quarta-feira, outubro 31, 2007

K.O. técnico



Stone Roses, She bangs the drums

quarta-feira, outubro 24, 2007

Não chega aos calcanhares da Madonna mas sempre tem mais conteúdo



Cornelius, Fit song

Aquecimento Global

Não, não discuto o aquecimento global. Nem preciso. Todas as medidas para o reverter trazem benefícios, independentemente da ocorrência ou não do fenómeno. Os mesmos que aprendemos na escola desde a descoberta do efizema pulmonar e que nos levavam no dia da árvore ao campo para plantar mais uma.

Daí que os argumentos dos detractores da "teoria", por mais inteligência ou infalibilidade que tentem botar na sua elaboração, me parecerem sempre um bocado pífios.

domingo, outubro 21, 2007

Recursos e tendências

O degelo dos glaciares no Oceano Ártico, sem dúvida causado pelo arrefecimento global, está a aguçar a dentuça das potências árticas para reclamarem espaços oceânicos para além do limite das 200 milhas, em via do grande manancial de recursos a ser explorados.

Se estas reclamações forem bem sucedidas,Portugal está em condições de reclamar todo o território oceânico delimitado pelo continente, Açores e Madeira com eventuais vantagens económicas para o país.

Será por isso que a Britânica Madeira e os Americanos Açores reclamam agora uma autonomia aprofundada?

Mais uma liberdade

Existem aqueles tolos que defendem o criacionismo como teoria científica. Fazem-no porque têm liberdade para isso.

Existem aqueles que os criticam e os ridicularizam. Fazem-no porque têm liberdade para isso.

Existem depois aqueles que criticam e ridicularizam aqueles que criticam e ridicularizam os criacionistas.

Mas o argumento destes últimos é estranho e bem Anglo-Saxónico: todos têm direito á sua opinião, por muito disparatada que seja, e todos são obrigados a "respeitá-la", isto é, a exprimir polidamente a sua discordância, mostrando um profundo respeito intelectual pelo interlocutor, mesmo que este esteja a defender que Fátima foi resultado de fenómenos com extra-terrestres ou que a luz do sol é preta.

Não podem caçoar dos palermas e os palermas podem, na sociedade, lidar com as suas taras da mesma forma que os outros lidam com a ciência.

Podem, por exemplo, fundar uma Universidade onde se ensina as inexistentes bases científicas do criacionismo.

Existe aqui uma supressão de liberdade, a liberdade de ridicularizar o que é ridículo. Mas esta abordagem tem ainda alguns efeitos interessantes: suprime o conceito de verdade objectiva, suprime a ciência, de um ponto de vista conceptual (exclusivamente um produto do método científico), e, ao premiar a ignorância, promove uma sociedade de palermas onde os aldrabões e vigaristas se mexem à vontade, dentro da lei e da legitimidade.

A ideia é confundir trigo com joio, para desorientar os tolos e os ignorantes.

Pura ideologia

O Claro, neste artigo, fala de quem ponha em causa a competência da engenharia na China e na Índia.

Pois é, acontece que a deslocalização da engenharia para a China e para a Índia não tem uma fundamentação de engenharia, ou mesmo financeira. Tem uma fundamentação ideológica, é uma espécie de vingança dos mercados de capitais contra os privilégios das classes médias ocidentais, que esses mercados consideram pura e simplesmente abusivos.

A política Portuguesa explicada às criancinhas

Tudo começou em Felgueiras, há uns anitos atrás.

Francisco Assis era presidente da distrital do PS do Porto, candidato a substituto de Jorge Coelho e normalmente considerado um político de qualidade, fora do circuito do futebol, rotundas e arguidos em casos que nunca acabam.

Apesar das notórias ilegalidades praticadas pela autarca de Felgueiras, o povão ( poboum-e ) mostrou a Assis o que pensa da legitimidade, da lei e da justiça do estado Português.

Assis quase levou porrada e teve a sua carreira política acabada.

O PS aprendeu a lição que Jorge Coelho lhe deu, ganhou pela primeira vez a maioria absoluta na Assembleia da república e apoiou com sucesso nas últimas autárquicas tudo quanto era autarca arguido e suspeito da prática de crimes.

