Crise? Qual crise?
Não tenho carro fóssil particular pois basta-me o eléctrico colectivo.
Não pago hipotecas a rapinos mas renda a uma senhoria adorável que se esforça por manter o prédio e seus interiores em boas condições.
(escadalizados com a iconoclastia, os amigos portugueses dizem-me que atiro dinheiro à rua por "no fim não ficar com a casa"; ora,"no fim" bem podem os meus descendentes, se os houver, alugarem eles próprios, que a mim tanto se me dá)
Tudo o resto - cuecas, restaurantes, viagens - entra no cabaz por troca directa em débito electrónico.
O meu fim de mês chega sem sobressaltos ou ansiedades.
2 comentários:
Dorean, és mesmo um ser raro. Quisera eu ter tamanho desprendimento das coisas materiais ou tamanha inteligência, clareza e discernimento para não sucumbir à tradição do "ter".
Aproveito para avisar que retifiquei a correção da qual me avisastes acerca da origem do vinha d'alho e dei-lhe o devido crédito, naturalmente.
Abraço fraterno...
Caro Rafael,
No que escrevi não há desprendimento das coisas materiais. Apenas interpreto que uma hipoteca de casa não é posse e um carro é uma despesa inútil.
Tudo o resto também tenho gosto em adquirir. Desde que pago a pronto.
Abraço igualmente fraterno,
DP
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