sábado, setembro 29, 2007

Bichos!

Agora, estamos entregues aos bichos. V V V V.

E esta era para ter sido posta no dia 11

Uma canção de Natal para vós

sexta-feira, setembro 28, 2007

As ditaduras e os monges



Numa sequência de imagens terrível, foi hoje divulgada ao mundo mais uma faceta da barbárie dos militares birmaneses: um fotógrafo japonês abatido à queima-roupa por um macaco vestido de soldado.

O regime ditatorial da Birmânia é tão intolerante que mantém presa há décadas um prémio Nobel da Paz. Tão insuportável que até fez perder a paciência a monges, ainda para mais budistas, ainda por cima orientais.

É daquelas ditaduras de opereta que, sem noção do ridículo mas com uma frustração sexual ultramontana, mudam o nome ao país e à capital sem que alguém perceba para quê.

A reacção da China, o principal parceiro comercial daquele país, está a ser interessante: ufanos, solicitaram à junta no poder em Rangoon (ou Yangon...) e aos manifestantes pró-democracia para que contenham os ímpetos.

Que os chineses têm algum poder de influência sobre os seus vizinhos (i.e., o mundo), já nós sabemos. Agora é óbvio que não se pode acreditar que o regime de Pequim (ou Beijing... Perceberam?) olhe para além da fronteira e tenha a humanidade de constatar que alguma coisa está bastante errada com o que ali acontece.

Afinal de contas, também o Dalai Lama era monge, budista e oriental e isso nunca lhe garantiu qualquer salvaguarda das garras dos ditadores chineses.

A civilização Europeia É superior às outras


Vídeo institucional, da responsabilidade da Comissão.
(via Claro, claro)

terça-feira, setembro 25, 2007

Dia europeu sem carros


Vem atrasado mas só queria dizer aqui que no dia europeu sem carros locomovi-me tal qual na maioria dos restantes dias do ano: de bicicleta e a pé.

O extremismo institucional polaco

Desculpem lá mas... Pá, sem querer ofender ninguém, as reacções de certos sectores da blogosfera espantam-me, não pelo extremismo da solução proposta para a Polónia (uma jactância que na forma está ao nível da dos visados), mas pelo voluntarismo da ignorância demonstrada.

Há milhões de polacos que gostariam de ver os homozigóticos afastados do poder e que, iguaizinhos a "nós", são tão democratas e civilizados quanto os suecos, cultivando um asco refrescante a qualquer género de intolerância.

Voltar-lhes as costas só porque há uns cães 'menores' com direito (legítimo) a um microfone, não seria a melhor estratégia para ajuda-los a expurgar da sociedade polaca esses resquícios de totalitarismo transvestido.

Pegai nos relatos da história, recentes e d'antanho, e mesmo sem ir muito longe vereis que o isolamento de um estado nunca conduziu à emancipação do seu povo. São mesmo precisos exemplos?

segunda-feira, setembro 24, 2007

E depois há os merdosos que as convencem que não, meu caro Pedro Mexia

Completamente mediano e um bocado merdoso

'Chega um momento em que quase todas as mulheres pensam isto dos seus namorados ou maridos: «It’s about being a good guy, Cody. A decent person. And you’re not... in the end, I’m with somebody who’s like all the other guys I grew up around. Not so terrible, but not very good, either. You’re just a guy. Just a normal guy... which means kind of shitty, actually. Completely average and a little bit shitty».(This is How it Goes, 2005, Neil LaBute)'


Cumprimentos,
DP

domingo, setembro 23, 2007

Essa é que é essa

"É que entre esta câzoada e o engenheiro das corridinhas, o país não hesita. Não por o engenheiro ser sublime, extraordinário ou coisa nunca vista. Não. O engenheiro não está a fazer nada de especial e o que está a fazer, faz porque estamos na UE e porque a economia não é gerível daqui. Sócrates navega à vista como corre e corre como navega à vista. Dá uma razoável aparência de mando e, atentas as circunstâncias de vida do homem médio português, sustenta-se no medo que esse homem médio tem de perder o que já tem."


No Portugal dos pequeninos.

