sexta-feira, abril 18, 2008

O cravo...

Luis Filipe Menezes demitiu-se e convocou eleições, agastado com a oposição interna.
Dizem alguns que, independentemente da qualidade do homem, ele deveria ter tido um período de graça para afirmar a sua liderança.
Não concordo.
A democracia não se faz de eleições/plebiscitos que elegem periodicamente ditadores. É um combate diário em que um líder se afirma pela sua autoridade, pela credibilidade e pela capacidade de convencer os outros que a oposição à sua liderança só os prejudicará.
Falando em termos modernos, um líder político democrático afirma-se pela capacidade de retirar incentivos ás atitudes oposicionistas. Um líder democrático convence os outros de que é melhor para eles apoiá-lo do que combatê-lo.
Pela força (do apoio dos pares) e pela persuasão.
Menezes não foi capaz de o fazer, pelo menos com uma única vitória, e tenta reforçar-se com uma segunda.
A atitude é compreensível.
Mas não é legítimo criticar uma opsição interna que se movimentou à vontade e sem receio de eventuais consequências nefastas em termos eleitorais.
É preciso que se perceba isto.

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