Spínola-Saramago, xis.
Trinta e seis anos depois, continuam a querer dividir-nos. Presumem-se donos das ruas e, numa variação abrilesca à praga do futebol, servem-se dos seus nomes para marcar território e exaltar irmãos de tribo.
Não há pachorra. As ruas não são de matilhas do norte, do sul, da esquerda soviética ou da direita macaca, são nossas, e a toponímia serve para recordar-nos tanto da intensidade como da variedade dos nossos sucessos (ou derrotas).
A única censura que se justifica a nomes só mesmo em benefício da sensibilidade do público quando, por exemplo, penso naqueles que me ocorre chamar a esse tipo de donos e respetivas mãezinhas.
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