E entretanto, cresce o amor da juventude alemã pela aviação sem motor

A gaffezinha do eng.º (sic) Sócrates, como relatada no sítio da Casa Branca:
(...) the question of Kosovo and the Middle West [sic] problem. I had the opportunity to tell the President how Europe can see with good (inaudible) the declaration on Middle East of President Bush, (...)

(via Oito e coisa, por sua vez via Glória fácil...)


E a bacorada do costume do eng.º (sick) Bush, analisada no Think Progress (think-tank americano... de esquerda)
I thought an interesting comment was made — somebody said to me, I heard somebody say, “Now, where’s Mandela?” Well, Mandela’s dead because Saddam Hussein killed all the Mandelas.
Vem com vídeo e tudo.

(também via Oito e coisa)

ADENDA À TOSCA COMPARAÇÃO: Já que falamos em minudências de arregalar os beiços, convém fazer notar que a transcrição das declarações do P.M. feita pelos serviços de imprensa da Casa Branca é profissionalíssima e só pode trazer ofensa a virgens de sacristia viciadas na reverência instituticional. E já todos compreendemos o resultado que esta atitude está a ter...

sábado, setembro 22, 2007

Inglês técnico

Middle West problems e tal...

Citado de memória

Voltou com um copo d'água na mão e um ar contemplativo mas decidido. Pousou o copo no criado-mudo e sentou-se na cama. Olhava com atenção para a frente, onde se diria que as palavras tomavam forma. Sem se virar, disse-me: "depois da paixão, uma relação precisa de ser trabalhada para ser mantida".

Fiz uma careta e preparava-me para reagir de um salto, como alguém a quem espetam um alfinete no rabo. E foi precisamente com esta imagem que acabei por transmutar o esgar em sorriso amarelo. Afinal, aquela mulher não era a minha.


In The Picture of Dr. John Gray, J.T. Barrett

(tradução minha)

Destaque da semana



“em Portugal, ainda se julga que a cultura é dizer asneiras com distinção e que a distinção é o afivelar de um ar afectado”

Parabéns

Ele há coisas que uma pessoa lê e depois pensa: "podia ter sido eu mas não o teria escrito melhor".

Dois anos de leitura diária de Estado civil: parabéns, sim, e obrigado.

quinta-feira, setembro 20, 2007

A Turquia na UE

Defendia que a Turquia deve pertencer à UE.

Mas vendo o comportamento da Polónia, acho melhor não.

O Fernando é gay

Este videoclip foi realizado no âmbito do curso de cinema da Universidade Lusófona. Esta música interpretada pelos Pink Poetry é uma versão da música tradicional ribatejana Fandango e conta a história de um forcado que ao sair do campo para a cidade perde a sua identidade.

Um belo trabalho experimental, que aborda de alguma forma as angústias do homem moderno

Para tentar limpar a minha imagem

Eu não sou nenhuma das senhoras que dançam. Sou o primeiro cantor. A solista é a minha mulher.

Hoje sinto-me assim

Serás que pensam que eu penso que sou gay?
Ou era escusado estar aqui a tentar arruinar a minha reputação?

Um Macabeu que se preze dá conta de dois filisteus ou mais e ainda limpa as mãos à cortina. Capice?


The Maccabees, First love

terça-feira, setembro 18, 2007

Do outro lado do espelho


Humpty Dumpty sat on a wall,

Humpty Dumpty had a great fall.

All the King's horses, And all the King's men

Couldn't put Humpty together again!


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(Masterpiece, Christeas, 2003)

Decifra-me ou te devoram

sábado, setembro 15, 2007

Belle and Sebastian - Sleep the Clock Around Live

Finalmente, uma questão pertinente

O dr. Vital Moreira volta a embirrar no Causa Nossa com as cores das camisolas da selecção nacional de futebol (via O insurgente).

Sr.dr.: por um lado, o sangue-de-boi presente aplica-se muito melhor ao carácter nacional e ainda tem a vantagem de fazer lembrar as barras das casas no Alentejo.

Para além disso, essa da farda dos desportistas ter de combinar com a bandeira é idéia à qual muito boa gente não faz caso.
Quer exemplos? Olhe, o pavilhão holandês não é laranja; o alemão não contém branco; na camisola de Itália sabe-se lá de onde vem o azul e idem para os calções espanhóis; et c, et c...

