que nos diz Carrilho? Três coisas muito singelas. A primeira, que o PS não cumpriu o seu programa para a Cultura e daí o termo "legislatura perdida" («A política cultural tornou-se assim cada vez mais invisível, ilegível e incompreensível, ameaçando fazer, dos anos 2005/09, uma legislatura perdida para a cultura.») Depois, que o PS de Sócrates reduziu o orçamento para a Cultura à ínfima espécie (0,3%) o que nem a "direita" tinha feito.
Finalmente, e passo a citar, «um conjunto de decisões imprudentes e mal preparadas, que rapidamente exibiram as suas múltiplas consequências negativas. Basta olhar, para o compreender, para as condições - que desafiam o sentido de interesse público - de cedência do CCB para a instalação da Colecção Berardo. Ou para a decisão de construir um inútil novo Museu dos Coches, ao mesmo tempo que os museus nacionais sobrevivem em condições dramáticas e são objecto de um garrote orçamental que, só em 2008, os privou de 72% das suas verbas de funcionamento, deixando-os à beira do colapso. »

(...)

Balanço: «em síntese, são três os pontos que caracterizam hoje a situação da política cultural: um estrangulamento orçamental sem precedentes, uma ineficácia e incapacidade administrativa que se tem agravado e uma persistente ausência tanto de estratégia global como de políticas sectoriais. Estes factores têm naturalmente conduzido a uma progressiva descredibilização da acção cultural do Estado, não sendo por isso de admirar que se multipliquem as vozes que põem em causa a própria razão de ser do Ministério da Cultura.»

Como é que que se impugna um papa?

Embora confesse que na altura dos fumos talvez me atraisse apenas a mística do nome (já imaginando o homem de branco de ray-bans e rosso na mão acenando às multidões), já havia mais qualquer coisa que me dizia que o cardeal Martini teria sido uma escolha mais inteligente e humana para o pontificado.

E que tal mudar de vida?


Bicicletas (e não só) na cidade: de 16 a 18 de Abril há Curso Mobilidade e Acessibilidade Sustentáveis, organizado pela Liga para a Protecção da Natureza e administrado por Mário J. Alves, engenheiro da CML.

(a partir de uma troca de idéias com João Branco)

terça-feira, março 24, 2009

The Boat that rocked



Com Gemma Arterton.

Bom dia.

segunda-feira, março 23, 2009

Negócios de paróquia

Por causa de uma discussão na caixa de comentários do Jugular, lembrei-me de que até na capital de um concelho, lá longe no estrangeiro, onde vivem entre três a quatro mil portugueses emigrados, sempre abundaram nos escaparates diários e semanários russos, turcos, polacos, paquistaneses, libanêses, arménios, espanhóis, et c...

Portugueses, nada.

Haverá Antena 1 em Denver?

Confesso que a primeira reacção (instintiva, pura) que tive ao famigerado anúncio da Antena 1 não passou sequer pela raspadela em manifs mas sim por qualquer coisa como (e com todo o respeito pelo actor): por que carga d'água é que este palerma está parado dentro de um carro cerca de 600 horas por ano??

Os americanos, que como sabeis, são mais atrasadinhos, explicam o absurdo:


(vídeo via Menos um carro).

domingo, março 22, 2009

Hier soir

Os rapazes dos Hurlements d'Léo em pleno gás...
O alinhamento...

Se alguém me anunciasse que ia a um concerto de ska-punk francês, é provável que a minha primeira reacção seria meter o dedo na boca. Só para demonstrar como os rótulos são enganadores e como, por isso, nem sempre são de grande ajuda ao marquetingue, a noite de ontem acabou por ser memorável.

Os HDL nasceram em 1996, no ano a seguir à estreia de Underground, e a influência da música de Bergovic nos metais é evidente. Mas, se tal como este, os HDL são banda decididamente para se ouver ao vivo, os rapazes não se ficam pelo ritmo roma e entram pelo punk-rock adentro, acompanhando-o com aquele fio condutor afolkezado que a concertina e a rabeca permitem. As canções saem ainda com mais garra e com aquele perfume altermundista das noitadas das Ramblas. O resultado é uma espécie de Négresses Vertes menos elaborados mas com muito mais vitamina.

