sexta-feira, março 28, 2008

I believe

Acredito que a idade não nos melhora nem a inteligência nem a criatividade.

Eis aqui um exemplo. Como eles eram tão melhores quando eram mais novos.

Eu não sei quem é mais maluco

O JoaoMiranda ou os seus comentadores.

quinta-feira, março 27, 2008

quarta-feira, março 26, 2008

Dorean, toma lá esta resposta

Sem letras...

Eu até percebo que se queira fazer uma pedagogia disto mas...

O caso está a tomar proporções pythonianas.

Do 5 dias:

A Escola, a Professora, a sua Aluna e do Telemóvel dela
26 Março 2008 | por Paulo Pinto

A novela acaba de conhecer mais um desenvolvimento. Agora é o Ministério Público que quer apurar se houve ilícito penal, indo mover-lhe um processo no Tribunal de Menores. Prevejo que amanhã o assunto seja debatido na Assembleia da República e que, depois de amanhã, conste na agenda do Conselho de Estado.


Há uma coisa de que tenho a certeza: a partir de agora, sempre que algum espertinho filmar cenas na escola, arrisca-se a fazerem-lhe uma espera no recreio. E se só lhe partirem o telmóvel, já vai com sorte.

De uma conversa em volta do tema "felicidade"


- Pretty much bread-and-butter, I would say. Unfortunately, common-sense is not that common.

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"Nude with a yellow pillow", R. Liechenstein (1994)

segunda-feira, março 24, 2008

I've got a bad liver, and a broken heart



"Well I got a bad liver and broken heart, yeah,
I drunk me a river since you
tore me apart
And I don't have a drinking problem, 'cept when I can't get a
drink
And I wish you'd a-known her, we were quite a pair,
She was
sharp as a razor and soft as a prayer

So welcome to the continuing saga, she was
my better half, and I was just a dog
And so here am I slumped, I've been
chipped and I've been chumped on my stool
So buy this fool some spirits and
libations, it's these railroad station bars

And all these conductors and
porters, and I'm all out of quarters
And this epitaph is the aftermath, yeah
I choose my path, hey, come on, Kath,
He's a lawyer, he ain't the one for ya

No, the moon ain't romantic, it's intimidating as hell,
And some guy's
trying to sell me a watch
And so I'll meet you at the bottom of a bottle of
bargain Scotch
I got me a bottle and a dream, it's so maudlin it
seems,
You can name your poison, go on ahead and make some noise
I ain't
sentimental, this ain't a purchase, it's a rental, and it's purgatory,
And
hey, what's your story, well I don't even care
Cause I got my own
double-cross to bear

And I'll see your Red Label, and I'll raise you
one more,
And you can pour me a cab, I just can't drink no more,
Cause it
don't douse the flames that are started by dames,
It ain't like
asbestos
It don't do nothing but rest us assured,
And substantiate the
rumors that you've heard"...

domingo, março 23, 2008

Apesar de isto não passar de uma grandessíssima antonomásia

À atenção dos directores do jornal “Expresso”

O Sindicato dos Trabalhadores Humorístico-Circenses (STHC) vem por este meio deixar claro o seu mais veemente repúdio à publicação de uma crónica do vosso colaborador Daniel Oliveira. Este senhor teve o topete de escrever “Alberto João Jardim é um palhaço” e ainda esclareceu a sua ideia do que é um “palhaço”: alguém que “envergonha, de cada vez que abre a boca, a nossa democracia".

Isto é claramente uma ofensa à nobre e industriosa classe profissional dos Palhaços, que o STHC tem a honra de representar. Que fique claro que estes trabalhadores não têm o hábito de envergonhar alguém. Mais importante ainda, não é Palhaço quem quer.


Recolha de assinaturas online em repúdio pela comparação feita aqui.

Num restaurante perto de si (*)




Anda mergulhar e nadar aqui comigo
Dá-me a oportunidade de eu estava à espera:
Mostrar os meus atributos
Ante olhar apreciador.

O meu fato de banho de melhor material,
De tecido puro,
Agora que ficou molhado
Vê-lhe a transparência,
Como está colado ao meu corpo.