Um amigo irlandês confessou-me um dia que lhe dava vontade de abrir uma garrafa com verdadeira rolha de cortiça cada vez que via entrar em campo o bordeaux dos portugueses.
Já aquele vermelhão vivo da nossa república, pelo contrário, associa-o aos histriónicos anos oitenta e às lojas de produtos chineses.

(estas últimas são palavras do próprio, juro, que em tamanha polémica liberal-conservadora não meto a colher)

Spleen 2

"Deixei de ler", diz-me L., com uma voz desapaixonada. "Com livros maus não faz sentido perder tempo e os bons são insuportáveis".

quarta-feira, setembro 12, 2007

Momento de alta cultura sul-africana

Há uma empresa na África do Sul a organizar safaris de paintball em que a caça são meninas contratadas para o efeito. O equipamento das mesmas limita-se aos goggles e ténis para corta-mato e, caso o cavalheiro desportista consiga acertar no corpinho da jovem com um tiro que seja, "he can have his way with her".

Segundo me disseram, cada rapariga chega a ganhar o equivalente a 5000 euros por caçada. Nada mau para um dia passado a fugir de um boer sudorento.

(lamento mas não possuo link)

domingo, setembro 09, 2007

O preço das casas explicado às criancinhas (2)

Ana Bela Pereira da Silva, Presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Empresárias, afirma que, entre muitas coisas, que a banca em Portugal é uma mentira, que não corre riscos, recusa créditos às empresas e ganha milhões com créditos pessoais totalmente garantidos.

(a entrevista ao Correio da Manhã aqui , via Claro)

Não é de todo verdade. À nossa banca interessa também sustentar as empresas de construção civil, pois a sua mercadoria é o mais custoso e inevitável objecto de consumo dos portugueses.

Idem para o Estado, pois, se a banca não arrisca a investir numa indústria mais produtiva, os ciclos de grandes obras públicas são a única política que os sucessivos governos conseguem imaginar para manter a economia viva. Financiadas pela banca e pagas com os nossos impostos.

Estado, banca e patos-bravos: uma aliança viciada a bem da Nação e onde todos ganham menos a própria, nós.

O preço das casas explicado às criancinhas (1)

Por que razão são as casas coisas tão caras?
A resposta é porque a grande maioria das pessoas não tem dinheiro para comprar uma.

Paradoxo nas leis de oferta e procura?

Vejamos: eu tenho um bem à venda por 1000 que todos querem mas pelo qual só podem humanamente pagar 10. A lógica de mercado diria que eu seria obrigado a baixar o preço até este coincidir com aquilo que a procura pode pagar.
Ou, de outra forma, se todos ou algum puderem pagar 2000, então isso já permite aumentar o preço da mercadoria de forma a acompanhar esse maior poder de compra e maximizar o retorno.

Que a imensa maioria apenas pode pagar 10 é um facto. Que acabem por comprar uma casa que custam 2000 é outro.

A distorção dos mecanismos do mercado, claro está, é feita pela banca.
Com virtual abolição de limites ao crédito, a procura enlouquece no desejo de posse e inflaciona os valores do mercado.

Tanto a própria banca como a oferta agradecem: a ambos interessa que o preço seja o mais alto possível. A maximização do retorno é superior através de um mercado descapitalizado porque este é descapitalizado.

À banca não interessa uma sociedade rica. Ou, por outras palavras, gente rica não alimenta bolsos de usurário.

Nation branding



Wally Olins, o patrão da Saffron Brand Consultants, em parte de uma entrevista para a Monocle acerca de um dos muitos conceitos de que foi pioneiro (*):

M: E que erros é que os países fazem?
WO: Pensarem que pode ser tudo feito em 10 minutos. Não pode. Leva 10 ou 20 anos. Eles pensam que se trata de uma campanha de publicidade; pensam que basta uma frase curta. Eles querem dizer coisas que não são verdade.

M: Então nation branding é um processo contínuo, necessitando de check-ups regulares?
WO: Os países deveriam ter um director criativo. Em 20 anos, será norma a existência de um departamento governamental dedicado ao tratamento da imagem do país: gestão de reputação; turismo; investimento externo directo.

