Eleições para a Câmara de Cabeceiras de Basto
Avaliando as declarações de residência dos velhinhos que estão no hotel a vitoriar António Costa, fica-se a pensar que ele foi eleito presidente da câmara de Cabeceiras de Basto.
Avaliando as declarações de residência dos velhinhos que estão no hotel a vitoriar António Costa, fica-se a pensar que ele foi eleito presidente da câmara de Cabeceiras de Basto.
Posted by Aardvark at 21:25
Quidquid latine dictum sit altum viditur
2 comentários:
Continua o incompreensível direito de voto exclusivo em Lisboa dos residentes em Lisboa.
Sendo que residir em Lisboa é cada vez mais raro, como se sabe, relativamente ao número de pessoas que aí vivem todo o dia, porque aí trabalham, estudam, ou porque passam aí quase todo o seu tempo.
Todos aqueles que penam no IC19 ou na autoestrada Cascais-Lisboa ou na Ponte 25 de Abril, Vasco da Gama e afins passam o seu dia em Lisboa.
Muitas vezes mal conhecem o sítio onde vivem, desde os vizinhos a quem é o presidente da Câmara, para não falar no -- nunca soube quem é, nem de que partido é -- presidente da 'junta'.
No entanto, não votam em Lisboa.
A mesma Lisboa onde fazem tudo, onde gastam e ganham dinheiro, que conhecem melhor que o concelho onde vão dormir.
O que leva L. a pensar se os resultados eleitorais em Lisboa não serão injustos, errados e inúteis.
Pelo menos enquanto os universitários e restantes estudantes, e todos os que 'dormem' fora de Lisboa, que trabalham em Lisboa, aqueles cujo BI não diz Lisboa em 'residência', não votarem em Lisboa.
Porque vendo bem, são eles que vivem -- e que são -- a Capital.
Ah, pois. Do ponto de vista lisboeta, quem reside em Lisboa paga impostos em Lisboa. Impostos que também são gastos a tentar controlar o despejar de carros que é o fim do calvário diário dos habitantes dos arredores.
Esses pagam ali os seus impostos e algo mais. Os municípios circundantes, porque em pouco ou nada são afectados pelas dificuldades de quem lá dorme limitam-se a multiplicar as suas receitas com licenças de contrução. Quando lhe fazem um comboio à porta o que vêem não é o aumento de qualidade de vida dos seus eleitores mas mais uma oportunidade de lucro (em Madrid, por exemplo, os parques de estacionamento de interface com os comboios suburbanos são *gratuitos*).
Eu diria que, ao contrário do que opina, faria muito mais sentido serem os lisboetas a votar para eleições autárquicas dos seus subúrbios: são os lisboetas e Lisboa quem mais sofre com a explosão demográfica ao seu redor e é Lisboa e os lisboetas quem paga no fim os custos da ganância de autarcas irresponsáveis.
Enviar um comentário