Olhó choque de civilizações que para aí vai
Muito pela mão do rei Maomé II, os marroquinos têm visto surgir em debate as leis que pretendem reformar o estatuto da Mulher e da condição familiar naquele país muçulmano. É mais um dos projectos a realizar num processo de democratização lento mas firme e que, ao contrário de outros países mais a sul ou a levante, promete vir a tornar-se bem-sucedido.
Ao mesmo tempo, no Reino Unido, e no rescaldo do susto de quinta-feira passada, várias organizações islâmicas moderadas acabam de sugerir à Secretária para as Comunidades Ruth Kelly que, entre os seus, venha a ser permitido [ou reconhecido?] o estabelecimento da lei islâmica no que concerne ao casamento.
"É preciso mostrar aos jovens que o nosso país respeita a sua religião e assim evitar que caiam facilmente na propaganda daqueles que pretendem a sua radicalização".
Os líderes muçulmanos contudo ressalvam que, apesar desta subtracção ao direito civil de todo o pai de família que queira manter a mulher ou a filha com rédea curta, não é do seu intuito a futura imposição da sharia como substituto do código penal britânico.
Pessoalmente, não sei se valia a pena tanta contenção; uma inglesa que um dia se visse no risco de ser passada a fio de espada podia sempre refugiar-se num sítio mais civilizado. Como por exemplo, Marrocos.
Sem comentários:
Enviar um comentário