quarta-feira, março 31, 2010

Queria perdoar-lhe o Rei benigno, Movido das palavras que o magoam; Mas o pertinaz povo e seu destino (Que desta sorte o quis) lhe não perdoam

Inês de Medeiros e o partido socialista consideraram que a primeira teria condições para ser deputada por Lisboa mesmo vivendo em Paris.

É de 'Homem', por ambas as partes. Por exemplo, eu não teria condições para ser deputado de todo, nem que vivesse no telhado de S.Bento. Mas também tenho a certeza que, caso o PS tivesse conhecimento da minha existência, e pelo menos neste aspeto, estaria de acordo comigo.

Dado que o parlamento ainda não é itinerante, a lei concede aos deputados da Nação - claramente e sem excepção - o direito a viagens pagas ao domicílio de cada um.
Nada do outro mundo quando até empresas privadas dão ajudas de custo em casos semelhantes. Não só é legal como é legítimo.

Mas depois de eleita a senhora, dá ideia que toda a gente se esqueceu disto e questiona-se a ética da própria e a do partido (está na moda).
Ora bem, se não queriam uma deputada por Lisboa a passar fins-de-semana em Paris, não votavam nela. Se não votaram por este motivo mas mesmo assim ela foi eleita, aguentem-se à bronca: chama-se a isso 'democracia'.

Desculpam-se dizendo que não é possível separar os deputados de acordo com as nossas objecções ou preferências, que se vota numa lista e não em pessoas.

Ah, pois. Isso sei eu. Neste sistema eleitoral apenas temos o poder de dar carta branca ao diretório de um partido.
Obviamente que quem aceita esta situação, nada mais tem a dizer. De acordo com toda a legalidade e legitimidade.

Sem comentários: