Postais de férias
Era meia-noite, não tinha tabaco, fui à marina.
Da fila para o balcão, avistei um cavalheiro alto, muitas rugas, cara quadrada, olhos pequeninos mas simpáticos, que aguardava pacientemente pela ajuda da empregada.
Tinha um panamá de lona enfiado até às orelhas e foi a voz o que me primeiro o denunciou: era o good Palin.
Na ultra-periferia da Europa e do alto do seu globe-trottismo, parecia indiferente ao circo político levantado pela sua homónima provinciana e muito mais preocupado em regatear um porto razoável debaixo do anonimato de bife forreta.
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