O fim de uma farsa
Após três votações, dois vetos e declarações ao país, o presidente da república acabou por promulgar uma lei com a qual não concorda.
A um ano do seu centenário, a "República" idealizada pela junta revolucionária que tomou o poder em 1910 morreu definitivamente: o regime volta a sediar-se num parlamento todo-poderoso diante do qual o chefe de estado tem apenas consentida a autoridade de fazer ouvir a sua augusta voz.
7 comentários:
Nope. Também pode dissolver a Assembleia da Republica. Tem é que estar seguro de que a bomba atómica não lhe vai rebentar nas mãos.
Isso também D.Carlos fazia e com muito maior frequência.
Meu amigo, no nosso caso nem o Despotismo Iluminado! Nem outro Marquês de Pombal mais o D. José e os anjinhos todos nos salvavam, quanto mais a Monarquia Parlamentar...
Não creio que o nosso fado se deva a questões de regime. As questões dos regimes é que se devem ao nosso fado...
E tenho a certeza de que se vivêssemos em monarquia o Rei seria uma figura muito mais decorativa do que têm até agora sido os presidentes. Destes espera-se sempre uma posição, um recado, uma opinião. Daqueles (e basta olhar aqui para o lado) esperam-se apenas retratos nas revistas do coração e um fait divers muito muito de vez em quando, como o do Chávez.
Ou a manutenção, por pressuposto constitucional, da unidade do estado e da democracia (voltando a olhar aqui ao lado).
Não me vais dizer agora que os Açores são o nosso País Basco, pois não? E a Catalunha quem é, Miranda do Douro?
Já agora, até o Spínola tinha mais cabecinha que um Tejero.
Chega-te?
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