quarta-feira, fevereiro 22, 2006

David Irving e o ''Negacionismo''

Embora fundamentalmente de acordo com vpv, irrita-me a paixão com que a comunicação social se dedica a tudo quanto cheire a Holocausto, aos nazis d'antanho, à Segunda Guerra Mundial em geral e ao bigode do ditador em particular.

Irrita-me porque a partição de um regime demoníaco em soundbites somente serve para facilitar empatias com um público que, na sua maioria, baseia os seus conhecimentos de história em filmes de Hollywood.

E isso tem dois resultados: um é a satisfação da ignorância existente; o outro é a criação de outra ignorância, aquela que ocupa um espaço o qual, de outra forma, permaneceria disponível para constatação e crítica de factos actuais.

Aceito que se deva atentar nos defensores da tese ''negacionista'' (principalmente nestes tempos de ressurgimento) e que os jornalistas não deixem apenas à responsabilidade de educadores a exposição do passado; mas algum pudor deverá ter-se na publicidade que resulta destas reportagens porquanto outros facínoras, tão ruins como o cabo austríaco, lá estão, agorinha mesmo, matando e rindo, e gozando da impunidade que aquela ignorância lhes concede.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro compadre: é, de facto, uma moenga, é aborrecido como a porra, andar a levar com preconceitos históricos, culturais e até civilizacionais. É uma charenga, melhor qualificando, essa treta de fundamentar conhecimentos e passados através do cinema. Mas não queiras saber quanto enjoa, enoja e dá ansias essa questão do revisionismo bacoco e saloio. Entre o bigode do bicho ruim e a possibilidade do bicho ruim nunca ter tido bigode, que a mosquinha era somente um sombreado pateta, prefiro os soundbites capilares. Saude da boa e algum pão na arca. Paulo Barriga