sábado, outubro 13, 2007

A ciência à luz de um juiz biotecnólogo

A notícia caiu como uma bomba de fragmentação enriquecida a urânio empobrecido.
Na blogosfera dita "liberal", os apelos sucedem-se. Contra a ignomínia, chefiados pela voz do porta-voz dos investigadores em biotecnologia, JoaoMiranda, a fúria dos famélicos da terra sem direito a automóvel atira contra o comité internacional o supra-sumo juízo científico de um juíz de um supremo tribunal nacional: parece que o filme de Gore tem 9-nove-9 erros científicos. Não é dez nem é oito, são nove, ó freguesa.

(eu estou acostumado a erros menos exactos, do género +/-0.5 unidades à escolha, mas pelo que li, o aquecimento global não seria determinístico mas aleatório. Ora, como o mesmo não existe, a negação dessa afirmação será "o não aquecimento global é determinístico, não aleatório". E assim encontramos a exactidão dos números)

Mas a blasfémia dos politicamente correctos não se ficou por aqui. Imagine-se que os comunas da academia da sueca ainda por cima tiveram o desplante de premiar um painel científico da ONU. E isto não pelo método da sua actividade mas pelas suas... CONCLUSÕES.

É de ficar de boca aberta. Um prémio Nobel pelas conclusões de um estudo científico? Tudo política, como nos dizem os iluminatos. Se é assim, onde é que isto vai parar?? Qualquer dia ainda nos impingem com, sei lá, o Nobel da Paz a quem se opõe a testes nucleares ou o da Literatura dado a quem fez guerra.

1 comentário:

Aardvark disse...

A desfaçatez com que eles manipulam argumentos, o desprezo pela inteligência das pessoas, a falta de vergonha só podem ser comparados ás propagandas Nazi e Comunista.

Com a diferença que estes usam métodos aindas mais sofisticados.