domingo, março 19, 2006

Mercado de electricidade??

Deixem-me rir.

Esta semana ocorreu a primeira ( suponho ) reunião da associação dos produtores de electricidade e a conclusão foi a de que a electricidade vai aumentar.

Em entrevista no final da reunião,o presidente da associação referiu que a electricidade vai aumentar porque o petróleo aumentou, por causa do protocolo de Quioto, porque as renováveis são caras e, imagine-se, porque são subsidiadas (?).

Enfim, a electricidade vai aumentar. Porquê? Porque, do ponto de vista do consumidor final não há mercado.

Há um único distribuidor, que compra a todos os produtores. Estes, rapidamente aprenderam a agir em cartel.

A única distribuidora vai passar a fazer os consumidores finais pagar a factura por inteiro.

Apesar de ser controlada pelo estado e de ter lucros fabulosos, age como agiria uma empresa privada que detém o monopólio de um bem de consumo obrigatório. Poruqe está cotada em bolsa, claro.

Como se vê, a privatização de sectores como a electricidade faz aumentar o preço desta no consumidor final. A diminuição da qualidade do serviço virá a seguir.

Porquê? Bem, vou limitar-me a dizer que é uma constatação empírica.

Na verdade é porque não há, nem pode haver ( devido às especificidades do sector ) mercado.

Eu repito: não há mercado!

2 comentários:

Afonso disse...

Caro dorean paxorales,

Agradeço o teu comentário no Se.

A EDP deveria ter a rédea muito mais curta pois é um verdadeiro motor de inflação.
Comparando com os combustiveis, não compreendo como é que ninguém faz uma greve ou mesmo um motim. Nos combustiveis, os consumidores finais sairam a perder, empresas de tranportes fecharam em catadupa, a maioria dos revendedores continuaram a ganhar o mesmo em termos de margens (que não são proporcionais ao preço do produto), mas a vender menos em termos de quantidades, enfim...

Em tom de brincadeira, como diria Jerónimo "continuam a vender Portugal aos ineresses dos grandes grupos economico-empresariais".


Resta-nos esperar que eles não reunam muitas mais vezes e já agora que não lhes deiam mais subsidios.

Afonso disse...

P.S. lamento os pontapés na gramática.