sábado, maio 13, 2006

O código escatológico


HÁ CERCA DE TRÊS ANOS ATRÁS, descobri o "The Da Vinci Code" em casa de um amigo, naquela estante atrás da porta onde ele havia acumulado o espólio adquirido em mais de 30 anos de distracções de viagem.

Entre comboios e idas à casa-de-banho, a novela não duraria uma semana nas minhas mãos.
Em parte, a culpa não é do autor: não me eram estranhas algumas das heresias por lá misturadas - no que me faz espantar tanto espanto das gentes -, deixando por isso pouca liberdade para qualquer ansiedade policial.

Sem preconceito de erudição, confesso que não era literatura à qual estivesse habituado mas, e ao fim de uma curta análise, cheguei a duas conclusões: número um, confirmei o conhecimento geral de que os escritos de aeroporto são criados na esperança de futura adaptação ao (tele-)cinema; número dois, o livro do sr.Brown era uma merda.

Quadro: "Maria Magdalena" de Leonardo de Vinci. Foto ©AP/Scanpix