Atrás de um bigode mediático
É provável que Mugabe até nem se importasse com a reforma dourada de uma presidência não-executiva. Saberá o ditador que esta lhe asseguraria a manutenção da inimputabilidade e, postumamente, o lugar que julga merecer na História Africana.
Seja isto verdade ou não, há porém dois factores de maior peso neste imbróglio que os humores do octagenário: a solidariedade oportunista da maioria dos líderes da União Africana, pouco interessados em demonstrações de pé-de-barro; e a oposição da nomenclatura do ZANU-PF, muito mais interessada na manutenção da sua própria inimputabilidade.
Porque, escondidos por detrás daquele bigode ridículo, são estes últimos parasitas quem de facto manda no Zimbabué e quem teria tudo a perder com a ascensão de Tsvangirai.
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