sábado, dezembro 13, 2008

Não tarde nada temos também que arranjar fitinha

Enquanto em Braga alguns grupos começam a querer extender a proibição de fumo a toda a restauração (aquela gente é, de facto, puritana), no Reino Unido a discriminação sobre a minoria vai de vento em popa e o fumador, já tratado em público como um leproso de outros tempos, cada vez mais sofre pela lei.

Como a ilegalização objectiva do tabaco é complicada, o fascismo higiénico opta pela criminalização do fumador. Não é apenas em locais públicos que este se sente a opressão e a planeada proibição de exposição de cigarros no local de venda - associando clandestinidade à compra de cigarros, é a ponta do iceberg. A propaganda e pressão social entrou pela privacidade adentro e, por exemplo, o aluguer de casas está, na prática, vedado a fumadores.

Mas o cúmulo do ridículo surgiu agora: enquanto nesse e noutros países se avança no sentido de conceder direitos iguais a qualquer minoria, há vereadores de subúrbio que, em pleno delírio de nicotinofobia, decidiram proibir os casais de fumadores de adoptar crianças.

Acho que está a começar a altura de escolher a cor da fita.

ADENDA: a proposta do vereador de Redbridge, Michael Stark, já foi votada e aprovada, extendendo esta proibição às crianças maiores de 5 anos.

Tendo em conta o número de crianças de qualquer idade havia, na altura da votação, uma falta de 10 000 famílias de acolhimento no Reino Unido
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