Tenho de admitir que te acho atraente.
Afasto-me a nadar mas logo venho para trás,
A chapinhar, com conversas,
Só desculpas para ter a tua companhia.

Olha!, um peixe dourado a brilhar entre os meus dedos!
Vê-lo-ás melhor se te chegares para aqui, para o pé de mim.


"Os Doces versos: poemas de amor no Antigo Egipto" (séc. XII a.C.), trad. de Hélder Moura Pereira.

Imagem: "The Two-timer", por Amy Crehore
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(*) O prometido é devido.

sexta-feira, março 21, 2008

Também há uma Igreja Católica Oficial mas não sei se um representante do governo provincial estará presente durante a transubstanciação


«The China Buddhist Association will issue living-Buddha permits. When the reincarnated living Buddha has been installed, the management at his monastery shall submit a training plan to the local Buddhist Association, which shall report to the provincial people's government for approval.

(...)

Once a reincarnated living Buddha soul-child has been recognized, it shall be reported to the provincial people's government for approval; those with a great impact shall be reported to the State Administration of Religious Affairs for approval; those with a particularly great impact shall be reported to the State Council for Approval.
When there is debate over the size of a living Buddha's impact, the China Buddhist Association shall officiate.

(...)

Applicants to be reincarnated living Buddhas may not be reincarnated if the provincial people's government does not allow reincarnations.»

Na Harper's, via Pastoral portuguesa

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Fotograma de "Life of Brian", onde Pôncio Pilatos e o centurião discutem o destino a dar ao putativo messias. Biggus Dickus ausente da imagem.

quinta-feira, março 20, 2008

A propósito daquele vídeo que anda de blogue em blogue

Muitos houve que se deixaram horrorizar com uma suposta situação de violência.

Fui à procura, pixograma a pixograma, de indícios de agressão. Apesar do aparato, nada naquelas imagens sugere algo mais que o histerismo de uma adolescente indisciplinada. E é precisamente a falta de balizas de comportamento e a imaturidade da sua escala de valores o que, perante os seus pares, a encurralam nessa disputa com a professora por um telemóvel. O contacto físico é uma extensão dessa teimosia parva de ambas, não indicando qualquer intenção de agredir. Concerteza que a aluna merece um processo disciplinar (toda a turma!) mas imaginar que este vídeo pode representar o caos do quotidiano no ensino secundário é de santo.

Nota negativa para a professora também. Como sugere o Daniel Oliveira (e como eu próprio me lembro dos meus bons velhos tempos), um professor que reage com a mesmíssima imaturidade dos seus alunos tem a turma perdida. A atitude dos outros no vídeo bem o demonstra. E, infelizmente, destes setôres há muitos por aí.

quarta-feira, março 12, 2008

A Lista de Ratzinger


Confesso que já frequentemente cometia os anteriores e, quase sempre, sem espécie de arrependimento. Do alto da minha experiência, posso afiançar que, em matéria de maldade, nem se poderia chamar-lhes pecados. Arrisco mais: talvez não fora o espalhafato holywoodesco dado pelo poeta toscano e é provável que a Igreja não se tivesse dado ao trabalho de arengar com os pobres por tão pouco.

Assim, não desgostei deste upgrade papal.

Para já, as novas proibições não me afectam pois não tenho carro e não pretendo matar células embrionárias/bebés (riscar o que não interessa) num futuro próximo. Depois, fica tudo muito mais bem definido sem prejuízo de imparcialidade: constam lá dos requisitos para a danação eterna a pedofilia e a criação obscena de riqueza, as duas grandes actividades menos católicas (depois da Inquisição) da Igreja. Vamos a ver se é desta que aprendem.
Mais: como bem vi aqui escrito, ao ameaçar com o fogo infernal os apóstatas neo-liberais do arrefecimento global, retira-lhes o apoio dos negacionistas conservadores. E isto, pelo menos em Portugal, olha que é opus, pá.

Por último, o novo catálogo vai fornecer aos produtores americanos uma excelente base para o argumento de mais um filmaço, na senda do "Sete" e do "Dez" (mandamentos): o "Treze". E esta, parece-me, ainda é a melhor razão que consigo encontrar para regozijo geral pela Lista de Ratzinger.

