Grapes of Wrath
Quando Henrique Raposo cita Henrique Raposo, ficamos a saber que:
-o preço de "mantermos o nosso lugar no mundo" [europeus] é não ter férias;
-deveriamos receber 10 ou 11 vezes por ano em vez de 14 (por mim, tudo bem - é da maneira que os salários "aumentam");
-o autor dá conta do descalabro quando visita outros países da Europa... De férias.
Apetece-me acalmar o comentarista do Expresso. Dizer-lhe que o seu chinês proverbial trabalha a centenas de quilómetros de casa, vê a família de três em três anos e recebe nada, depois de descontar a renda da "cama quente" e a comida que tem de pagar à empresa. É uma história parecida àquela passada nos EUA, há muito, muito tempo.
Por isso convém explicar que a Europa não deveria ser uma política monetária mas sim um modelo de sociedade, distinto do americano ou asiático (que, no fundo, é o americano dos anos vinte mas com mais polícia). Quando a Europa se tornar igual à China ou aos EUA, deixa de haver a necessidade ou o direito de ter um "lugar no mundo". Pois nessa altura tanto fará para cada um de nós viver aqui como em, sei lá, Gengiangue.
ADENDA: Henrique Raposo conseguiu escrever uma posta de para aí umas 500 palavras sem um único barbarismo. Pelo esforço, parabéns.
1 comentário:
be happy and love. kiss
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