Enfim, ao cabo de 10 minutos, o difícil foi não desatar aos pulos em cima do palco. E a passar o domingo a ressacar, apesar do solinho lá fora.
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Com os devidos agradecimentos ao pessoal do Ost-Klub

As mais belas capas das nossas adolescências

Aqui (via JorgeOliveira-twit).

sábado, março 21, 2009

Dia da Árvore



Foto (ass. do autor ilegível) roubada ao Sobre o tempo que passa

Pérolas no twitter

PauloQuerido: É impressão minha.... ou os blocos viraram? A Rússia vive hoje em capitalismo selvagem, os EUA estão a ficar com economia centralizada...
about 8 hours ago from TweetDeck

sexta-feira, março 20, 2009

Momentos Pravda na bloga portuguesa

Perto de si, no Câmara corporativa.

Assim entre Les Négresses Vertes e The Band of Holy Joy



Veremos como é ao vivo, sábado à noite...

quinta-feira, março 19, 2009

Tive um pesadelo mirandês

Os e-books eram a única coisa que se vendia e já ninguém publicava em papel. "Das escolhas do mercado resulta sempre a melhor opção", dizia a esse propósito um conhecido comentador-blogueiro no debate televisivo, formato encurtado agora para o standard de quinze minutos.

Isto antes das 19h00, altura em que, no plasma de imagem esticadinha, a emissão de todos os canais entrou num compacto de 8 horas de novela-publicidade-informação (sobre actores de novelas e futebol).

Dúvidas virtuais

Extractos do JN do dia 4 acerca do "i":

O "i", nome registado para o título, dirige-se à classe alta, "um público que olha para a informação com rigor e exigência". Martim pensa que "há um enorme mercado não preenchido. Temos a certeza que não vamos fazer sumir leitores dos outros jornais".

Começa bem. De facto, a imprensa portuguesa anda inculta, capacheira, miserável, futeboleira. Percebe-se por que razão até jornais arménios se vendem nos aeroportos internacionais; dão prejuízo ao quiosque mas parecem mais cosmopolitas que os portugueses.

Este público-alvo passará a ter disponível na Primavera um jornal "com um formato igual ao espanhol ABC, agrafado, com um papel mais pesado e com menos 35 a 40 por cento de páginas do que os outros jornais".

E... Já borraram a opa.

Um diário que "não vai ser mais barato, mas pode custar o mesmo que os outros" e que não terá suplementos, com excepção de uma revista publicada ao sábado e editada por Pedro Rolo Duarte, que nos anos 90 criou o DNA, um suplementos marcante do Diário de Notícias.

Ahem. Isto não é um jornal, é um digest diário. Um panfleto aspanholado. Um "Destak" versão couché para mesinhas de café e salas de espera.
Palpita-me que vai falir.

Mantêm-se, no entanto, ao longo da semana quatro secções, "que não são estáticas": Opinião, Radar, Zoom e Mais, onde está incluído o desporto.

Pois. A começar pelo nome ridículo, os nomes das secções seguem a lógica pós-moderna de designers da Moviflor.
Ai vai falir, vai.

O online, a par do papel, é um dos eixos do novo projecto."Não replica as formas que usam os outros online. Não é um portal, é um 'hub' - recebe pessoas e distribui-as para onde quiserem ir. Agrega notícias, para não obrigar a um zapping de sites", descreve.

Que é como quem diz, "comprem o papel e não me dêem trabalho".
Isto claro que não é um eixo, é um frete que tem de se fazer ao público.
Faz lembrar a típica empresa tuga, quando indica, moderníssima, o seu url e vai-se a ver é uma página com logótipo, slogan e nada mais.

Já agora, alguém sabe como se faria uma busca bem sucedida pelo futuro sítio do "i"? Ah, pois é.
"I"sto já está mais que falido.

18 de Março de 2009: Abolição da pena de morte no Novo México, E.U.A.

"Hoje marcámos o fim de um longo percurso entre o assunto da pena de morte e eu. Durante toda a minha vida de adulto, acreditei com firmeza que a pena de morte era uma punição justa, em casos muito raros, e apenas para aos crimes mais abjectos. Continuo a acreditar nisso.

