Ainda a época Natalícia
Nas peixarias dizem que a globalização dos mercados retira poder aos governos nacionais.
Curiosamente, o princípio não se aplica aos governos da Rússia e da China, dois dos países mais beneficiados pela situação económica actual.
Aplica-se sim, ao governo dos Estados Unidos, pela simples razão de que quem quer ser eleito Presidente precisa de arranjar um bilião de dólares.
A globalização tira poder a um presidente destes, claro.
Mas não basta limitar ou restringir os financiamentos partidários e os custos das campanhas. O financiamento das carreiras políticas é practicamente impossível de ser proibido e oferece, a quem aceite os fretes, prémios tão generosos como a Presidência da Comissão Europeia.
Na Europa, os estados democráticos esvaziam alegremente os seus poderes em benefício de uma não entidade, parecida com o Sacro Império. Desta forma acreditam escapar ao nojento escrutínio dos eleitores, menos dóceis e susceptíveis a manipulações (por enquanto) que os robustos patriotas do Texas.
A Inglaterra passa ao lado deste esvaziamento, claro. Produtora de petróleo, nunca a sua tradicional estratégia de dividir e enfraquecer (politicamente) a Europa foi tão bem sucedida como agora.
Acho que é preciso fazer qualquer coisa.
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