Silly season
Agora que o "Verão" parece finalmente estar para ficar e na cidade circulam magotes de turistas séniores americanos e estudantes de línguas adolescentes, os bares e cafés entram em modo algarvio e não há empregado de mesa temporário que não se julgue em casa a receber os sogros.
Num dos poucos bistros ainda abertos após a penúltima sessão da noite, as cinco libras esterlinas de Islay duplo são-me servidas com cubo de gelo e insecto morto sobrenadantes. Confiando nos bons-modos da serviçal, remeto a encomenda à procedência para substituição pronta. Com uma rapidez aguçada pelo salário de gorgetas, o balão ainda gelado é devolvido sem mosca, sem cubo e com um sorriso mais do que indecente nos lábios.
Um vento cretino varre a esplanada construida a tempo da lei de costumes. Urge pagar, sair e fumar a cólera a caminho de casa.
Se me aparece algum jovem italiano ou espanhol a esganiçar à minha frente, vai ao pontapé para ao meio da estrada.
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