O preço das casas explicado às criancinhas (2)
Ana Bela Pereira da Silva, Presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Empresárias, afirma que, entre muitas coisas, que a banca em Portugal é uma mentira, que não corre riscos, recusa créditos às empresas e ganha milhões com créditos pessoais totalmente garantidos.
(a entrevista ao Correio da Manhã aqui , via Claro)
Não é de todo verdade. À nossa banca interessa também sustentar as empresas de construção civil, pois a sua mercadoria é o mais custoso e inevitável objecto de consumo dos portugueses.
Idem para o Estado, pois, se a banca não arrisca a investir numa indústria mais produtiva, os ciclos de grandes obras públicas são a única política que os sucessivos governos conseguem imaginar para manter a economia viva. Financiadas pela banca e pagas com os nossos impostos.
Estado, banca e patos-bravos: uma aliança viciada a bem da Nação e onde todos ganham menos a própria, nós.
2 comentários:
Essa "mercadoria (que) é o mais custoso e inevitável objecto de consumo dos portugueses" é o caso mais exemplar e típico do que Ana Bela Pereira da Silva refere como negócio da banca de "créditos pessoais totalmente garantidos"... Ela não se refere aos patos bravos do betão e bens não-transacionáveis mas, precisamente, às empresas que trabalham com bens e serviços transacionáveis...
Um abraço, aqui do
CLARO
Não tenho dúvidas. A tentativa de atribuição de uma relação a dois níveis, embora discutível, foi da minha inteira autoria.
Comentário recebido com gosto e abraço devidamente retribuido.
DP
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