Nation branding
Wally Olins, o patrão da Saffron Brand Consultants, em parte de uma entrevista para a Monocle acerca de um dos muitos conceitos de que foi pioneiro (*):
M: E que erros é que os países fazem?
WO: Pensarem que pode ser tudo feito em 10 minutos. Não pode. Leva 10 ou 20 anos. Eles pensam que se trata de uma campanha de publicidade; pensam que basta uma frase curta. Eles querem dizer coisas que não são verdade.
M: Então nation branding é um processo contínuo, necessitando de check-ups regulares?
WO: Os países deveriam ter um director criativo. Em 20 anos, será norma a existência de um departamento governamental dedicado ao tratamento da imagem do país: gestão de reputação; turismo; investimento externo directo.
M: Foi algo disso que você fez em Portugal?
WO: Começámos por ajudá-los com o turismo à volta de 1992. Depois passámos ao brand export e ao investimento externo directo. Tudo estava a correr lindamente mas, quando houve eleições, o que é que o novo partido no governo faz? Deitaram fora tudo o que o anterior governo havia feito. Este tipo de projectos não pode ser gerido por pessoas que estão no poder durante cinco minutos.
M: Portugal foi prejudicado por não terem permitido o seguimento de uma linha definida de nation branding?
WO: Sim, a imagem de Portugal sofreu com isto. Eu estive em Lisboa não há muito tempo e eles estavam a discutir nation branding outra vez e que Portugal deveria ser visto como a capital de IT do sul da Europa. Ora, sinceramente: de que raio estão eles a falar?
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(*) tradução minha
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