quinta-feira, março 12, 2009

Ou será "Teixeira dos Santos lutou para manter os lucros da Lusoponte"?

A bojarda do ministro, considerando o uso de carro particular sobre as pontes como um bem de primeira necessidade (IVA 5%), parece tirada de uma comédia absurda como o Herói do Ano 2000.

À primeira vista, tudo indicaria que o cavalheiro viaja pouco e ainda não descobriu outras paragens mais civilizadas, onde há tentativas e bons resultados de levar o automóvel a meio de transporte excepcional.
Ou, tal como escrevi abaixo, o alvo do provincianismo do dr. Santos serão os eleitores que pretende aliciar por se contarem em número muitíssimo superior àquele de prejudicados imediatos com a fúria automóvel que diariamente enche as cidades.

Mas, depois de ler nos comentários do Menos um carro
que o preço das portagens concedidas à Lusoponte está fixado por contracto - e caso isto seja verdade -, pergunto-me se o frete não terá antes a natureza de favorecimento a um grupo empresarial.

4 comentários:

Anónimo disse...

Viva,
o preço das portagens está fixado por contrato, mas está há muitos anos! Desde o Cavaco salvo o erro.

Mas também, se não estivesse fixado em contrato, como é que haveria de ser feito? A Lusoponte a escolher livremente o preço?

Sinceramente a questão do IVA, não acho que tenha a ver com lucros da Lusoponte... nem acho que seja por o estado considerar que o popó é bem essencial (como escrevi como provocação no Menos Um Carro, e como o governo chegou mesmo a dar a entender). Acho que "historicamente" é uma questão muito delicada eleitoralmente mexer nos preços ali.. e o governo teve medo.

dorean paxorales disse...

Se o preço é fixo, qualquer aumento do IVA diminui a margem de lucro. 10 ou 14%. Seria muito, muito dinheiro que uma empresa pejada de ex-governantes iria perder.

Anónimo disse...

quando os preços são fixados num contrato ou numa lei, o que é fixado é o preço antes do imposto.
senão seria uma confusão...

o contrato com a luso fixa o preço sem o iva. se o iva for aumentado ou são os automobilistas ou o governo que paga os 10% a mais.. (e o triste é que o governo chegou a aprovar a segunda hipótese...)

dorean paxorales disse...

Muitíssmo obrigado pelo esclarecimento. Mas, na minha modesta opinião, parece-me que a fórmula contratada é que é uma grande confusão... E dá no que dá.