sábado, setembro 08, 2007

Tequila sunrise



A conversa seguia animada e eis que o anfitrião, depois de desaparecer por momentos ("ter-se-á juntado àqueles que insistiam na competição de limbo?", perguntavamos) traz alguns dos côcos que serviam à decoração caribe e, em pleno gozo da sua alegria inebriada, começa a atirá-los repetidamente contra o chão de pedra do jardim.
Partido o primeiro, o grupo entrou em êxtase e, jogando-se aos pedaços de casca espalhados pelo chão, todos devoravam sem cerimónias a polpa branca ainda lá agarrada.

A ocasião não podia ser mais perfeita e cantarolei os acordes iniciais do Also sprach Zarathustra.

Num ripostar amigável, alguém me atirou com um bocado de côco à cara. Olhei para o mesmo e, quase por instinto, agarrei numa lasca de madeira que estava por ali no chão e usei-a como cunha para destacar a polpa da casca e comê-la.

Nisto, B., que havia suspendido a comezaima para ver o que eu fazia, apontou para mim e exclamou: "Look, everyone: he has EVOLVED!"

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