domingo, fevereiro 28, 2010

Haverá questões mais prementes para um chefe de Estado? Há, mas não seria a mesma coisa



Lista completa aqui (onde os EUA e o friendly neighbour to the north têm direito a lista destacada).

_______________________________________________
Declaração de interesses: para o caso de ainda ninguém ter dado por isso, sou monárquico e, como tal, NÃO apoio nem simpatizo com qualquer candidato ou futuro candidato à presidência da república portuguesa).

Para confirmação da análise frenológica prévia



Nem de rir conter me posso.
Tenham medo, tenham muito medo.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Ele há cientistas sem noção de marquetingue

"I don't believe the killer whale purposely intended to kill the woman"

Nancy Black, bióloga marinha.

domingo, fevereiro 21, 2010

Em tempos de crise, negócios seguros

Paladinos da democracia

O Sol é um jornal que "luta" pela liberdade de imprensa em Portugal ao mesmo tempo que prefere censurar a sua edição angolana.

Outra coisa não se esperava de JAS. Também no passado e sempre que necessário, a distribuição do Expresso na Madeira apresentava-se com frequência numa versão convenientemente menos espessa.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Coisas realmente importantes

A hifenização em "Aguiar-Branco" é da autoria do próprio ou da imprensa?
Não de propósito, lembra-me os bons velhos tempos do "Cavaco e Silva".

C'est ci n'est pas sur la politique



A pose, o excesso de melena a compensar feições oligofrénicas. O sorriso escarninho, os olhos afastados, heterotrópicos, o queixo retraído. O casaco indiferente ao baixo abdómen apesar do esforço dos botões de punho. A "consolidação de carreira" aos 36 anos (sic) sonhada na revalorização patética do nome.

Tudo nele me recorda os muitos maridos que igualmente conheci apenas por retrato ou por telefone.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Off-shore* tax heavens: Portugal

Excusam os liberalinhos ultramontanos de estrebuchar que quem fala assim é o Telegraph. Mais idóneo é difícil.

«Case study

You can save €60,000 by careful tax planning. George, 60 and a widower, is about to become a Portuguese resident but remains UK domiciled for now.

The calculations below show how much tax George would pay were he to be taxed at the standard rates, and also how much tax he could save by investing tax-efficiently. If George were to be taxed on his income under the standard position his liability would be €87,244.72.

However, only 15 per cent of pension income is taxable 85pc is tax free (annuity treatment). Investment income: place investments in a tax wrapper - George can draw £800,000 tax-free, all gains and income roll up tax-free.

On this basis, he will have no tax on this income in Portugal for 20 years. Sell the UK house whilst Portuguese resident and in the UK tax year after departure – no Portuguese capital gains tax and no UK capital gains tax.

Invest in a tax wrapper, and extract original capital tax free, as above. Gift shares in the company to Discretionary Trust with no UK IHT (100 per cent exempt…Business Property Relief). The dividends can be paid tax free to Trustees, and tax free from Trustees to George.

With these changes his total total tax charges amount to €429.73 – a saving of €67,593.69.»


_______________________________________
*Não, a Madeira não é para ali chamada.

ADENDA...

"The reports of my death are greatly exaggerated"

A maior parte da dívida grega repousa em bancos europeus.

Javier Krahe



... um verdadeiro "grande de Espanha".

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Agora mais a sério

Paranóico, pois. E em excelente companhia.


Perigos próximos

"Leio que« elementos do Centro Nacional de Inteligência, a secreta espanhola», estiveram em território português sem referir à sua congénere.É mais do que uma descortesia.É uma desconfiança que se instala dos dois lados da fronteira."


Medeiros Ferreira, no Córtex frontal.

E quando parecia que a escatologia nacional se tinha esgotado, eis que...



Ou então, Bere ke Aravexun Trebadeń di Leukitanea!

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Assim, tipo fé-divére de telejornal


'O' Gladiador (por antonomásia) era... Português!

Explicamos já: a certa altura, Maximus Decimus Meridius, o personagem de Russell Crowe, revela querer voltar para sua casa, em Trujillo... Acontece que Trujillo fica 160km a leste do Marvão, ainda em território da província romana da Lusitânia!!

A mim, nunca enganaram. Com aquele mau-feitio, como podia ser espanhol?
Nem calculam o meu ressaibo quando no filme gritam por 'Spaniard', pás.

A propósito das quantidades de explosivos e tal

A GNR agora reporta ao governo espanhol e este corrige-a ou como é que é?

domingo, fevereiro 07, 2010

Canadá em ditadura

Desde 3 de Dezembro de 2009 que o parlamento canadiano se encontra fechado por ordem do primeiro-ministro Stephen Harper e com beneplácito da rainha, Isabel II.
Dada a minoria parlamentar do seu partido, Harper pretende governar por decreto até, pelo menos, Março de 2010.

Espera-se, a qualquer momento, que ecloda a revolução que libertará o povo canadiano da tirania monárquica e o traga, finalmente, para o convívio civilizado entre as modernas nações republicanas.

Dos historiadores

Dividem-se entre bons e maus, enviesados ou exaustivos, de esquerda ou de direita, monárquicos ou republicanos.

Para além disto, é ainda possível encontrar no mesmo historiador relatos, referências e opiniões que são fidedignos, outros que são falsos, e outros que são assim-assim.

Como disse Montesquieu (mais ou menos, que a memória é fraca),
«Preferimos ler aquilo que suspeitamos confirmar as ideias que já temos formadas».

