quarta-feira, julho 14, 2010

off-shore cá dentro

Como é sabido, todos os países da União, independentemente da saúde da sua economia, fazem agora vários esforços para inverter as tendências de défice, quebra de PIB e crescimento da dívida. Nesses planos de contenção e recuperação das finanças públicas, o mais óbvio seria obrigar quem ajudou a criar esta crise a também carregar com o ónus da sua saída.

Através de impostos especiais sobre a atividade bancária, é isso mesmo que vai ser posto em prática na Áustria (extra €500M pa), na Alemanha, na França e na Hungria (cobrados a 3 anos). Também o mesmo se passará no Reino Unido (extra £2000M anuais, previstos), ainda mais ajudados pelo aumento para 28% do imposto sobre ganhos de capital. A Itália, mais tímida, limita-se a criar um novo imposto sobre bónus e opções de compra de ações.

E em Portugal? Em Portugal parece que irá haver um aumento do imposto sobre rendimento singular, em particular com novo escalão a 45% para quem ganha €150 000 pa (deve ser porque somos muitos e, ainda para mais, quem mais dificilmente escapa à inspeção)...
Já a banca, esse setor económico tão carente de subsídios e em risco de deslocalização, permanece ainda e sempre a salvo no paraíso fiscal português.

1 comentário:

luís Vintém disse...

Óh Dorean, qual é a tua ideia? Não sabes que não podemos stressar a banca portuguesa?!
Ainda lhe dá um ataque de pânico!