Mas há seis anos, quando assumi as minhas funções de governador do Estado do Novo México, comecei a colocar em causa as minhas opiniões sobre a pena de morte.
O problema tornou-se mais tangível para mim porque sabia que chegaria o dia em que uma de duas coisas aconteceria: fosse tomar uma decisão sobre um projecto de lei para abolir a pena de morte, fosse, (numa perspectiva) mais difícil, assinar a pena de morte de alguém.

Qualquer que seja a minha opinião sobre a pena de morte, não tenho suficiente confiança no sistema judicial, no seu funcionamento actual, para ser o árbitro final quando se trata de decidir quem morre e vive após um crime. Se o Estado tomar esta decisão extraordinária, o sistema deve ser perfeito e nunca pode enganar-se.

Mas a realidade é que o sistema não é perfeito, longe disso. O sistema é por natureza defeituoso. As análises de ADN provaram-no. Inocentes foram colocados no corredor da morte em todo o país."


Discurso do governador do estado, Bill Richardson (não faço a mínima se é democrata, republicano ou monárquico, nem me interessa).


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Tradução e fonte: DN

quarta-feira, março 18, 2009

Life's a bitch

Desde que mudei de casa no mês passado tenho de andar a pé para aí uns quinze minutos em vez dos cinco de antigamente.
Isto vai tudo de mal a pior.

terça-feira, março 17, 2009

Nicks com três nomes

Outros que confundo são o Rodrigo Adão da Fonseca com o Rodrigo Moita de Deus, e o Afonso Azevedo Neves com o André Azevedo Alves ou o André Abrantes Amaral.

Faz-me falta uma televisão, é o que é.

Sim, a monarquia é uma questão de estética



Rania al Abdula da Jordânia

Tranque-se a porta e deite-se a chave fora

Esta sexta-feira será anunciada a pena a atribuir a Josef Fritzl, o homem que fez da filha sua escrava sexual desde os onze anos de idade, mantendo-a prisioneira na cave (e aos filhos resultantes do incesto) por mais de duas décadas.

Tudo indica que Fritzl será condenado a 15 anos de prisão podendo, no entanto, regressar a casa já em 2016.
O sistema judicial austríaco aparenta, desta forma, ser demasiado humano para quem não o é. Contudo, as coisas não são assim tão simples e o 'Monstro de Amstetten', como é conhecido, poderá na prática passar o resto dos seus dias encarcerado.

Com efeito, pela estratégia de defesa resulta que, após cumprido um terço da pena, Fritzl seguirá para o castelo de Göllersdorf, uma prisão psiquiátrica onde são depositados apenas criminosos com distúrbios mentais e de elevada perigosidade. Com uma população residente de violadores, assassinos compulsivos e pedófilos, Göllersdorf não tem para oferecer, certamente, a companhia submissa que Fritzl conseguiu impor durante 24 anos em sua própria casa.

À sua espera estarão, por exemplo, personagens como Franz Stockreiter, que ainda em 1996 matou uma terapeuta da prisão à facada, ou o jovem alemão Robert Ackermann, também conhecido como "O Canibal de Viena".

Justiça mais poética, meus meninos, era impossível.

segunda-feira, março 16, 2009

Um dado novo

para a tese inacabada da Cláudia sobre futebol:

"Um adepto iraquiano matou domingo a tiro um futebolista da equipa adversária, numa altura em que este estava isolado frente ao guarda-redes e tinha a possibilidade de marcar um golo que empataria o desafio.
Muthanna Khalid, responsável da polícia iraquiana, revelou que quando um jogador da equipa amadora de Buhairat estava isolado frente ao guarda-redes, durante um jogo de amadores em Hillah, um adepto da equipa de Sinjar atingiu-o com um tiro na cabeça, quando faltava um minuto para o jogo terminar.
A fonte policial indicou que o espectador foi detido."
(no 'expresso' online)

Animatu

É a extensão, em Portalegre, de um festival internacional de animação digital que tem lugar em Beja. Vale a pena. Algumas das sessões são apresentadas pelos realizadores, há oficinas e "master classes" sobre animação e softwares específicos.

domingo, março 15, 2009

Dos outros

Unfinished theses

(...)

