Dos historiadores
Dividem-se entre bons e maus, enviesados ou exaustivos, de esquerda ou de direita, monárquicos ou republicanos.
Para além disto, é ainda possível encontrar no mesmo historiador relatos, referências e opiniões que são fidedignos, outros que são falsos, e outros que são assim-assim.
Como disse Montesquieu (mais ou menos, que a memória é fraca),
«Preferimos ler aquilo que suspeitamos confirmar as ideias que já temos formadas».
4 comentários:
Para mim a divisão entre bons e maus é suficiente. Um mau historiador, ao perder a credibilidade, só prejudicará a sua causa, qualquer que esta seja.
Eu cá não sou nada "Montesquiano" nas leituras. O meu escritor preferido é o Céline e não perco um post do Combustões...
Concordo totalmente com os dois primeiros parágrafos, mesmo que tenham sido escritos ironicamente.
O terceiro parágrafo é indubitavelmente irónico, e deverias aplicá-lo a ti próprio. Sei lá, ler a «História da República» do Raul Rego (por exemplo). Vá lá. Podia arejar-te as ideias. Aquilo não se pega. A sério.
Ricardo,
o terceiro parágrafo é aplicado a todos. quanto mais te julgares acima dele, mais o confirmas.
já pela minha parte, não tenho problemas em admitir que procuro informação vinda de monárquicos visto que, até há bem pouco tempo, esta era rara de encontrar. ou porque não havia ou porque foi ostensivamente ignorada.
obrigado pela referência. se o reverendo oliveira martins não pegou, este não irá matar.
assim que me for possível...
Luís,
a questão para mim é que, ainda que todos os historiadores fossem excelentes, nenhuma interpretação está livre de preconceitos e alguém teria de ser muito ingénuo/hipócrita para pensar/afirmar o contrário. seja de que lado for.
claro está, a justiça pertence a nós, procurando ler várias fontes e dando-lhes a importância que merecerem.
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