... e a ferradura
Parece que Menezes se demitiu na sequência de uma entrevista de António Borges na RTP1.
Confesso que não acompanhei o processo.
Se foi assim penso que António Borges se devia candidatar á liderança do PSD.
Consciência crítica do partido, gestor de grande reputação, tem agora a oportunidade de aplicar na prática todas as teorias que defende.
Tem a oportunidade de mostrar que a preparação superior que justifica os elevados salários dos gestores do sector privado também pode, com facilidade, trazer melhorias significativas na forma de fazer política.
Como poucos, pode abdicar, por uns anos, do seu salário e contribuir para o bem público, usufruindo dos relativamente modestos salários da classe política.
Pode mostrar que os super-homens modernos que são os gestores de topo lidam com eficácia com a pressão dos media.
Pode mostrar que é possível melhorar as condições de vida dos Portugueses.
Pode mostrar que lida de forma superior com os autarcas e com os líderes de secção do partido.
O mesmo repto é lançado a outros Antónios: Carrapatoso e Mexia e a todos aqueles que se chegaram à frente subscrevendo o Compromisso Portugal.
Carrapatoso pode mostrar, de forma concreta, como aplica as suas teorias de gestão por objectivos no funcionalismo público. ( Quando uma vez inquirido sobre que objectivos se podem atribuir à polícia, atrapalhou-se e respondeu que a polícia não é o sector ideal para definir uma gestão de recursos humanos baseada em objectivos, ignorando que uma das primeiras áreas onde se aplicou essa política foi exactamente na polícia e nas Forças Armadas dos EEUU ).
Tenho a certeza que os funcionários públicos, se devidamente motivados, vão, na sua maioria, responder positivamente ao desafio.
Para assessores podem trazer os jovens, e competentíssimos Turcos, que têm apadrinhado na sua gestão privada.
Se se chegarem à frente tenho a certeza que terão o apoio de muitos Portugueses vulgares, como eu, que anseiam pelo aparecimento de uma nova classe política, competente e capaz de inverter o rumo decadente do nosso país.
Pessoalmente, apoio-os. Juro!
Se não se chegam à frente, ao menos reconheçam que não acreditam na democracia representativa ( ou outra ) e que desdenham a liberdade de expressão.
São nefastas para os negócios.
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