Viena considerada a melhor cidade do mundo para viver e trabalhar
E uma das razões por detrás deste reconhecimento... Os transportes.
Viena tem 1.7 milhões de habitantes. Este número refere-se apenas à cidade, já que é difícil falar de um equivalente a uma "área metropolitana": não só as aldeias e vilas em volta encontram-se fisicamente separadas da urbe, como seguramente contam com uma maior percentagem da população activa no próprio local.
Mas a ausência de grande pressão demográfica exterior não explica por si só a calma no trânsito citadino. A cidade, ainda que sem grandes proibições, consegue ter a besta domesticada.
Começa porque aqui os condutores não são umas bestas.
Por exemplo, é impensável estacionar ou parar o carro em local não assinalado para o efeito. É impensável desrespeitar os peões, os residentes ou os outros condutores. É impensável circular a 90km. E tantas outras.
A lei faz sentido naquelas cabeças muito antes de se fazer sentir na carteira ou no hospital.
Este civismo é, de fato, a base da atitude quotidiana tanto de munícipes como de periféricos mas seria provavelemente impraticável se não estivera também na génese do planeamento urbano.
Este tem no eléctrico - Strassenbahn - a espinha dorsal do seu sistema de transportes públicos. A rede de carris de superfície cobre toda a cidade e circula a par do trânsito rodoviário completamente independente das variações de humor de que este possa sofrer. O resultado é que qualquer travessia possível pela cidade - por exemplo, de Hütteldorf à Prater - implica, em regra, e com uma frequência raramente inferior a cinco minutos de intervalo entre comboios, uma única troca de linha para uma hora (no máximo total) de viagem.
Assim, apenas nas zonas de trânsito mais calmo ou mais periféricas se vêem autocarros.
Por outro lado, até nas vias de tráfego mais intenso - como o Opernring ou a Museumstrasse - as bicicletas têm as suas próprias faixas de rodagem reservadas. Usadas diariamente por centenas de famílias.
Agora, a pancada.
Viena é uma cidade rica. Mas não é por ser rica que tem uma qualidade de vida tão alta.
É rica porque indivíduos e empresas não se importam de pagar impostos mais altos quando é perceptível na sua própria actividade que os serviços disponíveis representam uma mais-valia insubstituível. Quando a contabilidade de clientes e fornecedores é séria. E quando os bons profissionais, de que não podem prescindir, sentem que ali não é necessário um salário de sultão para gozar de uma vida civilizada.
Nomeadamente, residindo onde se trabalha, sem atrasos de engarrafamentos, sem poluição, sem chatices de estacionamento e sem acidentes.
2 comentários:
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O eléctrico... Esse nome diz-me alguma coisa... Acho que havia uma cidade que era famosa pelos seus. Agora só os vemos nos postais.
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