Traumatismo ucraniano, 2
Yulia Tymoshenko é primeiro-ministra da Ucrânia. Apesar de consideravelmente mais bonita que a sr.ª Palin, também tem alguma proximidade com a Rússia. Contudo, esta não é apenas geográfica.
Enquanto o presidente da república e sobrevivente a um envenenamento à moda da KGB, Yushchenko, se multiplicava em protestos contra a invasão russa da Geórgia, a sr.ª Tymoshenko manteve-se estranhamente muda e calada.
Mas agora que a Rússia mostrou que quer-pode-e-manda sem UE ou EU que nos acuda começam a aclarar-se as brumas em Kiev: numa golpada constitucional, Tymoshenko prepara-se para mudar o regime semi-presidencialista ucraniano e tirar ao presidente vários poderes executivos.
Nem de propósito: o mandato presidencial de Yushchenko acaba em 2010 e o acordo que este arrancou aos russos para a sua saída definitiva de Sebastopol, a base da Esquadra do Mar Negro, termina em 2012.
Só falta mesmo dizer que a senhora, antes de se meter a sério na política, enriqueceu no passado à custa do gás natural russo e as suas ligações nos negócios de então são mais obscuras que o fundo de um poço de crude.
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