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sábado, fevereiro 05, 2011

Os clones do Clooney

Não me perguntei porquê mas, quando era mais novo, estava em Beja, de visita a uma empresa do ramo automóvel cujo edifício ficava situado às portas da cidade, junto ao entroncamento com a estrada para Serpa, e bateu-me aquele sono de final de tarde na planície e tanto tinha ainda que fazer, e café próximo ali ao redor era mentira.

Notando o meu apuro, o metro e meio de simpatia que era o dono da dita empresa, levou-me até ao "chôrrume" e apresentou-me à máquina de café. Antecipando a amargura, empertiguei-me por dentro. O sr.C., ladino, topou-me e garantiu-me ali que, à primeira, também tinha desconfiado da traquitana.

Bebi o café, excelente, cremoso, forte e essas coisas todas que se pedem de uma bica decente, e às quais ficámos agarrados desde as primeiras saídas na adolescência. O sr.C. tinha razão, aquilo era mesmo difícil de acreditar que não fosse coisa tirada de máquina a sério. E, todo contente em ter convertido mais um, explicou-me qual era o sistema em que funcionava a concessão: a máquina tinha ido para ali à borla, dada pela marca, Tofa-Nestlé, ele só precisava de, periodicamente, lhes comprar o grão.

Eu, que na altura, como já disse, era muito novo e julgava ter olho para o negócio, imediatamente imaginei se não seria uma excelente ideia a vender às pessoas para as casa delas, mas os volumes de café necessários à concessão trouxeram-me de volta à realidade. Apesar disso, o sr.C. concordou comigo, e disse-me que até já tinha sugerido o mesmo aos amigos da Delta, sem conseguir entusiasmar alguém. "Tem que ver com os hábitos de consumo e de vida em Portugal", foi a resposta que lhe deram. "Se tiver uma máquina em casa, que desculpa depois dá para ir lá fora ao café?".

Não sei quanto tempo passou depois disto mas sei o seguinte: estava completamente alheado do fenómeno. De tal maneira que, quando em visita de Natal, passei por uma bicha que saía duma loja no Chiado e dava a volta à esquina, julguei ter chegado à Rússia dos antigos tempos. Mas não era por cápsulas Delta que as pessoas esperavam horas ao frio, claro. Desses, ainda nem máquinas havia à venda sequer.

quarta-feira, dezembro 22, 2010

A fúria do açúcar

A pitoresca jogada das cadeias de distribuição (e de certos e determinados interesses estrangeiros), que levou ao aumento do preço e da importação de um produto de nenhuma necessidade, parece uma versão de merceeiro do papel das agência de rating e da "confiança dos mercados" no desempenho da economia portuguesa.

terça-feira, dezembro 14, 2010

quarta-feira, outubro 27, 2010

Compro o que é nosso ®

A AEP tem uma campanha chamada "Compro o que é nosso" para promover a escolha de produtos nacionais em detrimento de equivalentes estrangeiros.

Por si, é algo meritório. Se for bem sucedida, sempre ajuda a reduzir as importações. Lembremo-nos que a maior parcela da dívida nacional cabe aos particulares.
Só não percebo é por que uma ideia que é tão simples de aplicar é sempre processada com tanta complicação e despesa para ser posta em prática que acaba por ser completamente ineficaz.

Já temos sítio na internete. Já vi anúncios na televisão. Ainda não vi mas desconfio que, como é costume, há por aí entrevistas, panfletos couché para entupir as caixa de correio, autocolantes nos vidros dos cafés de esquina, etc.
Mas o pior é aquele logótipo horrível - mais um - ao qual julgam que nos habituaremos à força de spots publicitários e que, para se justificar e na melhor das hipóteses, virá a ser incluido nas embalagens ou estará à vista (?) nas prateleiras de supermercado.


Esta gente (seja governo ou indústria) já vai na enésima campanha do género desde o 25 de Abril e ainda não aprendeu que publicidade não é branding e que educar o público não é vender um sabonete.

Desde há muitos anos que outros países têm tido campanhas parecidas e são inacreditavelmente simples e eficazes. "Campanhas" é um termo que uso para estabelecer o paralelo pois não se tratam de campanhas esporádicas ("olá... estamos em crise, toca a armar uma campanha!") mas sim de visibilidade contínua e por prazos prolongados.

Principalmente, a forma de atingir a maior fatia demográfica possível sem necessidade de iniciativas e divulgações que só ajudam à confusão do público, é precisamente não criar logos inúteis mas sim usar elementos visuais que lhe são familiares e cujo sentido é óbvio (é a minha definição de logótipo...).
Isto é, o melhor logo para identificar produtos nacionais já existe e toda a gente o conhece sem precisar de nenhuma explicação.
Qual é ele? Deixo-vos uma pista (isto está tudo ligado, pás):



ADENDA: Já que estou a prestar serviços de consultoria gratuitos, que tal a AEP e demais obrigarem os distribudores a identificar a origem dos produtos brancos? Aquilo do "produzido na UE" não me diz nada e não ajuda muito à campanha.

sábado, janeiro 02, 2010

Separados à nascença 857638



Um destes foi considerado o logo mais criativo do ano no seu país de origem...

sexta-feira, maio 15, 2009

Pequeno intervalo para a realidade



Já está. Podem voltar aos vossos lugares.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Quem aguentar este vídeo até ao fim que me escreva que eu compro-lhe o livro



-E música, que se põe?
-Sei lá! Olha, mete uma clássica qualquer que isso não paga direitos de autor.


Vai haver umas alminhas retorquindo que há amadores no "tube" sabendo ler melhor que isto. Por favor, tenham dó da piquena: com textos destes qualquer um perde o tino, quanto mais o timbre.