domingo, agosto 26, 2007

A cultura sexual portuguesa dominante faz lembrar uma estatística GNR de fim-de-semana prolongado

"Há alguma coisa menos sexy que uma pessoa boazinha? Há: um frigorífico. As mulheres boazinhas irradiam o horroroso perfume da monotonia. Da seca. Do bocejo. Aos olhos masculinos, tornam-se atraentes apenas para algumas coisas: alguns homens, por exemplo, adoram mulheres boazinhas para lhes fazer confidências sobre as maldades que as mulheres mazinhas (por quem ficam sempre irresistivelmente atraídos) lhes fazem - e fazem muito bem feito".

Rapazes, cuidado: vive-se um clima de autêntica guerra civil.
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Tirado ao artigo de uma Ana Sá Lopes muito abaixo da série Vanessa, no DN de hoje. O resto, aqui.

6 comentários:

Canal Daniel Simões disse...

Caro António,

sinceramente, nem tive coragem de ler o resto: a decadência das atitudes e posturas humanas é fortalecida por pessoas como essa tal D. Ana: afirmação pela negativa.
Mas é assim mesmo: vivemos num nível mundano em que o paraíso, o purgatório e o inferno se confundem a cada instante.

dorean paxorales disse...

Caro Nicolaias,

(respondendo eu pelo tal de António, dado que aqui não há nenhum)

Olhe que há piores. As saudosas crónicas de Ana Enes no defunto "O Independente" são prova da exuberância da cartilha.

Agora, na minha vã mas recompensante ciência, a recusa dos infernos é arma que baste para a sublimação daquelas teorias mundanas.

Contudo confesso que no purgatório, muito embora recentemente revogado pela Santa Sé, ainda acredito. Desde que o mesmo tenha conta, peso e medida.
Mas isso cada um sabe de si. Cada um e mais ninguém.

D. Ester disse...

é em geral muito fácil de entender estas coisas. Quando se leva com os pés de um gajo é porque ele, no fundo, gosta daquelas que são antagónicas à imagem que se tem de si mesma: se se é boazinha, gosta das mázonas, se se é inteligente, das burras, se se é gira, das feias. E por aí adiante, sendo que as outras têm quilos de defeitos que não nos pertecem (evidentemente).

Outra das tácticas é desatar aos coices a todos os portadores do género, em geral pondo-os no saco de serem todos uns estupores encartados.

A maioria de nós destila o fel com as amigas; há outras que escrevem para jornais. Ambas se vêem a arrepender do que disseram. Claro que o fazem para não terem de admitir que não são perfeitas como gostavam de ser.

dorean paxorales disse...

Pois, cara no baile: por mais voltas que se dêem vai sempre parar-se à dor de corno.

Aardvark disse...

Afinal não sou o único!

Assim se vêem os erros das pessoas que aqui vêm escrever.

:)

D. Ester disse...

eu não sou "as pessoas", apesar de me dar para a multiplicidade de vez em quando.