domingo, maio 09, 2010

Uma tragédia

Salários e contratos
O disparate: entre 2006 e 2010, os salários da função pública grega tiveram um aumento, em média, de 30%.

Os cortes que agora levam o "proletariado" à rua são os seguintes: congelamento destes aumentos e fim do 13º e 14º "mês" para os níveis de topo dos salários.

Isto é, quem ganha muito passa a ganhar menos e quem ganha pouco fica na mesma.

No setor privado, as empresas poderão, a partir de agora, despedir até 4% dos seus funcionários (antes, eram 2%)... Fascistas!!

Reforma
Em média, um grego enfia as alpercatas aos 61 anos de idade para gozar o salário mais alto que ganhou na vida. Depois de esbanjá-lo em retsina e subornos aos médicos, morre de enfarte aos 72.
É possível que a partir de agora a idade máxima de reforma passe a estar indexada, qual euribor, à esperança média de vida. Tendo em conta que será a média dos salários o que irá definir a mesada final, talvez com menos tilim para boa vida esta acabe por aumentar.

Fuga fiscal
Seriam 20 mil milhões de encaixe direto. Mas não faço ideia como irão mudar os costumes e a fiscalização num pardieiro onde até a construção ilegal, meu deus, consegue fugir aos impostos.

Mas o pior, o pior de tudo serão os aumentos de 10% no imposto sobre combustíveis, álcool e tabaco. E lá me vão lixar a idade de reforma outra vez, pá.

De facto, isto sim, são medidas de austeridade de levar um país à guerra civil.

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