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Painel direito do tríptico "Jardim das Delícias Terrenas", de Jerónimo Bosque, 1503-4

sábado, março 08, 2008

Reviver o passado na Basileia


À saída do avião em Basel-Mulhouse tinha uma bifurcação: para a esquerda, cubículo com polícia francês; à direita, a guarda era suiça. A côr tinta do passaporte foi quanto bastou para a loura me convidar a entrar no seu país.

Deambulava pelo centro da "cidade das exposições" ("Messestadt"), à procura por sítio para jantar, quando duas raparigas se me dirigem em português pedindo sugestão de sítio para jantar.

Chegados os três ao restaurante, o sr. António-já-aqui-estou-há-37-anos fez questão de trocar de área com o colega para poder ser ele a servir os compatriotas.

Depois de três garrafas de Nero d'Avola e muito piropo da parte do sr. António às minhas comensais, regressei aos meus aposentos.

O dia foi atarefado e, à saída do país, o guarda acenou-me a passagem enquanto olhava displicentemente para o seu romance de bolso. No duty free (tabaco a preços d'outrora!), o jovem afro-tuga da caixa até tinha dois brincos à Cristiano Ronaldo.

O circuito das exposições está a ficar saturado e aos basiléus mais valia esquecerem esse tipo de turismo cultural. Com a continuada imigração massiva de portugueses e a completa ausência de paranóias securatárias, o que parece ser um pulo de 24 horas à Suiça poderia muito bem ser vendido como uma doce viagem à CEE dos anos sessenta.

Ah. E nisso também.


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Foto: "La petite madone du Bidonville de Champigny" por Gérald Bloncourt, 1957

Viva a tourada!

Lembrei-me deles

Ah pois!

Alea Jacta Est

sexta-feira, março 07, 2008

A Decadência



Manchester, actualidade. Seis vintões e vintinhas distintos, moral nenhuma e a busca do prazer sem regras.

Prazer no amplo sentido: o que esta gente, representativa de uma geração, procura não é felicidade (disso serão incapazes) mas a saturação extrema de qualquer receptor neuronal. Da simples obsessão pela moda ao aborto recreativo, o grau de depravação a que os personagens chegam é reminiscente daquele demonstrado na novela-choque de outrora, "A Laranja mecânica", mas ultrapassa-a largamente.
Nem própria linguagem usada, apesar de absolutamente brutal, consegue acompanhar devidamente a descida orgíaca ao vazio daquelas almas desgraçadas.

A história em si até tem moral pois é contada por um jovem do futuro onde a anterior generalização de tais excessos levou à instauração de um estado totalitário. Moral mas sem paninhos-quentes: numa típica perspectiva britânica, onde um americano se despederia redimindo os sobreviventes, Stretch fecha-nos a porta na cara com um "desiste, daqui ninguém sai vivo".

O que mais me interessou nesta leitura foi ver transposto para o papel comportamentos e processos de alienação em adultos de que tenho sido testemunha (graças a deus, não na primeira pessoa) nos últimos anos.

Em resumo, o livro vale muito pela iniciativa dessa transposição. A alguns olhos sensíveis (e felizes), parecerá que Stretch exagerou para chocar e criar polémica que resulte em vendas. Se assim foi nalguns casos, o autor mais não fez que adivinhar a verdade. Como compete ao seu mester, aliás.

Recomendado a menores mas olhem que não é para meninos.
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Friction por Joe Stretch, ed. Vintage, 2008

quarta-feira, março 05, 2008

O secretário da defesa Cheney na 1ª guerra do Golfo

Na sua biografia, Schwarzkopf descreve como Cheney, então secretário da Defesa, exasperado pela enormidade de meios planeados para a libertação do Kuwait, engendrou e tentou fazer aprovar planos alternativos completamente suicidas e irrealistas, como fazer aterrar pára-quedistas directamente em Bagdad, ou tomar uma cidade no Oeste do Iraque (há lá alguma?) e fazê-la trocar pelo Kuwait (risos!).

Schwarzkopf e Powell delicadamente rebateram estas propostas lunáticas e o sensato presidente Bush (pai!) nunca levou muito a sério as propostas do então secretário da defesa.

