domingo, novembro 30, 2008

Sensibilidade cultural ou Aquelas mentiras todas, afinal eram todas verdade

Eu também sou a favor da sensibilidade e especificidade culturais.

Tenho todo o respeito pelas formas próprias de democracia e pelas especificidades das sociedades Asiáticas, que as tornam incompatíveis com modelos de democracia alienígenas e importados do Ocidente.

Mais! Eu chego mesmo a ser a favor da defesa de sensibilidade e especificidade culturais do próprio Ocidente!

No Ocidente nós respeitamos os Direitos Humanos e a propriedade intelectual. Não obrigamos as empresas estrangeiras que se estabelecem entre nós a partilharem o capital com empresas locais.

Vamos defender a nossa especificidade cultural, impondo restrições ao comércio e entrada de capitais oriundos de países que não respeitam a nossa especificidade cultural e com os quais temos, muito por causa disso, um défice crescente na balança comercial.

Não se trata aqui, claro, de defender os Ocidentais e os seus interesses.

A atitude aplaudida no momento é loar a saída de milhões de Asiáticos da pobreza e aplaudir ainda mais o empobrecimento do Ocidente, fruto, claro, da Democracia e da Liberdade, que tanta importância tirou aos "irmãos mais velhos", àqueles senhores sábios que nos diziam o que fazer (porque a política não é para pessoas decentes) e que agora tanto se excitam com a antevisão de um possível regresso da sua importância, ante o Asiático e galopante triunfo dos seus congéneres.

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