Somos tão atrasadinhos, filho
"Morreu abandonada no centro do Porto".
Na rua? Não, em casa própria.
À fome? Não consta que deixasse de ir à merceeiria.
Sem familiares próximos conhecidos ou vizinhos em visita? Pois, parece que não tinha gosto pelo social.
Negligência do sistema? A Segurança Social, sabendo que vivia sozinha, não a deixava em paz.
Atacada por doença fulminante? Tinha 95 anos num continente com esperança média de vida de 70 e picos.
Tudo isto, logicamente, perfaz um escândalo nacional em pleno centro do Porto.
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