O brilhante Cheney tem sido o vice-presidente de Bush (filho).

A ilusão das instituições supra-democráticas

Falei aqui num artigo passado na ilusão que se cria à volta de instituições supra-democráticas, como a OMC ou a Comissão Europeia.

Um propagandeador destas ideias é Fareed Zakaria. No seu livro "O Futuro da Liberdade", Fareed, editor da Newsweek, torce os factos para os adequar ás suas teorias.

Prometi que ia apresentar um contra-exemplo das suas teses.

Fareed descreve um projecto de racionalização das bases militares no território Americano ( Project Concise ) como um projecto apolítico que resultou numa decisão racional e acertada, sem a influência nojenta dos decisores políticos.

Fareed está enganado. O general H. Norman Schwarzkopf, vencedor da 1ª guerra do Iraque, foi um dos principais burocratas autores do projecto inicial de racionalização, apresentado após aturado estudo.

Na sua autobiografia, "It doesn't take a hero", o general apresenta esse mesmo projecto como o exemplo de uma decisão 100% política.

Ele chega a descrever a cena de um senador do Alabama que, após ouvir uma detalhada apresentação justificando o fecho de Fort McClellan, na altura a base menos eficiente do exército, se virou para os burocratas e, depois de elogiar o seu trabalho, disse: "You go back and tell your bosses in the Pentagon that as long as I am the senator from the great state of Alabama, you ain't nevuh gonna close Fort McClellan!"

O general avalia a decisão final como sendo 100% política. Fort McClellan ainda é uma base activa do exército Americano.

Obama contra Osama

O melhor candidato democrata é Barak Obama.

Hillary Clinton votou a favor da invasão do Iraque e agora quer retirar as tropas. Erra duas vezes.

Obama votou contra a invasão do Iraque e, consequentemente, quer retirar as tropas.

É consequente com os seus princípios.

Mas, dada a pouca diferença entre os candidatos, talvez não seja má ideia convidar Hillary para a Vice-Presdência.

Movimento Esperança Portugal

Sejamos absolutamente ingénuos. Mas ainda que lhes seja dado o benefício da dúvida, para que havia o país de querer uma boa cópia de dois maus originais?

Estes movimentos endógenos de cidadania são a prova que há para aí muita gente a lamentar a falta de milionários e primárias em Portugal.

segunda-feira, março 03, 2008

Grande Sondagem Verdade ou Consequência

Estamos preocupados com a nossa imagem e, por desinteressadas questões de merchandising, queremos saber de onde nos acorrem os magotes que avidamente sorvem a nossa prosa. Participe! As primeiras respostas certas têm direito a prémio (é só deixar o email na caixa de comentários que depois contactá-lo-emos).

Como tomou conhecimento do V-o-C?
Através da comunicação social
Por link em blogue colectivo, respeitável e de grande tiragem
Por link em blogue com pouca gente e assim-assim
Por link em blogue desprezável de zés-ninguém não-jornalistas
Fiz uma busca por "pitas nuas" mas esqueci-me de tirar o filtro
Por serendipidade
Pela wikipedia
Costumava dormir com (pelo menos) um dos autores
1473
Todas as acima
Através desta sondagem
pollcode.com free polls

domingo, março 02, 2008

O porquê do enigma da Esfinge

O problema da Esfinge era estar destinada a morrer aos pés do homem que a igualasse. Sabendo isto, porque razão não haveria ela de devorar os incapazes?

... Et je vois la vie en rose, 2



Why should one want what one cannot have if one can have what one does not want?

Why should one have what one does not want if what one wants one cannot have?

Why should one want what one cannot have when one can have everything else?


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"Sphinx (Victory)" (bronze pintado), Marc Quinn, 2006.

sábado, março 01, 2008

... Et je vois la vie en rose

Inês, Inês, toma lá uma balla

O Aardvark precisa de amigos

Tristeza e infelicidade

Como todos sabem, a tristeza e a infelicidade são fruto de maus sentimentos como a inveja e outros do género.

De seguida, passo algumas celebrações desses maus sentimentos.