Ou será "Teixeira dos Santos lutou para manter os lucros da Lusoponte"?
A bojarda do ministro, considerando o uso de carro particular sobre as pontes como um bem de primeira necessidade (IVA 5%), parece tirada de uma comédia absurda como o Herói do Ano 2000.
À primeira vista, tudo indicaria que o cavalheiro viaja pouco e ainda não descobriu outras paragens mais civilizadas, onde há tentativas e bons resultados de levar o automóvel a meio de transporte excepcional.
Ou, tal como escrevi abaixo, o alvo do provincianismo do dr. Santos serão os eleitores que pretende aliciar por se contarem em número muitíssimo superior àquele de prejudicados imediatos com a fúria automóvel que diariamente enche as cidades.
Mas, depois de ler nos comentários do Menos um carro
que o preço das portagens concedidas à Lusoponte está fixado por contracto - e caso isto seja verdade -, pergunto-me se o frete não terá antes a natureza de favorecimento a um grupo empresarial.
4 comentários:
Viva,
o preço das portagens está fixado por contrato, mas está há muitos anos! Desde o Cavaco salvo o erro.
Mas também, se não estivesse fixado em contrato, como é que haveria de ser feito? A Lusoponte a escolher livremente o preço?
Sinceramente a questão do IVA, não acho que tenha a ver com lucros da Lusoponte... nem acho que seja por o estado considerar que o popó é bem essencial (como escrevi como provocação no Menos Um Carro, e como o governo chegou mesmo a dar a entender). Acho que "historicamente" é uma questão muito delicada eleitoralmente mexer nos preços ali.. e o governo teve medo.
Se o preço é fixo, qualquer aumento do IVA diminui a margem de lucro. 10 ou 14%. Seria muito, muito dinheiro que uma empresa pejada de ex-governantes iria perder.
quando os preços são fixados num contrato ou numa lei, o que é fixado é o preço antes do imposto.
senão seria uma confusão...
o contrato com a luso fixa o preço sem o iva. se o iva for aumentado ou são os automobilistas ou o governo que paga os 10% a mais.. (e o triste é que o governo chegou a aprovar a segunda hipótese...)
Muitíssmo obrigado pelo esclarecimento. Mas, na minha modesta opinião, parece-me que a fórmula contratada é que é uma grande confusão... E dá no que dá.
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