O PSD, herdeiro da honestidade ditatorial de Salazar, enveredou pela via contrária com Marques Mendes à proa e foi clamorosamente derrotado, principalmente nas eleições contra aqueles arguidos que se recusou a apoiar.

A eleição de Meneses voltou a mostrar o que as "bases" partidárias em Portugal pensam ácerca de coisas como legitimidade, lei e justiça.

A queda


Into dust, Mazzy Star

sábado, outubro 20, 2007

sexta-feira, outubro 19, 2007

Admiração

Cecilia Sarkozy pediu o divórcio. As razões oficiosas falam de abuso e maus-tratos; as oficiais, sem dúvida acordadas para a prossecução tranquila do mandato do (futuro) ex-marido, aqui.

A minha admiração por uma Senhora que não se vergou à hipocrisia dos costumes sociais e se despede de cabeça erguida de um anão furibundo.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Imprensa de referência


Portugal é o único país que eu conheço onde se coloca sistematicamente e sem critério a loucura da bola na primeira página de jornais não-desportivos.
E fica tudo dito quanto à "imprensa de referência".

segunda-feira, outubro 15, 2007

Um petroblogue

Sempre passei o olho ao de leve por aquilo que o Pedro Lomba escreve e não posso dizer que me inspire reacções apaixonadas. Já das das sublimações do Pedro Mexia nunca fui menos que devoto madrugador.

E também porque o filme homónimo está no meu top 2, têm entrada directa para o top 40 e picos ali ao lado: o Gattopardo já está em linha.

domingo, outubro 14, 2007

Adeus


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio
e as pedras das esquinas em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias:
os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.



Eugénio de Andrade, "Poemas 1945-1965"

Ora comentemos

Passei agora pelo Blasfémias. As caixas de comentários desapareceram. Recauchutagem ou renovação? Tomara que não tenham ficado ofendidos com a singela homenagem ali abaixo.

Todos diferentes, todos iguais

Depois das fianças do jovem Bernardino à Coreia do Norte, o Abominável Comentador das Neves faz do Irão exemplo da sua definição de democracia.

P.S: se continuam a dar tribuna pública à opinião de mercearia não se poderão admirar que não haja por cá algum jornal de referência para amostra.

sábado, outubro 13, 2007

A ciência à luz de um juiz biotecnólogo

A notícia caiu como uma bomba de fragmentação enriquecida a urânio empobrecido.
Na blogosfera dita "liberal", os apelos sucedem-se. Contra a ignomínia, chefiados pela voz do porta-voz dos investigadores em biotecnologia, JoaoMiranda, a fúria dos famélicos da terra sem direito a automóvel atira contra o comité internacional o supra-sumo juízo científico de um juíz de um supremo tribunal nacional: parece que o filme de Gore tem 9-nove-9 erros científicos. Não é dez nem é oito, são nove, ó freguesa.

(eu estou acostumado a erros menos exactos, do género +/-0.5 unidades à escolha, mas pelo que li, o aquecimento global não seria determinístico mas aleatório. Ora, como o mesmo não existe, a negação dessa afirmação será "o não aquecimento global é determinístico, não aleatório". E assim encontramos a exactidão dos números)

Mas a blasfémia dos politicamente correctos não se ficou por aqui. Imagine-se que os comunas da academia da sueca ainda por cima tiveram o desplante de premiar um painel científico da ONU. E isto não pelo método da sua actividade mas pelas suas... CONCLUSÕES.

É de ficar de boca aberta. Um prémio Nobel pelas conclusões de um estudo científico? Tudo política, como nos dizem os iluminatos. Se é assim, onde é que isto vai parar?? Qualquer dia ainda nos impingem com, sei lá, o Nobel da Paz a quem se opõe a testes nucleares ou o da Literatura dado a quem fez guerra.

51 ways

«If your lover has put on too much weight, get them to walk three miles in the morning and three miles at night, and by the end of the week the fat fucker will be 42 miles away.» - Jo Brand


(lido no B-site)

quinta-feira, outubro 11, 2007

Há 19 anos atrás...

Entrei numa discoteca e ouvi esta música, de uma banda que eu não conhecia.

Comprei o disco. E nunca mais voltei a ouvir as músicas que ouvia antes.

