Prioridades nas obras públicas
Como é normal, toda a gente pensa em termos de necessidades passadas e poucos pensam em necessidades futuras.
As barragens oferecem pouca contestação.
Ao contrário, as auto-estradas são um monumento ao puro desperdício de dinheiro e serão em poucos anos consideradas elefantes brancos onde quase nunca irão circular automóveis. As que existem já são demais.
O TGV Lisboa-Porto é inútil. Basta pôr o Alfa pendular a funcionar decentemente. Ou talvez baste mesmo mantê-lo a funcionar como está.
O aeroporto e os outros TGVs são mais difíceis. A maioria defende o aeroporto e contesta o TGV.
Mas poucos parecem lembrar-se que o petróleo pode chegar aos 400 dólares por barril dentro de dois anos, ou menos.
Nesse cenário haverá uma diminuição ou estagnação do tráfego aéreo, o que significa que a Portela não vai saturar tão depressa, principalmente se se contruirem aeroportos auxilares em Alverca, no Montijo, ou em Sintra.
Já o TGV, eléctrico, e o transporte ferroviário em geral, modernizado e utilizando as modernas prácticas de gestão, pode ser um substituto importante ao transporte aéreo e rodoviário, principalmente, mas não só, no campo das mercadorias.
Nesse cenário, e ao contrário do que diz a maioria dos analistas, o TGV Lisboa-Madrid e Porto-Madrid (ou Porto-Vigo) são os investimentos públicos mais importantes para os próximos anos.
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