Morrer em Bagdad
A mantança diária no Iraque não é generalizada, ao contrário do que se podia pensar. Os grupos armados sunitas e xiítas que semeiam o terror no dia-a-dia iraquiano são bastante específicos na escolha das suas vítimas civis. Isto levou a que população de Bagdad, num esforço de habituação a esse quotidiano, tenha encontrado formas de normalizar o absurdo dos assassinatos dando-lhes rótulos apropriados. Alguns exemplos escolhidos aleatoriamente, e sem qualquer preocupação de precedência:
-Morto pelo Pão. Os padeiros são considerados inimigos do Islão porque fornecem esse alimento às forças policiais. As padarias são um dos sítios preferidos dos atentados bombistas.
-Vítima da Moda. É difícil sair à rua em Bagdad com qualquer trapinho. O encarnado está proibido por ambas as guerrilhas islâmicas; calções, t-shirts, e camisas com padrões também; qualquer peça de vestuário minimamente americanizada (jeans, ténis) equivale a pintar um alvo na própria cabeça.
-Vítima da Escola. Segundo os radicais xiítas, as mulheres não podem receber instrução. Todas as famílias que permitem às suas crianças do sexo feminino ir à escola estão sujeitas a intimidações e, em já alguns casos, a várias balas.
-Morto pela Barba. Outro paradeiro comum de bombas. A barbearia é uma profissão de risco pois os barbeiros, lá está, fazem a barba e não pode ser porque as barbas são sagradas. Empunhar uma gillette é um convite ao petardo.
E os americanos? Por absurdo também vão morrendo, por absurdo também vão matando.
O praça Steven D. Green, acusado da violação e homicídio de uma criança de 14 anos e da morte de todos os membros da família dela, disse a quem quis ouvir que "no Iraque, matar pessoas é como pisar uma formiga, quero dizer, mata-se alguém e é tipo, 'Ok, vamos comer uma pizza'".
1 comentário:
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