O que tem cinco patas, come ratos e mia?
Ao jantar, revoltou-se contra o Peking "dos colonialistas de 1900", criado por inata ignorância e incapacidade glótica (apesar dos compatriotas do seu marido se manterem indiferentes ao Londres de outros bárbaros); ao café, elogiou o triunfo da monumentalidade olímpica e defendeu a lógica de representatividade dos Han; ao meu quarto Glenmorangie, entrou pela democracia adentro e desfê-la em eleições exemplares.
Ouvi este discurso da raça sem protestar, especificidades culturais incluídas, até que não resisti a perguntar-lhe o que achava das restrições à liberdade imprensa e da Big Firewall.
A jovem médica não me desiludiu: que era para o bem da nação, para a proteger das influências estrangeiras, nas quais incluia a pornografia e a degradação moral.
Toldado pelo álcool, era demasiado fácil não resistir a ir buscar os estafados maus exemplos do passado europeu.
Licenciada no Reino Unido, a sua costela adoptiva terá sido alimentada a documentários de guerra pois arregalou os olhos até à prega oftálmica e embranqueceu. E, como boa virgem ofendida, pediu socorro ao marido e colega: "T.! Ele chamou-me fascista!!".
Fui, evidentemente, convidado a terminar o serão mais cedo do que o planeado. Ao chegar a casa, risquei os nomes da agenda. A quinta pata é mesmo só para enganar.
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