segunda-feira, junho 25, 2007

Porque o Médio Oriente é sobrevalorizado 2

É a teoria do 'isto daqui a nada rebenta tudo'.
Ou, para usar um termo mais jornalístico, todos os peritos no Médio Oriente, independentemente da sua filiação, são fiéis seguidores do catastrofismo.
Talvez isto se deva a uma influência cultural: foi dali que brotou um Livro recheado de pragas, cataclismas e juízos finais e, depois de um par de anos a estudar aqueles tribalismos, qualquer pessoa deixa de conseguir raciocinar de jeito. Por outro lado, e num bizarro processo de transferência colectivo, talvez simplesmente se sintam órfãos da guerra fria.
O que é certo é que, de guerrinha em guerrinha, o pânico criado vai alimentando rondas negociadoras e acordos e planos de paz que nunca são cumpridos por ninguém - será sempre fácil mais tarde assustar as potências com nova ameaça de 'escalada da violência'.

A ironia é que o conflito generalizado não interessa a ninguém: eles - árabes, hebreus, persas, et c. - bem podem ser malucos mas conhecem as suas limitações; só que enquanto o mundo acreditar que os 10 minutos de antena ao jantar correspondem a 90% de consequências para o globo as guerrinhas de fim-de-semana e o discurso de pregador de rua continuam.

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