domingo, dezembro 21, 2008

quarta-feira, dezembro 17, 2008

A leste nada de novo

O russo, apesar da carreira e casamento, ainda era novo (25? 26?) e acredito que foi com inocência que se exprimiu.
Comparava ele as línguas ucraniana, a falada na Bielorrússia e o russo, sendo a segunda quase indistinta do russo próprio. "De modo geral, também há quase nenhuma diferença entre russos e bielorrussos", acrescentou.
"E com os ucranianos?", perguntei .
"Bom, não tanto, pois ali existe alguma influência dos nacionalistas".

Quem aguentar este vídeo até ao fim que me escreva que eu compro-lhe o livro



-E música, que se põe?
-Sei lá! Olha, mete uma clássica qualquer que isso não paga direitos de autor.


Vai haver umas alminhas retorquindo que há amadores no "tube" sabendo ler melhor que isto. Por favor, tenham dó da piquena: com textos destes qualquer um perde o tino, quanto mais o timbre.

Série Grandes Momentos Mediáticos

E a gripe das aves? Já acabou?

Marquetingue 2



O mercado-alvo aqui é outro e não há cá confusões: há três referências à proveniência do produto só nesta face da embalagem. O produtor é dos rijos e, como se pode ver pelo design neo-realista, está-se nas tintas para mariquices de computadores: quando o sr. Pinhais enlatou a primeira sardinha, os espanhóis eram uns matarruanos que se andavam a degolar uns aos outros e ainda haviam de passar uns bons quarenta anos de fome até terem dinheiro para uma lata de conserva portuguesa.

O uso exclusivo do inglês na rotulagem acaba por explicar por que razão nunca vi tal coisa à venda nas grandes superfícies nacionais.
O que não explica é como este e outros possíveis distribuidores conseguiram desencantá-la.

Marquetingue


Era uma vez três: um espanhol (à esquerda, sem direito a bandeira); um português; e um francês.

Reparem nas embalagens. Reparem na forma como cada produto procura diferenciar-se dos demais, numa área de mercado onde a origem é uma mais-valia a evidenciar (*).
E, depois, reparem nos preços.

(*) Julius Meinl.

ADENDA: pior do que eu pensava, o conteúdo é português mas o continente é espanhol.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Sabedoria popular

Não há cagança sem mijança, lá diz a sabedoria popular.

A não ser que se sofra de verborreia.

Os partidos novos

O Movimento da Esperança, o Movimento Alegre, o outro Movimento-que-não-me-lembro-agora...

Uma nomenclatura a transpirar optimismo.
Obviamente, não tenho favoritos e parece-me que, à excepção do segundo, vão acabar em águas de bacalhau.
Mas quando há quem responda com movimentos políticos alternativos ao panorama desolador com que a partidocracia tradicional nos presenteia, só posso agradecer. Ainda que tenham origem naqueles e venham, no fim, apenas servir de espora para regenerações internas...

Em todo o caso, na minha humilde opinião - cinismo devidamente sacudido - a superioridade da democracia representativa está na possibilidade dos descontentamentos irem a votos. Assim não fora (aí vem a piadinha) e ainda eramos capazes de nos ver gregos.

domingo, dezembro 14, 2008

Pessoa pop

A origem dos protestos está nos protestos (3)

Dado o estado a que chegou a revolta popular nas principais cidades gregas (essencialmente, aquelas com universidades), o PASOK, o PC grego e as duas centrais sindicais acharam que a solução para o fim da destruição e do descontentamento era, respectiva e independentemente, a queda do governo, a queda do governo e uma greve geral.

A origem dos protestos está nos protestos (2)

Há réplicas no resto da Europa, embora em menor escala, dos tumultos gregos. Estas levam a crer que, ao contrário do descrito pelos indicadores económicos, os jovens de Copenhaga vivem tão mal como os jovens de Atenas.

A origem dos protestos está nos protestos

Alexis Grigoropoulos foi morto por um polícia depois de atirar pedras ao carro-patrulha onde este seguia.

sábado, dezembro 13, 2008

Não tarde nada temos também que arranjar fitinha

Enquanto em Braga alguns grupos começam a querer extender a proibição de fumo a toda a restauração (aquela gente é, de facto, puritana), no Reino Unido a discriminação sobre a minoria vai de vento em popa e o fumador, já tratado em público como um leproso de outros tempos, cada vez mais sofre pela lei.

Como a ilegalização objectiva do tabaco é complicada, o fascismo higiénico opta pela criminalização do fumador. Não é apenas em locais públicos que este se sente a opressão e a planeada proibição de exposição de cigarros no local de venda - associando clandestinidade à compra de cigarros, é a ponta do iceberg. A propaganda e pressão social entrou pela privacidade adentro e, por exemplo, o aluguer de casas está, na prática, vedado a fumadores.