M: Foi algo disso que você fez em Portugal?
WO: Começámos por ajudá-los com o turismo à volta de 1992. Depois passámos ao brand export e ao investimento externo directo. Tudo estava a correr lindamente mas, quando houve eleições, o que é que o novo partido no governo faz? Deitaram fora tudo o que o anterior governo havia feito. Este tipo de projectos não pode ser gerido por pessoas que estão no poder durante cinco minutos.

M: Portugal foi prejudicado por não terem permitido o seguimento de uma linha definida de nation branding?
WO: Sim, a imagem de Portugal sofreu com isto. Eu estive em Lisboa não há muito tempo e eles estavam a discutir nation branding outra vez e que Portugal deveria ser visto como a capital de IT do sul da Europa. Ora, sinceramente: de que raio estão eles a falar?

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(*) tradução minha

sábado, setembro 08, 2007

To be constituted arguido

Há um novo verbo na língua Inglesa: to be constituted arguido.

Em Portugal, toda a gente sabe o que é um arguido: é um autarca ou um dirigente de um clube de futebol, ou ambas as coisas ao mesmo tempo. Agora, o mundo inteiro vai saber que o casal McCann é arguido, tal como os autarcas ou os dirigentes dos clubes de futebol.

Os trâmites tortuosos da justiça Portuguesa chegaram finalmente ás bocas do mundo. Agora sim, a CNN, a SkyNews, a BBC, a ITV, o The Sun, etc. vão saber verdadeiramente o que é um reality show e vão poder transmiti-lo a par e passo. Os enredos do processo McCann irão alimentar horas, dias, de debates intermináveis de especialistas informadíssimos e vão gerar uma inestimável torrente de lixo noticioso.

Finalmente, o entretém noticioso que tanto tempo nos ocupa em Portugal, vai passar a atafulhar os media Ingleses.

Orgulhem-se. Temos mais um produto de exportação, o equivalente Português da novela Brasileira: o enredo complexo da justiça da República em acção.

Pobre miúda...

I Pagliacci

-Doutor, estou deprimido. Sinto-me derrotado e só, à minha volta medra a vulgaridade e a cobardia é recompensada. Temo que não seja possível voltar a ser feliz e já comecei a sonhar com situações de suicídio.

-Homem, então, recomponha-se! Sei exactamente do que você precisa: o grande comediante do nonsense, Pagliaccio, está em tourné e hoje à noite dará um espectáculo na nossa cidade; vá vê-lo e verificará que o segredo de tudo é nunca levar as coisas muito a sério.

-Mas, doutor...

-Sim?

-Eu sou Pagliaccio.

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Roubado e adaptado numa tradução muito livre do The Watchmen, por Alan Moore

A culpa das crianças

O que aconteceu, lembra-me algo que se passou comigo aos 13 anos, e cuja culpa carrego desde esse dia, sentindo ainda uma vergonha estúpida, uma vez que o acontecimento, em si, não teria gravidade alguma se tivesse sido assumido.

Fui passar uma semana a casa de uns tio-avós,muito sérias, muito rigorosas, (...) sentia necessidade de me portar bem.
Havia na casa uma boneca bailarina, um objecto que me chamava a atenção, e que manuseava com cuidado, pois sabia tratar-se de um bibelot de estimação. (...) Sem querer, uma tarde, no quarto de trás,(...) parti ou desloquei um membro à boneca.

(...) Tentei reparar a peça, mas não foi possível. Talvez pudesse ser reparada; creio que sim, mas não por mim. Senti um medo indescritível. Não queria que me ralhassem. Que me desprezassem. Condenassem.

(...) como é que havia de me ver livre daquilo? Olhando à volta, e num curto espaço de tempo, decidi escondê-la num armário embutido na parede, em cima, junto ao tecto, entre colchas e cobertores. Aí deixei a boneca entalada entre panos. Durante o resto das férias vivi assaltada pelo medo de que o meu crime fosse descoberto, e até à morte do meu tio, há uns dez anos, esperei que alguém me falasse na boneca que espatifei.

