quinta-feira, março 16, 2006

Idéias de cotas

E na futurologia demagoga, quantos lugares elegíveis caberão ao tercinho de mulheres?
E como se dará a dança das cadeiras da substituição de deputados-eleitos? Também só se poderá trocar mulher por mulher e homem por homem?
E já agora porque é que a quota não é 90%? Estão com medo da reacção?

Eu lembro-me de uma senhora que não precisou de quotas para se tornar a primeira primeira-ministra na Europa. Agora que revêjo o retrato, de facto, a senhora tinha qualquer coisa de finlandês.

4 comentários:

maloud disse...

Precisar das quotas não precisou, mas que foi cilindrada em dois tempos, por uma campanha suja, foi. E que o facto de ser mulher num país de pacotilha ajudou, ajudou

dorean paxorales disse...

O facto de ser mulher levou muita gente que eu conheço a apoiá-la nas presidenciais seguintes. Homens e mulheres, de igual modo. Uns porque ''era giro'' ter uma mulher presidente, outros porque queriam um precedente para as mulheres.
Confesso que eu próprio também não fui insensível a ambos os ''argumentos''.

Luis Moutinho disse...

As quotas são damagogia?
É que as quotas internas a que alguns partidos se sujeitaram implícita ou explicitamente trouxeram algum lixo (mas quantos homens no parlamento não são um lixo?) mas revelaram mulheres que se manteriam marginalizadas se não surgisse a necessidade de meter umas mulheres nas listinhas?
Um dia as quotas serão desnecessárias ou invertidas, estou convencido...

dorean paxorales disse...

O raciocínio é sobranceiro na expectativa que tem do voto.
Em todo o caso, as quotas são demagogia, sim.
Talvez um dia venha a acreditar na sinceridade dos desejos socialistas quando vir abrir a maçonaria às mulheres. Até lá, a introdução à força de candidatas a deputado não passará de cosmética vexatória.

É que ainda ninguém me apresentou ao batalhão de senhoras que, me querem fazer crer, tem estado estacionado estes anos todos em frente da ass. da república à espera do sr. Sócrates lhes abra a porta.

Ora, o lixo que existe no parlamento é resultado de um erro de sistema, não do sexo do próprio: os dois maiores partidos querem que o parlamento funcione como um colégio eleitoral, e não como uma assembleia de representantes. Daí que possam continuar a olhar com indiferença para o sexo do vigésimo candidato das listas.