Mas o cúmulo do ridículo surgiu agora: enquanto nesse e noutros países se avança no sentido de conceder direitos iguais a qualquer minoria, há vereadores de subúrbio que, em pleno delírio de nicotinofobia, decidiram proibir os casais de fumadores de adoptar crianças.

Acho que está a começar a altura de escolher a cor da fita.

ADENDA: a proposta do vereador de Redbridge, Michael Stark, já foi votada e aprovada, extendendo esta proibição às crianças maiores de 5 anos.

Tendo em conta o número de crianças de qualquer idade havia, na altura da votação, uma falta de 10 000 famílias de acolhimento no Reino Unido
.

Temos praças de jorna outra vez

As velhas praças de jorna não foram uma criação literária do neo-realismo. Existiram nos anos 30 e 40 do século passado, em pleno fascismo, às portas de Lisboa, no Ribatejo e Alentejo e pensar-se-ia que a evolução social da Humanidade e até mesmo do país tivesse acabado com tal aviltamento. Mas não. Há novas praças de jorna, com essa ou outra designação, e com tanta pobreza e desemprego é pegar ou largar.

Estes homens, que viajam como gado e morrem como tordos, só chegam às páginas dos jornais cobertos por um lençol na berma de estrada. Toda a gente sabe que existe essa modalidade de arrebanhar e transportar mão-de-obra. Mas a classe política e os pregadores situacionistas têm coisas mais nobres com que se preocuparem.


João Paulo Guerra, no Sorumbático

sexta-feira, dezembro 12, 2008

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Blood Red Shoes - I Wish I Was Someone Better (Pinkpop 2008)

São só dois.

Mas parecem quatro.

Agora, ao vivo.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Se isto acontece no paraíso irlandês, imaginem o resto

O meu "Ensaio sobre a cegueira" preferido

"O amor é cego", conto de Boris Vian (L'Amour est aveugle, primeiro publicado na Paris-Tabou, n°1, 1949, e depois na compilação Le Loup-garoup, 1970).

Oh-oh

Pakistan’s Spies Aided Group Tied to Mumbai Siege

Direitos humanos no Reino Unido

Enquanto o ministro-sombra era preso e interrogado, e a sua casa vaculhada ao abrigo dos decretos anti-terrorismo, o Foreign Office celebrou a Declaração Universal dos Direitos do Homem botando discurso e atribuindo prémios.

Edificante. Ainda para mais por se ter esquecido de convidar para a cerimónia os súbditos de Chagos, arrancados à força do seu arquipélago natal por razões de superior interesse nacional, e aos quais ainda hoje recusa compensações de maior.

Tanto barulho para nada


Como já no Claro foi feita referência, o Congresso do PC acabou, Carvalho da Silva irá continuar à frente da CGTP e o senhor que se lhe segue não será o retratado.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

A Madeira é o Jardim

A emissão da assembleia regional online foi atrasada 5 minutos para corte editorial. Isto é possível porque o sinal televisivo apenas pode ser acedido a partir dos gabinetes do PSD, só depois seguindo dali para a régie.

Fiquei a saber ainda pelo Público que a disposição das câmaras de televisão na sala de debate também tem a sua lógica:

"Para captarem imagens das sessões, as câmaras da RTP-Madeira e de outras televisões têm espaço obrigatório junto à bancada de imprensa, atrás das bancadas dos partidos da oposição, onde antes ficavam os deputados da maioria. Contrariando a tradição parlamentar que distribui os partidos consoante o seu posicionamento ideológico, o PSD decidiu, em anterior legislatura, passar da direita para a esquerda do hemiciclo para que os seus deputados sejam filmados de frente e os da oposição de costas.".

Há muitos anos, quando passava uns dias com amigos em Porto Santo, um cavalheiro local fez questão de nos dizer, enquanto realçava a latitude e a distância entre continentes, que eles, do arquipélago, não eram europeus mas sim africanos.

Honestamente, acho a distinção irrelevante. A não ser que esse senhor tivesse querido de alguma forma explicar as razões da especificidade da democracia madeirense e o porquê da sua região se parecer cada vez mais com um Zimbabué em miniatura.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Jumpin' In

Kenny Wheeler (trompete), John Abercrombie (guitarra), Dave Holland (contrabaixo), John Taylor (piano), Peter Erskine (bateria)

Parte 1



Parte 2

Em 1640 havia castelhanos mas não havia SIDA

Agora, em 2008, não só voltou a haver castelhanos como também há SIDA.

Nenhum deles tem remédio mas a prevenção ajuda. Com patriotas ou filipinos, use sempre camisinha.


VoC, um blogue de serviço público.

Para compreender o que se está a passar na Tailândia (3)


Visto de Bangkok, o in loco de Nuno Caldeira da Silva