The end of the football club: how eventually supporters as emotional stakeholders will realize they are not supporting the team but cheering for a publicly traded company. It's just as ridiculous as wishing that Bayer will have bigger profits than Merck when you're not even a shareholder but only someone who is hooked on aspirin.


No Mundo de Cláudia.

Esperanza Spalding



afinal havia outra...

Bruce Springsteen - Fire

A minha paixão é a educação, o emprego é que lixa tudo

Contradizendo as jeremíades nacionais, ele há sítios, civilizados e ricos, onde por mais inútil que um título seja, na realidade, nunca o é.

Fui comprar uma máquina de lavar roupa. A moça que me atendeu era demasiado simpática mas não sabia apontar diferenças entre modelos com segurança. Contudo, e entre risinhos, lá consegui que pedisse autorização ao gerente de área para me fazer um desconto.
Feita a transação, agrafou um cartão à factura, indicando com ênfase o número da sua extensão.

Só ao chegar a casa reparei na carreirinha prefixa ao nome: Dipl. Ing. Arch..

wow



Atenção: o trailer não mostra tudo; este filme não é para meninos.

E isto quando o Puby não lhe chega aos calcanhares

Ocorreu-me hoje de manhã que, mesmo sem um Indy, esta maioria absoluta produziu e continua a produzir escândalos que baste.

sexta-feira, março 13, 2009

Diz-me com quem andas...

Na página online dum jornal desportivo pode ler-se esta pérola:

«Já falou também Gil Moreira dos Santos, advogado de Pinto da Costa, que fez uma longa dissertação, recheada de momento poéticos, durante a qual aludiu a uma atuação "fascizante" do Ministério Público.»

E quem é este personagem, atento defensor do Estado de Direito, de seu nome Gil Moreira dos Santos?

Navegando pela net, podemos encontrar o seu nome citado variadíssimas vezes. Afinal de contas, este juiz de enorme notoriedade é Membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, entre outras coisas. As outras razões da sua notoriedade é que parecem revelar uma personalidade, no mínimo, contraditória:

Durante anos, Gil Moreira dos Santos foi juiz do Tribunal Plenário do Porto.
Para quem não sabe o que foram os tribunais plenários há muita informação neste site, onde o seu nome é citado e de onde retirei este excerto:

"Esses «novos tribunais de excepção», «cujos juízes e acusador público eram nomeados segundo critérios de estrita confiança política», continuaram a funcionar como «um apêndice judicial da polícia política: cobriam as ilegalidades e violências cometidas pela PIDE, na instrução dos processos, aceitavam como prova os autos de declarações por ela preparados, com recurso à tortura e intimidação, e julgavam segundo os critérios aconselhados nos relatórios da polícia que acompanhavam os processos». Lembre-se, além disso, que, nas cadeias da PIDE/DGS, os advogados de defesa só podiam falar com os seus clientes na presença de um agente dessa polícia ou de um guarda prisional e, no Plenário, muitos deles também foram alvo de processos e alguns mesmo de agressão e prisão, por terem pretensamente desrespeitado o tribunal. Por exemplo, o advogado de defesa Manuel João da Palma Carlos foi condenado, por desrespeito ao tribunal, a sete meses de prisão, um ano de privação de direitos políticos e um ano de suspensão de exercício de advocacia."

O que aconteceu aos juízes fantoches desses tribunais é descrito num outro post do mesmo site. E poupo-vos a provérbios sobre ratos e navios...

Mais referências a Gil Moreira dos Santos podem ser encontradas aqui. Recomendo vivamente a leitura da caixa de mensagens à notícia. É divertida.

Depois de ler tudo isto cabe perguntar: que faz este sujeito num tribunal sem estar sentado no banco dos réus?

Dire Straits - Why Worry

quinta-feira, março 12, 2009

Ou será "Teixeira dos Santos lutou para manter os lucros da Lusoponte"?

A bojarda do ministro, considerando o uso de carro particular sobre as pontes como um bem de primeira necessidade (IVA 5%), parece tirada de uma comédia absurda como o Herói do Ano 2000.

À primeira vista, tudo indicaria que o cavalheiro viaja pouco e ainda não descobriu outras paragens mais civilizadas, onde há tentativas e bons resultados de levar o automóvel a meio de transporte excepcional.
Ou, tal como escrevi abaixo, o alvo do provincianismo do dr. Santos serão os eleitores que pretende aliciar por se contarem em número muitíssimo superior àquele de prejudicados imediatos com a fúria automóvel que diariamente enche as cidades.