Do pluralismo republicano

Por Fernando Rosas, um conhecido historiador de extrema-direita:

«[A República é] Colonial, patriota. Daí a matriz colonialista da República. O primeiro ensaio revolucionário para derrubar a monarquia é o 31 de Janeiro de 1891, precisamente um ano depois do Ultimato.»

«Os carbonários não desaparecem em 1910, transformam-se numa espécie de milícia informal do Partido Republicano, da ala de Afonso Costa, a ala mais jacobina.»

«O Afonso Costa é o homem do equilíbrio orçamental em moldes conservadores, equilibrou o orçamento com a mesma técnica do Salazar.»

«É preciso perceber que nem tudo foi a ditadura militar que começou. A ditadura militar refinou instrumentos que é a República que inaugura, como as deportações sem julgamento para África dos suspeitos de pertencerem à Legião Vermelha, uma organização que não se conhece bem hoje. Alguns são executados sumariamente na rua pela polícia. Apesar de a greve ser teoricamente permitida, houve muita gente morta, sindicatos encerrados, jornais apreendidos.»

Na entrevista do dia 2, este grande talassa ainda tem o desplante de afirmar que o melhor livro que se escreveu sobre o 5 de de Outubro foi o "O poder e o povo" (tese de doutoramento de V.P. Valente).

Posta humildemente dedicada ao Ricardo Alves, com quem me é impossível competir em matéria de leituras sobre a primeira república.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

"Em lances de amor a mentira é um dever."*

"Afonso Costa forçou ainda a entrada de Portugal na I Guerra Mundial (1914-1918). Em dois anos, houve quase tantos mortos como nos treze anos de guerras coloniais entre 1961 e 1974. É com este regime que a nova democracia portuguesa se quer identificar em 2010?"

É o que escreve o historiador Rui Ramos aqui.

Citei-o recentemente numa troca de comentários com o Dorean. Agora arrependo-me.
Ao acusar Afonso Costa de forçar a entrada de Portugal na 1ª Grande Guerra, Rui Ramos ou é ignorante ou está de má fé (enquanto historiador nenhuma das hipóteses lhe fica bem).

Uma das razões para a entrada da Alemanha na guerra foi a tentativa de aumentar a sua influência colonial em África, retirando-a à França, à Bélgica e a Portugal.
O governo português "ignorou" o ataque alemão ao posto fronteiriço de Maziúa, em Agosto de 1914. "Ignorou" entre aspas porque tentou responder (de forma desastrosa, é verdade) aos ataques em solo moçambicano e angolano.
O governo português ignorou, enquanto pôde, a pressão inglesa para que Portugal abandonasse a neutralidade.

Mas o que é que Rui Ramos acha que o governo da República devia fazer quando, em Março de 1916, a Alemanha declarou oficialmente guerra a Portugal? Será que ele acha que a solução teria sido outra caso o regime não tivesse mudado? Ou está só a ser demagogo?


* Ramon de Campoosorio

No comment

Os títulos da república

Após a queda da monarquia nos dois países germânicos, os títulos de nobreza ou fidalguia foram coerentemente proibidos. Contudo, a malta não achou piada e tratou de mudar legalmente o seu apelido por forma a incluir neste o antigo qualificativo nobiliárquico.
Por exemplo, Claus Graf von Stauffenberg (Tom Cruise em Valkyrie), era no tempo da outra senhora simplesmente Claus von Stauffenberg.
Toma lá e vai buscar.

Os burgueses, estranhamente, não foram tão coerentes consigo próprios. Apesar da proibição que impuseram aos outros, os republicanos austríacos* garantiram desde logo a manutenção dos títulos académicos no nome do respectivo cidadão. E assim, o primeiro chefe de governo em 1918 é desde o início introduzido como Dr. Karl Renner.
Quer por arrivismo de uns ou provincianismo de outros, manteve-se a tradição e, hoje em dia, é habitual encontrar nas portas dos domicílios verdadeiros comboios onomásticos, transpirando exclusividade, como "Univ. Prof. Dr. Dipl.-Ing.". Ou tratar a mulher de um médico por "Frau Doktor". Ou, inclusivé, requerer o mestrado para uma carta de condução.

Só quem não conhece as nossas sociedades dirá que desta vaidade mal não vem ao mundo. Entre outros preconceitos que se mantêm, não me parece nada republicano que seja improvável a eleição de um primeiro-ministro em Portugal sem que este se apresente dotado de algum prefixo universitário.

Spot on, caro Vital Moreira, spot on...

___________________________________________________
*Sobre o equivalente português, as comemorações deste ano serão prolíferas em exemplos...

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

FPÖ chega a 32% de intenções de voto



A verdade é que os austríacos têm um talento especial para fazer de nazis.

Para trabalhar no ionline, nem sequer é preciso saber inglês

A notícia propriamente dita: um biólogo da universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte, acaba de descobrir como produzir artificialmente tecido para reconstrução do corpo penial (enxerto).

A língua macaca: A publicação semanal Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), como não tem tradução no google, passa a ser uma tal de «Academia Nacional de Procedimentos Científicos dos Estados Unidos».

O título escolhido para associar à vetusta mas imaginária instituição: «"Enlarge your penis" deixou de ser Spam»

Lindo.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Celebração cor-de-rosa


Deixa ver...

Quando, dezanove* anos mais tarde, os patriotas da bandeira ibérica tomaram o poder, atiraram-se aos ingleses como leões, certo?

__________________
*que desatenção!