Sit, Ubu, sit!
Ontem à noite, à medida que o "partido do taxi" se ia transformando no partido da "frota de taxis", José Sócrates limpava a testa com a mão e suspirava de alívio.
Com a maioria absoluta fora de questão, pesava sobre o PS a ameaça de um BE em posição de negociar a próxima legislatura. Alguns estranharam que o nosso Primeiro considerasse a sua vitória "extraordinária" mas a verdade é que, com os resultados do PP, acabou por se-lo.
Entretanto, o Sr. Van Zeller veio explicar aos meninos quais são as regras do jogo. Não havia necessidade. Se há partidos (e personalidades) compatíveis, são o PS e o PP (como já demonstrou em tempos António Guterres); Sócrates e Portas.
O caro leitor nunca se sentiu constrangido e incomodado pelo facto de alguém, de repente, exigir de si algo que tinha pensado fazer voluntariamente? Imagino que seja assim que o Eng. se sente agora. É um bocadinho, digamos, humilhante, na medida em que pode dar a sensação de que Sócrates age em função do que lhe diz a CIP e não em função do seu livre arbítrio que, não duvido, o levaria a tomar a mesma opção.
É um dos muitos sapos que a maioria relativa vai obrigar Sócrates a engolir.
Acho que não era bem isto que Louçã tinha em mente quando disse que tinha "acabado a arrogância do PS"...
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