O Fin-de-Siècle árabe
As transições de século parecem potenciar revoltas à escala transcontinental. E embora no calendário muçulmano ainda estejamos em 1432, as massas que agora se alevantam ao som de tweets e posts experimentaram tanto como nós a ameaça do Y2K.
O dominó de revoluções no Próximo e Médio Oriente lembra aquele ocorrido há cem anos atrás, quando as cabeças coroadas da Europa tremiam ante protestos anarquistas, greves, assassinatos e bombas quase diárias. Também na altura, era uma velha ordem política, militarista e feita de alianças dúbias e relações familiares, que desaparecia. Se bem que muitos desses estados europeus nada tivessem de autocrático, outros houve na altura que também julgaram produtiva a solução de disparar sobre as multidões à queima-roupa.
Nesse caso particular, todos sabemos o resultado que isso deu.
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