domingo, janeiro 04, 2009

O fim de uma farsa

Após três votações, dois vetos e declarações ao país, o presidente da república acabou por promulgar uma lei com a qual não concorda.

A um ano do seu centenário, a "República" idealizada pela junta revolucionária que tomou o poder em 1910 morreu definitivamente: o regime volta a sediar-se num parlamento todo-poderoso diante do qual o chefe de estado tem apenas consentida a autoridade de fazer ouvir a sua augusta voz.

7 comentários:

luís Vintém disse...

Nope. Também pode dissolver a Assembleia da Republica. Tem é que estar seguro de que a bomba atómica não lhe vai rebentar nas mãos.

dorean paxorales disse...

Isso também D.Carlos fazia e com muito maior frequência.

luís Vintém disse...

Meu amigo, no nosso caso nem o Despotismo Iluminado! Nem outro Marquês de Pombal mais o D. José e os anjinhos todos nos salvavam, quanto mais a Monarquia Parlamentar...
Não creio que o nosso fado se deva a questões de regime. As questões dos regimes é que se devem ao nosso fado...

luís Vintém disse...

E tenho a certeza de que se vivêssemos em monarquia o Rei seria uma figura muito mais decorativa do que têm até agora sido os presidentes. Destes espera-se sempre uma posição, um recado, uma opinião. Daqueles (e basta olhar aqui para o lado) esperam-se apenas retratos nas revistas do coração e um fait divers muito muito de vez em quando, como o do Chávez.

dorean paxorales disse...

Ou a manutenção, por pressuposto constitucional, da unidade do estado e da democracia (voltando a olhar aqui ao lado).

luís Vintém disse...

Não me vais dizer agora que os Açores são o nosso País Basco, pois não? E a Catalunha quem é, Miranda do Douro?

dorean paxorales disse...

Já agora, até o Spínola tinha mais cabecinha que um Tejero.
Chega-te?