No último 1.º de Dezembro
Há muito tempo que qualquer celebração desta data foi sendo empurrada com pejo e alívio para a coutada de monárquicos de bigode revirado ou de racistas confusos.
Fora deste contexto, nenhuma ou menos que nenhuma referência é feita na imprensa ao aniversário do início da redenção nacional. 'Início' porque a guerra para a recuperação da nossa soberania política e económica duraria ainda mais 28 anos - até dizem que, não houvera uma revolta no nordeste ibérico, era capaz de durar ainda mais tempo.
Na Baixa, as ruas quase vazias de gente, o comércio ainda mais a meio-gás. Os poucos restaurantes que vão fazendo negócio vendem paelha congelada a turistas à procura do sol que também não produzimos.
Passo pelo bazar chamado "El Corte Ingles": está à pinha com quem não dá tréguas ao cartão de crédito nem descanso aos importadores.
A dívida total ao exterior atinge 250% do PIB, dos quais 77 mil milhões são detidos pela banca espanhola.
Não é preciso pensar muito para nos apercebermos que o fim deste feriado histórico não poderia ser mais pertinente.
Só é pena que um dia a mais de trabalho não venha resolver absolutamente nada.
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