Mas, depois de ler nos comentários do Menos um carro
que o preço das portagens concedidas à Lusoponte está fixado por contracto - e caso isto seja verdade -, pergunto-me se o frete não terá antes a natureza de favorecimento a um grupo empresarial.

Teixeira dos Santos lutou para manter a cidade cheia de carros

Anteontem, em Bruxelas, Teixeira dos Santos "lutou" (um rato a rugir em coro com a França) e conseguiu regime de excepção no IVA a aplicar sobre as portagens das pontes.

Há já só 500 mil habitantes na capital, cercados por um exército de motores de explosão cinco vezes seu superior.
De facto, para quê viver em Lisboa se fica mais barato (?! e a quem?) ir-e-vir todos os dias de cú tremido?

Curto-prazo e o eleitoralismo, sempre; que se lixem o planeamento do território e a qualidade de vida nas cidades.

quarta-feira, março 11, 2009

Roy Orbison - A Love So Beautiful

Marquetingue (já perdi a conta)



Não é o Schwarzenberg mas uma mera uma cafeteria de loja. Talvez por isso ninguém dá pela troca: temos S. Pedro de Alcântara onde poderia estar o Belvedere.

Ora bem. É a isto mesmo que me refiro quando digo que a estética não é de quem pode mas de quem a quer. Positivamente.

Um bairro mais civilizado era difícil



A casa onde Zamenhof (primeiro) e Schweitzer (depois) viveram uns tempos.

A personagem que borrou a parede com uma representação da sua linha de raciocínio não mora aqui de certeza absoluta.

segunda-feira, março 09, 2009

Previsão meteorológica

Este trio passou aqui pela terrinha no fim de semana. O que eu pensava que ia ser uma brisa afinal transformou-se num furacão. Não percebi se eram dois argentinos e um basco ou dois bascos e um argentino mas isso também não interessa para nada. O que interessa é que este vídeo que encontrei no youtube não revela nem um décimo da energia destes meninos (e menina) ao vivo. Mas serve de amostra...
Chamam-se "Capsula".

quinta-feira, março 05, 2009

Weltanschauung

Em Abril de 1942, numa altura em que a ciência alemã inventava a propulsão a jacto e fazia as primeiras experiências com energia nuclear, Hitler enviou o Dr. Heinz Fischer numa expedição à ilha báltica de Rugen a fim de fotografar a frota inglesa com câmaras de infravermelho. O objectivo da expedição: provar uma antiga teoria mística segundo a qual a Terra seria oca (e nós viveríamos dentro dela)...
Mais ou menos por essa altura o exército alemão, equipado com a melhor e mais mortífera maquinaria de guerra existente à face do planeta (ou, para alguns, na sua concavidade), invadiu a União Soviética em "mangas de camisa" porque os deuses protegeriam os arianos do frio suspendendo provisoriamente o inverno russo...

Março de 2009. Metade da Europa anda de Audi, Opel, VW, Mercedes e BMW. O engenheiro português Afonso Freire Novais desapareceu há dois meses em Berlim e ninguém tem a menor ideia de onde pára o senhor. O nosso Presidente da República informou-nos ontem numa conferência de imprensa que, segundo a tipologia da polícia alemã, o caso está classificado como "bruxedo"...

Desisto de tentar perceber esta Visão do Mundo.

terça-feira, março 03, 2009

Red Hot Chili Peppers-How Deep Is Your Love (Bee Gees Cover)

Ou na cover cantada pelo guitarrista dos Red Hot Chili Peppers

Bee Gees - How Deep Is Your Love

Do You Realize?? (David Letterman)

Recentemente eleita a State Song do estado Americano do Oklahoma.

Têm bom gosto,os Oklahomatinos(?).

Qual é a state song da província Chinesa do Sinkiang Uighur?

domingo, março 01, 2009

Isto vai explodir

Dos cerca de 130 milhões de trabalhadores migrantes (internos), 20 milhões de chineses já perderam o emprego.
Destes, apenas 5% voltaram às suas aldeias semi-desertificadas.