Compro o que é nosso ®
A AEP tem uma campanha chamada "Compro o que é nosso" para promover a escolha de produtos nacionais em detrimento de equivalentes estrangeiros.
Por si, é algo meritório. Se for bem sucedida, sempre ajuda a reduzir as importações. Lembremo-nos que a maior parcela da dívida nacional cabe aos particulares.
Só não percebo é por que uma ideia que é tão simples de aplicar é sempre processada com tanta complicação e despesa para ser posta em prática que acaba por ser completamente ineficaz.
Já temos sítio na internete. Já vi anúncios na televisão. Ainda não vi mas desconfio que, como é costume, há por aí entrevistas, panfletos couché para entupir as caixa de correio, autocolantes nos vidros dos cafés de esquina, etc.
Mas o pior é aquele logótipo horrível - mais um - ao qual julgam que nos habituaremos à força de spots publicitários e que, para se justificar e na melhor das hipóteses, virá a ser incluido nas embalagens ou estará à vista (?) nas prateleiras de supermercado.
Esta gente (seja governo ou indústria) já vai na enésima campanha do género desde o 25 de Abril e ainda não aprendeu que publicidade não é branding e que educar o público não é vender um sabonete.
Desde há muitos anos que outros países têm tido campanhas parecidas e são inacreditavelmente simples e eficazes. "Campanhas" é um termo que uso para estabelecer o paralelo pois não se tratam de campanhas esporádicas ("olá... estamos em crise, toca a armar uma campanha!") mas sim de visibilidade contínua e por prazos prolongados.
Principalmente, a forma de atingir a maior fatia demográfica possível sem necessidade de iniciativas e divulgações que só ajudam à confusão do público, é precisamente não criar logos inúteis mas sim usar elementos visuais que lhe são familiares e cujo sentido é óbvio (é a minha definição de logótipo...).
Isto é, o melhor logo para identificar produtos nacionais já existe e toda a gente o conhece sem precisar de nenhuma explicação.
Qual é ele? Deixo-vos uma pista (isto está tudo ligado, pás):
ADENDA: Já que estou a prestar serviços de consultoria gratuitos, que tal a AEP e demais obrigarem os distribudores a identificar a origem dos produtos brancos? Aquilo do "produzido na UE" não me diz nada e não ajuda muito à campanha.
1 comentário:
hehehehehe...
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