Gestão ou liderança
As escolinhas, licenciaturas e mestrados em Gestão que proliferam pelo mundo servem para criar uma nova Aristocracia.
Gente que percebe de números, EBITs e outras sofisticações do género mas que parece saber muito pouco de liderança.
Deixam esse trabalho sujo a sargentos e contramestres enquanto eles se divertem a ver gráficos que demostram por exemplo, que uma taxa elevada de burn-out numa empresa com custos elevados de mão-de-obra contribui para uma saudável contenção dos custos ( pelos salários que não se pagam a quem sai e pelo esforço extra e não pago exigido aos que ficam ).
Ás vezes contratam especialistas em recursos humanos que seleccionam recursos dóceis e se divertem a organizar jantares e a distribuir gadgets.
Depois, a coisa falha, e volta tudo ao início ( os especialistas de recursos humanos é que falharam, claro ).
O capital intelectual perdido não é fácil de medir ( especialmente se compensado pelo esforço extra de quem fica ) para além de que se evita que os sargentos, contramestres e operários ganhem poder negocial e perturbem o poder aumentado dos senhores gestores.
Poder traz sexo e sexo traz poder e aqueles que têm mais poder têm mais sexo e sobrevivem, não fossem as conspirações dos invejosos, tal como o demonstram os mais avançados estudos sobre as sociedades paleolíticas, publicados na Scientific America e noutras publicações Anglo-Saxónicas, altamente abalizadas por elas próprias e pelos Nóbeis que se atribuem a eles mesmos através de Universidades que se avaliam umas ás outras como as melhores, em estudos independentes publicados por elas próprias na Scientific America e noutras publicações Anglo-Saxónicas.
Os sargentos e contramestres lá vão gerindo o possível e sofrendo as consequências dos fracassos, deixando aos outros os proveitos dos sucessos. ( é um espectáculo triste ver um desses gestores tentar forçar o que não é forçável, sem saber o que está a fazer, desmotivando e desmoralizando a cada palavra que lhe sai da boca, dando, enfim, vários tiros no pé, dado que o problema está muitas vezes na sua própria gestão ).
Porque os sargentos e os contramestres são os verdadeiros líderes.
Numa sequência de extrapolações injustificadas, o abismo está mesmo aqui ao lado.
A única ponte sobre esse abismo é a perseverança. Explicar, explicar, explicar, persistir, demonstrar, não ter medo, reagir à intimidação e à pressão com firmeza, contra-atacar, pisar a zona de recuo, ameaçar, dar o lombo, ser competente, Ser Humano.
É neste dia a dia que se combate a globalização da ditadura, do medo e da desumanização, passe os lugares comuns.
É tudo assim? Claro que não!
Por enquanto.
De esquerda, eu? Claro que sim! Ou claro que não?
E os juízes com 26 anos?
Mais uma extrapolação injustificada.
Só para acabar.
Ainda não.
Estou com a pica toda!
Maldita cocaína!
Que infantil que eu sou.
Ainda bem.
Pena não ser o príncipe dos Eternautas.
Hasta!
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