Pop Australiano passou a ser o meu estilo preferido de música

As certezas num copo de vinho

Som da maquete original

segunda-feira, outubro 08, 2007

Mota Amaral é favorável ao Criacionismo na escola

Aqui, via Esquerda republicana.

Agora resta saber se o cavalheiro confundiu os propósitos da resolução, afirmação institucional de princípio pelo indisputabilidade do método científico, ou se achou que se pretendia remover as aulas de religião e moral das escolas.

A seguir preocupadamente, já que se trata de um recente membro do Conselho de Estado.

E o prémio para a melhor t-shirt Che vai para...

Vi na rua e por isso não tenho imagem. Por baixo da estampilha os dizeres:
"Who the hell is this guy?"

domingo, outubro 07, 2007

Say hello, wave goodbye



You and I
It had to be
The standing joke of the year
You were a sleep around
A lost and found
And not for me I fear


(e quem não corre logo para a pista às primeiras batidas é mariquinhas)

sexta-feira, outubro 05, 2007

Quando?

É que a Madeira se torna independente de Portugal?

E quando é que Portugal se torna independente dos Açores?

Um grande abraço, como diria o Uva, a todos os meus bons amigos Insulares.

Um abraço bastante menos apertado, claro.

Porque é que Menezes ganhou?

Porque está muito bem acompanhado.

A sra. Rice esteve cá há pouco tempo e confessou publicamente que tinha o propósito de compreender a realidade da política Portuguesa.

E compreendeu.

Tortura

Obviamente que esta força policial me pode torturar sempre que quiser.

Do Claro, claro.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Gestão ou liderança

As escolinhas, licenciaturas e mestrados em Gestão que proliferam pelo mundo servem para criar uma nova Aristocracia.

Gente que percebe de números, EBITs e outras sofisticações do género mas que parece saber muito pouco de liderança.

Deixam esse trabalho sujo a sargentos e contramestres enquanto eles se divertem a ver gráficos que demostram por exemplo, que uma taxa elevada de burn-out numa empresa com custos elevados de mão-de-obra contribui para uma saudável contenção dos custos ( pelos salários que não se pagam a quem sai e pelo esforço extra e não pago exigido aos que ficam ).

Ás vezes contratam especialistas em recursos humanos que seleccionam recursos dóceis e se divertem a organizar jantares e a distribuir gadgets.

Depois, a coisa falha, e volta tudo ao início ( os especialistas de recursos humanos é que falharam, claro ).

O capital intelectual perdido não é fácil de medir ( especialmente se compensado pelo esforço extra de quem fica ) para além de que se evita que os sargentos, contramestres e operários ganhem poder negocial e perturbem o poder aumentado dos senhores gestores.

Poder traz sexo e sexo traz poder e aqueles que têm mais poder têm mais sexo e sobrevivem, não fossem as conspirações dos invejosos, tal como o demonstram os mais avançados estudos sobre as sociedades paleolíticas, publicados na Scientific America e noutras publicações Anglo-Saxónicas, altamente abalizadas por elas próprias e pelos Nóbeis que se atribuem a eles mesmos através de Universidades que se avaliam umas ás outras como as melhores, em estudos independentes publicados por elas próprias na Scientific America e noutras publicações Anglo-Saxónicas.

Os sargentos e contramestres lá vão gerindo o possível e sofrendo as consequências dos fracassos, deixando aos outros os proveitos dos sucessos. ( é um espectáculo triste ver um desses gestores tentar forçar o que não é forçável, sem saber o que está a fazer, desmotivando e desmoralizando a cada palavra que lhe sai da boca, dando, enfim, vários tiros no pé, dado que o problema está muitas vezes na sua própria gestão ).

Porque os sargentos e os contramestres são os verdadeiros líderes.

Numa sequência de extrapolações injustificadas, o abismo está mesmo aqui ao lado.

A única ponte sobre esse abismo é a perseverança. Explicar, explicar, explicar, persistir, demonstrar, não ter medo, reagir à intimidação e à pressão com firmeza, contra-atacar, pisar a zona de recuo, ameaçar, dar o lombo, ser competente, Ser Humano.

É neste dia a dia que se combate a globalização da ditadura, do medo e da desumanização, passe os lugares comuns.

