Tranque-se a porta e deite-se a chave fora
Esta sexta-feira será anunciada a pena a atribuir a Josef Fritzl, o homem que fez da filha sua escrava sexual desde os onze anos de idade, mantendo-a prisioneira na cave (e aos filhos resultantes do incesto) por mais de duas décadas.
Tudo indica que Fritzl será condenado a 15 anos de prisão podendo, no entanto, regressar a casa já em 2016.
O sistema judicial austríaco aparenta, desta forma, ser demasiado humano para quem não o é. Contudo, as coisas não são assim tão simples e o 'Monstro de Amstetten', como é conhecido, poderá na prática passar o resto dos seus dias encarcerado.
Com efeito, pela estratégia de defesa resulta que, após cumprido um terço da pena, Fritzl seguirá para o castelo de Göllersdorf, uma prisão psiquiátrica onde são depositados apenas criminosos com distúrbios mentais e de elevada perigosidade. Com uma população residente de violadores, assassinos compulsivos e pedófilos, Göllersdorf não tem para oferecer, certamente, a companhia submissa que Fritzl conseguiu impor durante 24 anos em sua própria casa.
À sua espera estarão, por exemplo, personagens como Franz Stockreiter, que ainda em 1996 matou uma terapeuta da prisão à facada, ou o jovem alemão Robert Ackermann, também conhecido como "O Canibal de Viena".
Justiça mais poética, meus meninos, era impossível.
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