Tenho a ideia que todos os seres humanos se tornam crianças quando percebem ter cometido falhas muito graves. Têm medo, e o medo torna-os irracionais, maximizando a asneira. Somos todos muito parecidos. Há pessoas más, mas a maior parte de nós é apenas uma pessoa, o que já é demais.


Estranhos bichos, n'O Mundo perfeito
Destacado meu.

Tequila sunrise



A conversa seguia animada e eis que o anfitrião, depois de desaparecer por momentos ("ter-se-á juntado àqueles que insistiam na competição de limbo?", perguntavamos) traz alguns dos côcos que serviam à decoração caribe e, em pleno gozo da sua alegria inebriada, começa a atirá-los repetidamente contra o chão de pedra do jardim.
Partido o primeiro, o grupo entrou em êxtase e, jogando-se aos pedaços de casca espalhados pelo chão, todos devoravam sem cerimónias a polpa branca ainda lá agarrada.

A ocasião não podia ser mais perfeita e cantarolei os acordes iniciais do Also sprach Zarathustra.

Num ripostar amigável, alguém me atirou com um bocado de côco à cara. Olhei para o mesmo e, quase por instinto, agarrei numa lasca de madeira que estava por ali no chão e usei-a como cunha para destacar a polpa da casca e comê-la.

Nisto, B., que havia suspendido a comezaima para ver o que eu fazia, apontou para mim e exclamou: "Look, everyone: he has EVOLVED!"

quinta-feira, setembro 06, 2007

A felicidade a prestações

Ontem recebi um email absolutamente horrendo. O 'assunto' rezava assim:

"Conta Viva até 5.000 EUR, uma boa ajuda para quem quer ser feliz.
Sem perguntas nem burocracias."


No corpo da mensagem, a foto de um rapaz sorridente em pose de sucesso.

Que esta seja a perspectiva que o publicitário - e o usurário que o contratou - tem da vida não deveria despertar mais que um esgar de desprezo.

Mas deprime tomar consciência assim de chofre, e através um meio de comunicação tão pessoal, que se aqueles sebosos recorrem a este tipo de anúncio é porque há por aí circulam desgraçados em número suficiente que são sensíveis ao argumento.

domingo, setembro 02, 2007

Hoje passei o dia assim

À atenção dos desengajados da "Avante"


O PCP gosta de anunciar a "festa do avante" à orbe como se de um festival de rock se tratasse. Correspondendo ao tique, muito boa gente hoje em dia vive desesperada por animação e não se pode dar ao luxo de escrúpulos ideológicos que nem entende.

Pedindo desculpas por realçar o óbvio, a "festa do avante" é organizada por um partido político e é um acontecimento político. Os artistas convidados dedicam-se à música alguns mas ele há outros que mantém actividades menos divertidas.

Nesse segundo conjunto encontramos o braço armado do partido irmão colombiano: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC.

As FARC vivem das plantações de cocaína e da corrupção que impede a erradicação do tráfico de drogas e por isso mesmo sequestraram há cinco anos atrás a senadora e activista anti-corrupção Ingrid Betancourt (na foto, antes do crime).

Aquela que na altura era candidata favorita à presidência do país pelo partido "Os Verdes" (!) tem sido mantida em cativeiro desde então por ser dos poucos políticos com coragem para se opôr ao negócio dos cartéis e das guerrilhas.

Fica a lembrança para quando a boa disposição o/a convencer que aqueles tipos do PC não podem andar a comer criancinhas ao pequeno-almoço.

A comunhão humana



A necessidade mais básica do ser humano não é, como Freud mantinha, a satisfação da líbido mas sim o escapar da sua prisão de solidão e encontrar a união com outros. Só que:

"The unity achieved in productive work is not interpersonal (a razão para a relação é externa à relação); the unity achieved in orgiastic fusion is transitory (espectáculos, comícios, dança); the unity achieved by conformity is only pseudo-unity (e.g., estabilidade matrimonial). Hence they are only partial answers to the problem of existence. The full answer lies in the achievement of interpersonal union, of fusion with another person, in love."”

Erich Fromm, The Art of Loving

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imagem: Um dos muitos O Beijo de Constantin Brancusi (1912)

sábado, setembro 01, 2007

A última fita