É tudo assim? Claro que não!

Por enquanto.

De esquerda, eu? Claro que sim! Ou claro que não?

E os juízes com 26 anos?

Mais uma extrapolação injustificada.

Só para acabar.

Ainda não.

Estou com a pica toda!

Maldita cocaína!

Que infantil que eu sou.

Ainda bem.

Pena não ser o príncipe dos Eternautas.

Hasta!

Comovente!

A crónica de António Lobo Antunes, hoje, na "Visão".

Boa Dorean, dá-lhes!

Mas não te esqueças que as causas perdidas são sempre mais simpáticas e fáceis de abraçar.

Não me leves a mal.

Eu nem sequer caí no lodo suicida da chamada realpolitik.

Os 10 passos para o reestabelecimento da ditadura na Rússia,

segundo o Devaneios desintéricos:

1. Putin estabelece a imagem de líder forte, o único capaz de controlar a Rússia;
2. Ganha o apoio dos demais cargos supremos da política russa e obtém da da poderosa Igreja Ortodoxa a cuidada gestão dos seus silêncios;
3. Suprime a opinião pública afrontando as ONGs e perseguindo a Imprensa crítica;
4. Nomeia um delfim, politicamente irrelevante, para seu sucessor na candidatura à presidência - Victor Zubkov;
5. Abandona a presidência por impossibilidade constitucional de se candidatar a novo mandato:
6. Putin anuncia sua disponibilidade para ser primeiro ministro;
7. Zubkov ganha as eleições presidenciais e, se quiser, tem poderes constitucionais para delegar poderes no Primeiro Ministro (que será, provavelmente, Putin)
8. O partido de Putin - o Rússia Unida - ganha, por via eleitoral, controlo total da presidência, governo e Duma (que conseguirá se mantiver a actual proporção de mais de 300 deputados favoráveis em 450) tendo poder para fazer qualquer alteração à Constituição russa; A actual força principal força opositora só tem, segundo as sondagens, 7% de intenções de voto;
9. Se o presidente ficar incapacitado ou se demitir, será o primeiro ministro - Putin? - que herdará automaticamente o seu cargo como, aliás, aconteceu com Boris Yeltsin, tornando-se novamente presidente da Rússia;
10. A Rússia passa a ser uma ditadura.

O sexto ponto desta caminhada foi hoje anunciado.

Liberdade para a Birmânia


Free Burma!

quarta-feira, outubro 03, 2007

Maddie na ONU

O Conselho de Direitos Humanos da ONU reuniu sobre a situação na Birmânia. Num primeiro texto proposto pela China, os próprios manifestantes eram "condenados" pelos desacatos e aos mesmos era exigida "contenção" nos seus protestos. Posto isto e após a cínica aprovação indiana e russa, o comunicado do CDH "lamenta mas não condena" a brutal repressão do regime militar sobre os democratas do seu país.

"Lamenta mas não condena". Assim como quem olha para uma criança levar uma bofetada do pai e diz: "coitadinho do miúdo... Mas os pais lá sabem".

Este tipo de resolução define aquilo para que este organismo foi (re)criado: institucionalizar aquela visão multicultural de "humanismo" tão cara a regimes não-democráticos e, por tabela, servir de montra ao músculo diplomático dos gigantões, antigos e emergentes.

Quem lixa sempre, lá está, são os miúdos.

"A sucessão de Putin"


do Cinco dias.

Os nomes também contam

Myanmar parece nome de aldeamento em estância balnear para pedófilos.

terça-feira, outubro 02, 2007

Decisões de ano velho


Tindersticks, No more affairs

São duas da manhã de uma noite de insónia, temperada com chuva e regada a meia garrafa de Caol Ila.
Que outra coisa mais seria suportável ouvir?

Myanmar e Yagon

A repressão aos monges budistas teve no politicamente correcto uma vítima ocidental: onde antes a culpa do homem branco recomendava obediência à nomenclatura do complexo neo-colonialista, já a imprensa britânica recuperou o nome do país, "Burma", e da capital, "Rangoon", anteriores ao golpe militar de 1989.

Agora digam lá se Bombaim (literalmente 'baiazinha boa' em português de quinhentos) não será sempre mais bonito que Mumbai?