Razões profundas da mortandade rodoviária
Foi qualquer coisa como isto, ouvido a uma repórter-narradora da RTP durante o Natal:
"(...) as operações stop, embora sejam um incómodo para os automobilistas, (...)".
Realmente, é um incómodo. Para além do atraso de vida de, para aí, vinte minutos, o cidadão ainda tem de ter o carro em condições de circulação, os documentos em ordem, a alcoolémia baixa, e uma condução segura e civilizada.
O mínimo que uma pessoa pode fazer contra isto é sentir-se incomodado. E, de novo na estrada, correr a avisar os outros com máximos, não vá dar-se o caso de algum não ter o luzes de travão, ou o carro ser roubado, não ter carta, estar com os copos ou, mesmo sem eles, a sua condução ser perigosa e pouco civilizada.
Com o alto patrocínio da televisão estatal, eis que a moral de troglodita chega ao estatuto de cânone.
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